segunda-feira, 25 de julho de 2011

Folha e Estadão distorcem declarações de Dilma

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25/07/2011

E o que Dilma disse mesmo? A gente não vai saber


Sexta-feira, em cima do lance, este blog  criticou a política de que se promovessem “conversas exclusivas” da Presidenta Dilma, sem direito a gravação, imagens ou divulgação do conteúdo, com grupos de jornalistas, pois isso manietava-a ao que fosse interpretado ou pinçado do contexto, eventualmente, pelos jornalistas. E usava como exemplo duas chamadas, na Folha e no Estadão, resultante delas.
Para manter crescimento, Dilma diz que não reduzirá já a inflação
Dilma descarta controle da inflação com crescimento zero
Entre os cinco jornalistas, ao que parece – não vi a lista – estava também a repórter Cláudia Safatle, do Valor. Como o Valor não sai no sábado, Safatle publica a entrevista hoje. E sob que título?
‘Tenho compromisso com o controle da inflação’, afirma Dilma
E o texto deixa claro que tudo se passou como supúnhamos na própria sexta-feira: a Presidenta disse apenas que não ia fazer um pacote recessivo para tentar jogar ao solo de um golpe só a inflação. O que era sabido e ressabido de todos.
Leiam só o que diz a repórter do Valor:
“Ao determinar, no início do governo, que a economia teria que ter um “pouso suave”, com desaceleração paulatina do crescimento e manutenção de uma “razoável” oferta de emprego, a presidente Dilma Rousseff delimitou o raio de ação do Banco Central para o controle da inflação.
“Desde o início fizemos uma pauta clara: controlar a inflação e, para isso, fazer um ajuste na nossa política de gastos com custeio e investimentos e, também, cumprir o superávit primário que nós nos comprometemos a fazer”, disse a presidente, em conversa com um pequeno grupo de jornalistas.
“Fazer a convergência da inflação para a meta de 4,5% no curtíssimo prazo seria danoso. Derrubaria o crescimento econômico para zero e não resolveria a inflação”, argumentou a presidente, explicando que uma contração da atividade econômica para derrubar os preços acabaria por comprometer o aumento da oferta, necessário para que o país cresça sem pressões inflacionárias.
Ela chamou a atenção para o desempenho fiscal dos primeiros cinco meses do ano, quando o governo central produziu superávit primário de R$ 45,5 bilhões, mais da metade do compromisso para o ano -R$ 81,7 bilhões.
“Estamos com sobra e não vamos gastar essa sobra, porque tenho compromisso com o controle da inflação”, garantiu. “Estamos usando todos os instrumentos que todos concordam que têm ser usados para conter a inflação. E estamos tentando isso com algum sucesso.”
Como se vê, algo totalmente diferente do informado nas chamadas de sexta-feira.
E o que a Presidenta disse, mesmo? A lógica e a coerência do texto de Cládia Safatle, com muita citação e pouca interpretação do que disse a Presidenta, nos faz crer que é o que está escrito aí acima. 
O que, em lugar de fazer as pessoas crerem que Dilma não pretende controlar a inflação, mostra exatamente o contrário.
Bem, mas um humilde blog não pretende dar lições a gente tão festejada na comunicação que acha que a voz da Presidenta pode ter dono.

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