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Coesionar, sonhático …
Entrou no ar o “Observador Político”, o blog do Fernando Henrique. Trata-se de uma proposta interessante – abrir espaço para o leitor debater temas pré-selecionados.
Uma espécie de múltiplos “Não e o Sim – Vote!”, do Conversa Afiada.
Pretende ser um espaço apartidário (me engana que eu gosto).
E, como não podia deixar de ser, abre com um conjunto de declarações inúteis do Farol de Alexandria – por exemplo, a internet ajuda a democracia.
Pior que a obviedade, porém, é a semelhança das declarações do Farol de Alexandria com as da Bláblárina Silva, ao deixar o PV sem revelar o que se esconde no armário do PV (de São Paulo).
O Farol e a Blá-blarina anunciam uma era de democracia sem partidos. Uma democracia que brota com naturalidade, espontânea, que se agrupa em torno de instituições sem forma e sem tradição.
Deve ser por conta das recentes derrotas políticas que nasceu esse espontaneismo.
Convém lembrar que o Fernando Henrique foi quem disse que o partido dele, o PSDB pode desistir do povão.
O negócio, agora, é bajular a Classe C.
O problema é o Fernando Henrique e o Cerra se apresentarem à Classe C como seus espontâneos representantes.
No Observador Político, Fernando Henrique diz assim:
Hoje em dia, a política não é de um partido, de uma instituição, de um líder – é de todo mundo (sic).
Disse a Bláblarina, ao sair do PV (sem contar o que viu lá dentro):
“Estamos procurando metabolizar (sic) uma nova forma de fazer política, não há ainda uma fórmula. As pessoas estão na expectativa, mas também estou. Não deve ser criada a ilusão da velha liderança.”
Disse o Farol de Alexandria:
Um líder dar ordem não vai mudar o mundo. O que vai mudar o mundo é participar. A internet sozinha também não vai fazer a democracia. É preciso organizar, criar instituições.
E, aí, amigo navegante, o ponto alto da estréia:
A internet ajuda a aprender com os outros, ajudas as pessoas a se coesionarem.
Coesionarem !
Mas, nem aí ele consegue bater a Blá-blarina, que, ao sair do PV não contou quantos esqueletos viu no armário:
“Não é hora de ser pragmático, é hora de ser sonhático e de agir pelos nossos sonhos”.
A coisa está feia: o coesionamento produz o sonhático !
Essa Presidenta tem uma sorte …
Paulo Henrique Amorim
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