FHC fala de corrupção. Contra
- Publicado em 06/05/2012
Saiu no Estadão e no Globo, que, somados, têm tanta autoridade moral para combater a corrupção quanto, sozinho, o alto dirigente tucano, o Leréia:
É um artigo do Farol de Alexandria com o título “Política e Moral”, onde, naquele texto engordurado de colesterol, se destaca:
É um artigo do Farol de Alexandria com o título “Política e Moral”, onde, naquele texto engordurado de colesterol, se destaca:
(…)
A insatisfação social é difusa: é a corrupção disseminada, são as filas do SUS e seu descaso para com as pessoas, é o congestionamento do trânsito, são as cheias e os deslizamentos dos morros, são a violência e o mundo das drogas, é a morosidade da Justiça, enfim, um rosário de mal-estar cotidiano que não decorre de uma carência monetária direta – embora também haja exagero quanto ao bem-estar material da população -, mas constitui a base para manifestações de insatisfação.
(…)
No momento em que o Brasil parece mirar no espelho retrovisor das corrupções, dos abusos e leniências das autoridades com o malfeito, corre-se o risco de crer que tudo dá no mesmo: os partidos, as instituições, as lideranças políticas, tudo estaria comprometido. É hora, portanto, para um discurso que, sem olhar para o retrovisor e sem bater boca com “o outro lado”, até porque os lados estão confundidos, surja de base moral para mobilizar a população. Quem sabe, como na França, a palavra-chave seja outra vez igualdade. Na medida em que, por exemplo, se vê o Tesouro engordar o caixa das grandes empresas à custa dos contribuintes via BNDES, uma palavra por mais igualdade, até mesmo tributária, pode mobilizar. Para tal é preciso politizar o que aparece como constatação tecnocrática e denunciar os abusos usando a linguagem do povo.
(…)
No sombrio Governo Cerra/FHC, quando eles se
chafurdavam na aliança com o PFL de ACM, e o PMDB do Eliseu Padilha,
Eduardo Cunha, Michel Temer e Wellington Moreira Franco, houve um
filosofo tucano que construiu a Epistemologia da Corrupção (branda) como
Valor Político.
a compra de votos para a reeleição, a pasta rosa, a privatização
da Privataria – “se der m… estamos todos no mesmo barco” -,
a P-36, o acordo com o Maluf em São Paulo, a utilização da
Policia Federal para fins eleitorais – caso Lunus, do Itagiba – ,
o apogeu do “brilhante” Daniel Dantas, o vazamento da cotação
do Real no lançamento do Plano (ler livro do Nassif “Cabeças de Planilha”),
a venda da Vale por preço inferior ao que a empresa tinha em caixa,
o Apagão, a conversão da divida do Banco BNP Paribas
(o Protogenes sabe tudo), a venda da Rede Ferroviária por 33% do valor,
a venda do Banespa porque “estava quebrado” embora não estivesse
quebrado e, sim, fosse credor do Governo de São Paulo, a venda
da Light com dinheiro do BNDES, a promessa ao FMI de vender o
Banco do Brasil e a Caixa, a quebra do monopólio da Petrobras,
e a tentativa de fatiá-la, para vender como a Petrobrax e (a Pemex mexicana).
É um currículo e tanto de Austeridade e Ética.
A biografia de Cerra e FHC está escrita: pelo Aloysio Biondi,
em “O Brasil privatizado”, e a “Privataria Tucana”.
foi extinguir uma Comissão de Ética que o Itamar tinha criado, para
combater a corrupção – foi o que disse o Modesto Carvalhosa ao
Nirlando Beirão, na revista “Brasileiros”.
É o Tartufo. Que tenta agora a sua Virada Cultural.
Em tempo: por causa da erudição obsoleta do Farol de Alexandria, na Província de São Paulo se fala mais de Alain Touraine do que em Paris, e em Max Weber mais do que na Prússia. E pensam que são metropolitanos.
Paulo Henrique Amorim
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