A revista que arrendou uma quadrilha para produzir 'flagrantes'
que dessem sustentação a materias prontas contra o governo, o PT, os
movimentos sociais e agendas progressistas teve, com se sabe,a
credibilidade ferida de morte com as revelações do caso Cachoeira. VEJA
sangra em praça pública. Mas esta semana tenta um golpe derradeiro naquela que é a sua especialidade editorial: um grande escândalo capaz de ofuscar a sua própria deriva.
À falta do bando de Cachoeira, recorreu a ex-presidente do STF, Gilmar Mendes, que, nas páginas de VEJA, teria se prestado a assumir a vaga dos integrantes encarcerados da equipe de Cachoeira, para produzir um 'flagrante'. Desta vez, o alvo foi o presidente Lula. A semanal trascreve diálogos de uma inexistente conversa entre Mendes e o ex-presidente na cozinha do escritório do ex-ministro Nelson Jobim. Gilmar Mendes - sempre segundo a revista - acusa Lula de tê-lo chantageado com ofertas de 'proteção' na CPI do Cachoeira. Em troca, o amigo do peito de Demósternes Torres deveria operar para postergar o julgamento do chamado mensalão'.
Neste sábado, Nelson Jobim, insuspeito de qualquer fidelidade à esquerda, desmentiu cabalmente a versão da revista e a do magistrado. Literalmente, em entrevista ao Estadão, Jobim disse: VEJA e Mendes mentiram. "O quê? De forma nenhuma, não se falou nada disso",reagiu Jobim,
questionado pelo igualmente insuspeito jornal sobre as acusações
estampadas na semanal da Abril. "O Lula fez uma visita para mim, o
Gilmar estava lá. Não houve conversa sobre o mensalão; tomamos um café na minha sala. O tempo todo foi dentro da minha sala (não na cozinha) o Lula saiu antes, durante todo o tempo nós ficamos juntos", reiterou.
A desfaçatez perpetrada desta vez só tem uma explicação: bateu o desespero;
possivelmente, as investigações da CPI tenham chegado perto demais de
promover uma devassa em circuitos e métodos que remetem às entranhas da
atuação de Mendes e VEJA nos últimos anos. Foram para o tudo ou nada. Tentaram criar uma crise política e institucional. O desmentido de Jobim torna-os réus potenciais de crime. A Justiça pode tardar. Mas a sentença da opinião pública não.
Enviado por luisnassif, sab, 26/05/2012 - 18:06
Para se expor dessa maneira, só há uma explicação para a atitude do Ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal): tem culpa no cartório.
Gilmar participou de duas armações anteriores com a revista Veja: o “grampo sem áudio” (junto com seu amigo Demóstenes Torres) e o falso grampo no Supremo.
No primeiro caso, pode ter participado sem saber. No segundo foi partícipe direto.
Como se recorda, a revista abriu capa com a informação de que havia sido detectada escuta em uma das salas do Supremo. Serviu para uma enorme matéria sobre a “república do grampo” e para a prorrogação da CPI. Tudo com o objetivo de derrubar a Operação Satiagraha.
Era falso. O relatório da segurança do Supremo – entregue à revista por pessoas ligadas à presidência do órgão – não indicava nada.
Era um relatório banal, que havia captado alguns sinais de fora para dentro. Entregue à CPI, o relatório foi publicado aqui e em pouco tempo engenheiros eletrônicos desmontaram a farsa: como é possível um grampo que capta sinais de fora para dentro? Era isso o que o relatório indicava. O mais provável é que fosse um mero sinal de alguma externa de emissora de televisão. E Gilmar-Veja conseguiram, com essa armação, prorrogar uma CPI!
Nenhum especialista em grampo cairia nessa confusão. Gilmar ou seus homens apenas seguiram o roteiro tradicional da revista para criar escândalo: uma verdade irrelevante (a captação de sinais de fora para dentro), a ocultação do fato relevante (sinais de fora para dentro não têm nenhum significado) e, pronto!, mais um escândalo fabricado - impossível de ser desmentido, já que o acordo com a velha mídia colocava uma barreira de silêncio a todos os abusos da revista.
Àquela altura, Veja mostrava seu enorme despreparo para entender as novas mídias. Não se deu conta de que a blogosfera tinha se convertido em uma alternativa eficaz contra pactos de silêncio. E a denúncia da armação foi difundida.
Agora, com as redes sociais em plena efervescência, com os métodos da revista sendo progressivamente questionados, tenta-se essa jogada, que lança Gilmar Mendes no centro do vulcão.
O que o levou a essa provável armação é óbvio: medo da CPI. Pela matéria da revista, fica-se sabendo que o fato que o ameaça teria sido uma suposta viagem à Alemanha bancada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Na matéria, Gilmar desmente, afirma que vai para a Alemanha como Lula vai a São Bernardo. E diz ter condições de comprovar que pagou as despesas. Que mostre, então (a revista não mostra os comprovantes).
Tem mais.
Até hoje não deu as explicações devidas pelo factóide do tal grampo no Supremo. Quem armou a jogada? Foi o chefe de segurança que contratou e que era especialista em grampos? Foi seu chefe de gabinete? Foi o assessor de comunicação do Supremo?
No dia 30 de abril de 2011, o Estadão divulgou nota informando que Gilmar Mendes contratara, para o STF, o araponga Jairo, homem de confiança de Cachoeira.
Aliás, o próprio Supremo – não fosse o corporativismo rançoso – há muito deveria ter cobrado explicações de seu então presidente. Os mais altos magistrados do país comportam-se como qualquer juiz que não quer julgar, “porque isso não é comigo”, ou procurador que testemunha uma grave ofensa a interesses difusos, mas não se julga responsável por atuar, por não ter sido provocado.
E é a imagem da Suprema Corte que está em jogo, da qual cada Ministro deveria se sentir responsável.
Com seu açodamento, falta de limites e de respeito pela casa, nunca houve Ministro do STF como Gilmar Mendes.
Talvez apenas Saulo Ramos conseguisse superá-lo - caso tivesse sido indicado por José Sarney.
Autor: Luis Nassif
Para se expor dessa maneira, só há uma explicação para a atitude do Ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal): tem culpa no cartório.
Gilmar participou de duas armações anteriores com a revista Veja: o “grampo sem áudio” (junto com seu amigo Demóstenes Torres) e o falso grampo no Supremo.
No primeiro caso, pode ter participado sem saber. No segundo foi partícipe direto.
Como se recorda, a revista abriu capa com a informação de que havia sido detectada escuta em uma das salas do Supremo. Serviu para uma enorme matéria sobre a “república do grampo” e para a prorrogação da CPI. Tudo com o objetivo de derrubar a Operação Satiagraha.
Era falso. O relatório da segurança do Supremo – entregue à revista por pessoas ligadas à presidência do órgão – não indicava nada.
Era um relatório banal, que havia captado alguns sinais de fora para dentro. Entregue à CPI, o relatório foi publicado aqui e em pouco tempo engenheiros eletrônicos desmontaram a farsa: como é possível um grampo que capta sinais de fora para dentro? Era isso o que o relatório indicava. O mais provável é que fosse um mero sinal de alguma externa de emissora de televisão. E Gilmar-Veja conseguiram, com essa armação, prorrogar uma CPI!
Nenhum especialista em grampo cairia nessa confusão. Gilmar ou seus homens apenas seguiram o roteiro tradicional da revista para criar escândalo: uma verdade irrelevante (a captação de sinais de fora para dentro), a ocultação do fato relevante (sinais de fora para dentro não têm nenhum significado) e, pronto!, mais um escândalo fabricado - impossível de ser desmentido, já que o acordo com a velha mídia colocava uma barreira de silêncio a todos os abusos da revista.
Àquela altura, Veja mostrava seu enorme despreparo para entender as novas mídias. Não se deu conta de que a blogosfera tinha se convertido em uma alternativa eficaz contra pactos de silêncio. E a denúncia da armação foi difundida.
Agora, com as redes sociais em plena efervescência, com os métodos da revista sendo progressivamente questionados, tenta-se essa jogada, que lança Gilmar Mendes no centro do vulcão.
O que o levou a essa provável armação é óbvio: medo da CPI. Pela matéria da revista, fica-se sabendo que o fato que o ameaça teria sido uma suposta viagem à Alemanha bancada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Na matéria, Gilmar desmente, afirma que vai para a Alemanha como Lula vai a São Bernardo. E diz ter condições de comprovar que pagou as despesas. Que mostre, então (a revista não mostra os comprovantes).
Tem mais.
Até hoje não deu as explicações devidas pelo factóide do tal grampo no Supremo. Quem armou a jogada? Foi o chefe de segurança que contratou e que era especialista em grampos? Foi seu chefe de gabinete? Foi o assessor de comunicação do Supremo?
No dia 30 de abril de 2011, o Estadão divulgou nota informando que Gilmar Mendes contratara, para o STF, o araponga Jairo, homem de confiança de Cachoeira.
Aliás, o próprio Supremo – não fosse o corporativismo rançoso – há muito deveria ter cobrado explicações de seu então presidente. Os mais altos magistrados do país comportam-se como qualquer juiz que não quer julgar, “porque isso não é comigo”, ou procurador que testemunha uma grave ofensa a interesses difusos, mas não se julga responsável por atuar, por não ter sido provocado.
E é a imagem da Suprema Corte que está em jogo, da qual cada Ministro deveria se sentir responsável.
Com seu açodamento, falta de limites e de respeito pela casa, nunca houve Ministro do STF como Gilmar Mendes.
Talvez apenas Saulo Ramos conseguisse superá-lo - caso tivesse sido indicado por José Sarney.
.....
Gilmar revive tabelinha com Veja
Enviado por luisnassif, sab, 26/05/2012 - 09:25
por luisnassif, sab, 26/05/2012 - 19:20
Paulo Celso Pereira / Roberto Maltchik
BRASÍLIA - Consultados pelo GLOBO, três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmaram que a Corte não se submeterá a pressões, seja de quem for, para alterar o rumo do julgamento do mensalão, que ainda depende o relatório do ministro revisor Ricardo Lewandowski para ter a data marcada. Segundo reportagem da revista Veja desta semana, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva procurou ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar adiar o julgamento do mensalão em troca de blindagem na CPI do Cachoeira. O ministro Marco Aurélio Mello disse não ter sido procurado pelo presidente Lula, mas destacou que mesmo que esse pedido tenha sido feito a outros ministros não mudará o andamento do processo.
- Eu geralmente guardo com as pessoas uma cerimôna maior. Não que me isole, sou um juiz aberto a ouvir, mas claro que ouço em audiência marcada no gabinete. O diálogo pode ser mantido, mas respeitando o predicado maior da magistratura que é a independência. O presidente Lula tem uma forma toda própria de tocar sua atuação e respeitamos essa forma, mas ela não pode evidentemente ter influencia no campo do julgamento - justificou o ministro, completando:
- Para mim juiz é ciência e consciência possuídas. Nada mais. Lula fez os pedidos como cidadão cumum, é porque ele não guarda qualificação de advogado. Quem o ouviu deve partir dessa premissa de que quem está falando é o cidadão comum e deve dar o desconto cabível. E tenho certeza que os colegas darão.
O presidente do STF, ministro Carlos Ayres Britto, disse que não viu malícia na conversa que manteve com o presidente Lula, durante almoço no Palácio da Alvorada ,a convite da presidente Dilma Rousseff, quando Lula perguntou sobre o jurista Celso Antônio Bandeira de Mello e emendou "qualquer dia desses a gente toma um vinho".
- O meu testemunho é favorável a distinção do Lula. Ele nunca me fez o menor pedido. Já conversei com Celso Antônio. Tomamos café da manhã hoje. Lula nunca tocou nesse assunto com Celso Antônio. Prefiro acreditar que o Gilmar fez uma interpertação equivocada disso. Todos nós somos pessoas vacinadas. Somos curtidos nesse tipo de enfrentamento, de insinuação. Isso não influencia a subjetividade do julgador. Por mais que seja política a ambiência do mensalão, o julgamento vai ser técnico, impessoal, objetivo, em cima das provas dos autos - disse Ayres Brito.
Segundo a reportagem, o ministro Ricardo Lewandowski - revisor do caso - é outro que teria sido procurado pelo ex-presidente, mas teria provocado contrariedade em Lula ao sinalizar que deve acelerar o julgamento. Procurado, o ministro negou qualquer interferência de Lula no processo e informou que espera liberar o processo o mais rápido possível. Fontes do Supremo acreditam que a tendência é que isso aconteça no próximo mês.
Autor: O GLOBO
Ministros dizem que Supremo não se submeterá a pressões - O Globo
Paulo Celso Pereira / Roberto Maltchik
BRASÍLIA - Consultados pelo GLOBO, três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmaram que a Corte não se submeterá a pressões, seja de quem for, para alterar o rumo do julgamento do mensalão, que ainda depende o relatório do ministro revisor Ricardo Lewandowski para ter a data marcada. Segundo reportagem da revista Veja desta semana, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva procurou ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar adiar o julgamento do mensalão em troca de blindagem na CPI do Cachoeira. O ministro Marco Aurélio Mello disse não ter sido procurado pelo presidente Lula, mas destacou que mesmo que esse pedido tenha sido feito a outros ministros não mudará o andamento do processo.
- Eu geralmente guardo com as pessoas uma cerimôna maior. Não que me isole, sou um juiz aberto a ouvir, mas claro que ouço em audiência marcada no gabinete. O diálogo pode ser mantido, mas respeitando o predicado maior da magistratura que é a independência. O presidente Lula tem uma forma toda própria de tocar sua atuação e respeitamos essa forma, mas ela não pode evidentemente ter influencia no campo do julgamento - justificou o ministro, completando:
- Para mim juiz é ciência e consciência possuídas. Nada mais. Lula fez os pedidos como cidadão cumum, é porque ele não guarda qualificação de advogado. Quem o ouviu deve partir dessa premissa de que quem está falando é o cidadão comum e deve dar o desconto cabível. E tenho certeza que os colegas darão.
O presidente do STF, ministro Carlos Ayres Britto, disse que não viu malícia na conversa que manteve com o presidente Lula, durante almoço no Palácio da Alvorada ,a convite da presidente Dilma Rousseff, quando Lula perguntou sobre o jurista Celso Antônio Bandeira de Mello e emendou "qualquer dia desses a gente toma um vinho".
- O meu testemunho é favorável a distinção do Lula. Ele nunca me fez o menor pedido. Já conversei com Celso Antônio. Tomamos café da manhã hoje. Lula nunca tocou nesse assunto com Celso Antônio. Prefiro acreditar que o Gilmar fez uma interpertação equivocada disso. Todos nós somos pessoas vacinadas. Somos curtidos nesse tipo de enfrentamento, de insinuação. Isso não influencia a subjetividade do julgador. Por mais que seja política a ambiência do mensalão, o julgamento vai ser técnico, impessoal, objetivo, em cima das provas dos autos - disse Ayres Brito.
Segundo a reportagem, o ministro Ricardo Lewandowski - revisor do caso - é outro que teria sido procurado pelo ex-presidente, mas teria provocado contrariedade em Lula ao sinalizar que deve acelerar o julgamento. Procurado, o ministro negou qualquer interferência de Lula no processo e informou que espera liberar o processo o mais rápido possível. Fontes do Supremo acreditam que a tendência é que isso aconteça no próximo mês.
.....
Viomundo, 27 de maio de 2012
Humor
PSDB quer acareação entre Lula e Gilmar Mendes
Do Estado de São Paulo
PSDB quer interpelar Lula sobre tentativa de barrar mensalão
FÁBIO FABRINI – Agência Estado
Encurralado pela possibilidade de convocação do governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, para depor na CPI do Cachoeira, o PSDB prepara medidas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acusado de pressionar o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a adiar o julgamento do processo do mensalão. Setores do partido discutem interpelar o ex-presidente na Justiça, convocá-lo à CPI, bem como a Gilmar, e até propor uma acareação entre os dois. Uma estratégia será fechada nesta segunda-feira, véspera da sessão da CPI na qual pode ser decidida a convocação de Perillo.
“Não há ainda uma definição. Estamos apenas conversando. Mas até amanhã a gente troca ideias sobre qual vai ser o procedimento”, informou neste domingo o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), classificando de graves as denúncias contra Lula: “O que houve foi uma afronta a duas instituições: o Congresso e o Judiciário.”
Conforme Gilmar, num encontro em Brasília, o ex-presidente Lula lhe ofereceu blindagem na CPI do Cachoeira, de maioria governista, em troca de apoio numa suposta operação do PT para adiar o julgamento do mensalão para 2013. O ministro tem relações estreitas com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), acusado de envolvimento com a organização do bicheiro.
A proposta teria sido feita no escritório do ex-ministro da Defesa Nelson Jobim, que negou o teor da conversa e disse que o encontro não foi combinado. Lula também negou o diálogo, por meio de sua assessoria. Já Gilmar se disse “perplexo” com a suposta oferta do ex-presidente.
Integrante da CPI, o deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) disse ter conversado com o líder no partido na Câmara, Bruno Araújo (PE), que lhe deu aval para defender a convocação de Lula na CPI. Nesta segunda-feira, a bancada tucana na Casa se reúne para fechar uma estratégia para o caso.
“A denúncia é gravíssima: um ex-presidente dizer que manda na CPI e usar isso para chantagear um ministro do Supremo”, disse Francischini. “Se é mentira, o Lula tem de vir a público se explicar. É quase impossível um encontro fortuito entre duas autoridades desse porte”, acrescentou.
O PT costura com partidos aliados um acordo para a convocação de Perillo e, possivelmente, do governador de Tocantins, Siqueira Campos, outro tucano citado nos grampos da PF. Um depoimento de Agnelo Queiroz (PT-DF) também pode ser aprovado, embora a oposição não tenha votos suficientes, se o embate político acabar paralisando a CPI.
PS do Viomundo: O desespero do condomínio midiático com a CPI do Cachoeira — [modo ironia!] aquela que acabou sem ter começado, aquela que desperdiça dinheiro público, aquela que não apresenta resultados, aquela que apura grampos irrelevantes sobre a relação do crime organizado com a imprensa, aquela que terminou em pizza — é tão grande que todas as manobras serão tentadas para mudar de assunto.
.....
Gilmar tem que processar Lula. Com Johnbim de testemunha
- Publicado em 27/05/2012
Se fosse verdade o que Gilmar Dantas (*) disse à Veja, ele não poderia correr o risco de se incriminar como um prevaricador.
Um Ministro do Supremo não poderia eximir-se da responsabilidade de tentar punir o reles chantagista.
Se isso for verdade, Gilmar Dantas não tem alternativa.
Entrar na Justiça nesta segunda-feira com uma denúncia contra o chantagista e arrolar como testemunha a única pessoa que assistiu à chantagem.
Gilmar tem que processar Lula e Nelson Johnbim tem que ser sua testemunha.
O perigo é o acusado arrolar a mesma testemunha, Nelson Johnbim, aquele que foi Ministro cerrista da Dilma.
Ao Estadão, Johnbim desmentiu Gilmar insofismavelmente e desmontou a armadilha. Chamou Gilmar de mentiroso.
No Globo, também desmentiu, mas, ali, notável colonista social percebeu no tom de voz uma inclinação mentirosa, uma contradição entre o que dizia e a forma pela qual dizia.
Um fonoaudiólogo, infiltrado no Globo !
E concluiu o crítico de hábitos brasilienses: Johnbim me mentiu quando me disse que Gilmar mentiu.
Um jenio !
(Observa, amigo navegante, que este global colonista de costumes tem essa mania: dá uma informação que talvez desagrade os patrões, e, lá no fim, desdiz o que disse.
Foi o que fez no rumoroso episódio em o Globo se arrependeu de acusar o Policarpo.)
O Johnbim também ficou numa sinuca. Caiu também na armadilha. Se não a armou.
Johnbim terá que chamar um dos dois de mentiroso: o Gilmar ou o Lula.
Sem menosprezar o fato de Gilmar, ao confirmar as declarações, chamar o Johnbim, que o desmentiu, de mentiroso.
Amigo navegante, veja a gravidade do que o Gilmar e a Veja fizeram: transformaram dois ministros do Supremo em mentirosos.
Até que um processo judicial movido por Gilmar esclareça tudo.
Se não esclarecer, o destemido advogado do Espírito Santo, o Dr Piovesan se verá na contingência de reiniciar no Senado e no Supremo o pedido de impeachment de Gilmar.
Por que Gilmar jogou essa cartada audaciosa ?
Isso é assunto para o Profeta Tirésias: clique aqui para ler “Como Gilmar tentou melar a CPI”.
Paulo Henrique Amorim
Um Ministro do Supremo não poderia eximir-se da responsabilidade de tentar punir o reles chantagista.
Se isso for verdade, Gilmar Dantas não tem alternativa.
Entrar na Justiça nesta segunda-feira com uma denúncia contra o chantagista e arrolar como testemunha a única pessoa que assistiu à chantagem.
Gilmar tem que processar Lula e Nelson Johnbim tem que ser sua testemunha.
O perigo é o acusado arrolar a mesma testemunha, Nelson Johnbim, aquele que foi Ministro cerrista da Dilma.
Ao Estadão, Johnbim desmentiu Gilmar insofismavelmente e desmontou a armadilha. Chamou Gilmar de mentiroso.
No Globo, também desmentiu, mas, ali, notável colonista social percebeu no tom de voz uma inclinação mentirosa, uma contradição entre o que dizia e a forma pela qual dizia.
Um fonoaudiólogo, infiltrado no Globo !
E concluiu o crítico de hábitos brasilienses: Johnbim me mentiu quando me disse que Gilmar mentiu.
Um jenio !
(Observa, amigo navegante, que este global colonista de costumes tem essa mania: dá uma informação que talvez desagrade os patrões, e, lá no fim, desdiz o que disse.
Foi o que fez no rumoroso episódio em o Globo se arrependeu de acusar o Policarpo.)
O Johnbim também ficou numa sinuca. Caiu também na armadilha. Se não a armou.
Johnbim terá que chamar um dos dois de mentiroso: o Gilmar ou o Lula.
Sem menosprezar o fato de Gilmar, ao confirmar as declarações, chamar o Johnbim, que o desmentiu, de mentiroso.
Amigo navegante, veja a gravidade do que o Gilmar e a Veja fizeram: transformaram dois ministros do Supremo em mentirosos.
Até que um processo judicial movido por Gilmar esclareça tudo.
Se não esclarecer, o destemido advogado do Espírito Santo, o Dr Piovesan se verá na contingência de reiniciar no Senado e no Supremo o pedido de impeachment de Gilmar.
Por que Gilmar jogou essa cartada audaciosa ?
Isso é assunto para o Profeta Tirésias: clique aqui para ler “Como Gilmar tentou melar a CPI”.
Paulo Henrique Amorim
Nenhum comentário:
Postar um comentário