http://www.aepet.org.br/site/
10/05/2012
Editorial da edição 480 do Brasil de Fato
Veja, como o crime organizado faz jornalismo
A
Operação Monte Carlo, desencadeada pela Policia Federal (PF) para
desbaratar a quadrilha comandada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, já é
merecedora de um mérito: publicizou o conluio de setores da grande
mídia com o crime organizado para alcançar objetivos econômicos e
políticos.
As
investigações da PF, com informações documentadas e já amplamente
divulgadas, atestam que o bicheiro utilizava a revista Veja, do grupo
Abril, para disseminar perseguições políticas, promover suas atividades
econômicas ilegais, chantagear, corromper e arregimentar agentes
públicos. A revista se prestava a esse esquema de coação e chantagem do
bicheiro.
Em
troca, a revista da família Civita recebia do contraventor informações,
gravações e materiais – na maioria das vezes obtidas de formas
criminosas – que alimentavam as páginas da publicação, para destilar
seu ódio e preconceito contra seus adversários políticos,
principalmente os do campo do PT.
A
aliança da revista Veja com o crime organizado rendeu denúncias que
reverteram em ganhos econômicos para a organização criminosa de
Carlinhos Cachoeira e seus aliados políticos – os contratos da
construtora Delta com governos estaduais precisam ser profundamente
investigados – e se constituíram em instrumento de pressão e
amedrontamento de autoridades públicas. Dessa forma, consolidaram um
esquema criminoso, milionário, com ramificações privadas e públicas, nas
três esferas da República.
O conluio, mais do que reportagens jornalísticas, rendia conspirações políticas e econômicas.
O acinte
à democracia do país alcançou ao nível de planejar a desestabilização e
queda do presidente Lula e da presidenta Dilma Rousseff. Enquanto
Carlinhos Cachoeira e o senador Demóstenes (ex-Dem) gargalhavam por
fogo no país, a revista projetava o senador como o prócer da moralidade
pública, com perspectivas de vir a ser candidato à presidência da
República. Era o crime organizado, com a participação do Grupo Abril,
tramando desestabilizar governos e tomar conta da máquina estatal.
No
entanto, a revista Veja era pequena e insignificante para os objetivos
que o conluio se propunha alcançar. Precisava de ajuda. Os telejornais
da Rede Globo se prestaram a dar a ajuda de que necessitavam. Com sua
peculiar e esculachada crítica, o jornalista Paulo Henrique Amorim
sintetiza a mútua ajuda que se estabeleceu: “o Jornal Nacional não tem
produção própria. A revista Veja não tem repercussão nacional. O crime
organizado se organiza na Veja e se expande no Jornal Nacional”. Em um
jornalismo sem ética, sem compromisso com a verdade e interesses
públicos, que se dane a verdade factual. O que interessa, para esse
tipo de jornalismo, é a versão dos fatos que atendam aos interesses dos
que mantém o monopólio da informação.
Sempre
que é questionada por praticar esse tipo de jornalismo, a mídia se
defende afirmando que tem a capacidade de se autorregulamentar. O
conluio Veja-crime organizado sepultou essa tese. Até esse momento
impera o silencio da mídia burguesa sobre os vínculos da revista com a
organização criminosa do bicheiro.
O
jornalista Jânio de Freitas, um dos mais renomados colunistas da Folha,
fez uma detalhada radiografia da organização montada pelo contraventor
e suas extensas ramificações. Não disse uma única palavra das suas
ramificações com a mídia. Mais do que escreveu, a sabuja lacuna do seu
artigo evidenciou o medo que impera entre o patronato da grande mídia e
a capacidade desse lamaçal engolir, inclusive, jornalistas decentes.
Ao pacto
de não noticiar a promiscuidade do grupo Abril com o crime organizado
juntam-se, agora que a CPMI está instalada, os esforços para evitar que
os que se beneficiaram com a organização criminosa do Carlinhos
Cachoeira sejam convocados a dar explicações no Congresso Nacional e
para sociedade.
O
deputado federal Miro Teixeira (PDT/RJ) articula um pretexto jurídico
para impedir a convocação de jornalistas e proprietários das empresas
de comunicação envolvidas nas atividades criminosas do bicheiro.
Um dos
mais altos executivos do grupo Abril já perambulou pelos corredores e
gabinetes do Congresso numa tentativa de evitar que seu patrão, Robert
Civita, tenha que prestar esclarecimentos na CPMI. A Globo, fato
noticiado, enviou um mensageiro para informar (ou seria ameaçar?) o
Palácio do Planalto: se o empresário Robert Civita for convocado pela
CPMI, os meios de comunicação declaram uma guerra sem limites contra o
governo.
É de
lamentar que a Rede Globo não tenha a coragem de publicar essa posição
política nos editoriais dos seus jornais e divulgá-la em seus
telejornais.
Caso os
parlamentares da CPMI se rendam às pressões dos grupos empresariais da
mídia, estarão sendo coniventes com práticas criminosas e
institucionalizado duas categorias de cidadãos nesse país: os que podem
ser convocados para depor numa CPMI e os que não devem ser convocados.
Há um
enorme volume de informações e provas que atestam que setores da mídia
estão envolvidos com atividades de organizações criminosas e que
atentaram contra a democracia do nosso país. É inadmissível que os que
participaram ativamente na organização criminosa, e dela se
beneficiaram, não sentem no banco dos réus alegando, unicamente, a
condição de serem patrões.
O
Congresso Nacional instalou, atendendo os anseios da sociedade, uma
CPMI para investigar as atividades do crime organizado com suas
ramificações na mídia e nas três esferas da estrutura do Estado. Os
parlamentares que compõe essa CPMI tem a responsabilidade de não
frustrar a sociedade, apurar os fatos com profundidade e criar as
condições para que seus responsáveis prestem contas à justiça, além de
legar ao país uma legislação que, ao menos, iniba essa prática de
jornalismo associado com o crime organizado. A Lei dos Meios de
Comunicação é cada vez mais necessária e inadiável.
CartaCapital, Ed. 697
Editorial
Eternos chapa-branca
Mino Carta
O jornal O Globo toma as dores da revista Veja e de seu patrão na edição de terça 8, e determina: “Roberto Civita não é Rupert Murdoch”. Em cena, o espírito corporativo. Manda a tradição do jornalismo pátrio, fiel do pensamento único diante de qualquer risco de mudança.
Desde 2002, todos empenhados em criar problemas para o governo do metalúrgico desabusado e, de dois anos para cá, para a burguesa que lá pelas tantas pegou em armas contra a ditadura, embora nunca as tenha usado. Os barões midiáticos detestam-se cordialmente uns aos outros, mas a ameaça comum, ou o simples temor de que se manifeste, os leva a se unir, automática e compactamente.
Não há necessidade de uma convocação explícita, o toque do alerta alcança com exclusividade os seus ouvidos interiores enquanto ninguém mais o escuta. E entra na liça o jornal da família Marinho para acusar quem acusa o parceiro de jornada, o qual, comovido, transforma o texto global na sua própria peça de defesa, desfraldada no site de Veja. A CPI do Cachoeira em potência encerra perigos em primeiro lugar para a Editora Abril. Nem por isso os demais da mídia nativa estão a salvo, o mal de um pode ser de todos. O autor do editorial exibe a tranquilidade de Pitágoras na hora de resolver seu teorema, na certeza de ter demolido com sua pena (imortal?) os argumentos de CartaCapital. Arrisca-se, porém, igual a Rui Falcão, de quem se apressa a citar a frase sobre a CPI, vista como a oportunidade “de desmascarar o mensalão”. Com notável candura evoca o Caso Watergate para justificar o chefe da sucursal de Veja em Brasília nas suas notórias andanças com o chefão goiano.
Abalo-me a observar que a semanal abriliana em nada se parece com o Washington Post, bem como Roberto Civita com Katharine Graham, dona, à época de Watergate, do extraordinário diário da capital americana. Poupo os leitores e os meus pacientes botões de comparações entre a mídia dos Estados Unidos e a do Brasil, mas não deixo de acentuar a abissal diferença entre o diretor de Veja e Ben Bradlee, diretor do Washington Post, e entre Policarpo Jr. e Bob Woodward e Carl Bernstein, autores da série que obrigou Richard Nixon a se demitir antes de sofrer o inevitável impeachment. E ainda entre o Garganta Profunda, agente graduado do FBI, e um bicheiro mafioso.
Recomenda-se um mínimo de apego à verdade factual e ao espírito crítico, embora seja do conhecimento até do mundo mineral a clamorosa ignorância das redações nativas. Vale dizer, de todo modo, que, para não perder o vezo, o editorialista global esquece, entre outras façanhas de Veja, aquele épico momento em que a revista publica o dossiê fornecido por Daniel Dantas sobre as contas no exterior de alguns figurões da República, a começar pelo presidente Lula.
Concentro-me em outras miopias de O Globo. Sem citar CartaCapital, o jornal a inclui entre “os veículos de imprensa chapa-branca, que atuam como linha auxiliar dos setores radicais do PT”. Anotação marginal: os radicais do PT são hoje em dia tão comuns quanto os brontossauros. Talvez fossem anacrônicos nos seus tempos de plena exposição, hoje em dia mudaram de ideia ou sumiram de vez. Há tempo CartaCapital lamenta que o PT tenha assumido no poder as feições dos demais partidos.
Vamos, de todo modo, à vezeira acusação de que somos chapa-branca. Apenas e tão somente porque entendemos que os governos do presidente Lula e da presidenta Dilma são muito mais confiáveis do que seus antecessores? Chapa-branca é a mídia nativa e O Globo cumpre a tarefa com diligência vetusta e comovedora, destaque na opção pelos interesses dos herdeiros da casa-grande, empenhados em manter de pé a senzala até o derradeiro instante possível.
Não é por acaso que 64% dos brasileiros não dispõem de saneamento básico e que 50 mil morrem assassinados anualmente. Ou que os nossos índices de ensino e saúde públicos são dignos dos fundões da África, a par da magnífica colocação do País entre aqueles que pior distribuem a renda. Em compensação, a minoria privilegiada imita a vida dos emires árabes. Chapa-branca a favor de quem, impávidos senhores da prepotência, da velhacaria, da arrogância, da incompetência, da hipocrisia? Arauto da ditadura, Roberto Marinho fermentou seu poder à sombra dela e fez das Organizações Globo um monstro que assola o Brazil-zil-zil. Seu jornal apoiou o golpe, o golpe dentro do golpe, a repressão feroz. Illo tempore, seu grande amigo chamava-se Armando Falcão.
Opositor ferrenho das Diretas Já, rejubilado pelo fracasso da Emenda Dante de Oliveira, seu grande amigo passou a atender pelo nome de Antonio Carlos Magalhães. O doutor Roberto em pessoa manipulou o célebre debate Lula versus Collor, para opor-se a este dois anos depois, cobrador, o presidente caçador de marajás, de pedágios exorbitantes, quando já não havia como segurá-lo depois das claras, circunstanciadas denúncias do motorista Eriberto, publicadas pela revista IstoÉ, dirigida então pelo acima assinado.
Pronta às loas mais desbragadas a Fernando Henrique presidente, com o aval de ACM, a Globo sustentou a reeleição comprada e a privataria tucana, e resistiu à própria falência do País no começo de 1999, após ter apoiado a candidatura de FHC na qualidade de defensor da estabilidade. Não lhe faltaram compensações. Endividada até o chapéu, teve o presente de 800 milhões de reais do BNDES do senhor Reichstul. Haja chapa-branca.
Impossível a comparação entre a chamada “grande imprensa” (eu a enxergo mínima) e o que chama de “linha auxiliar de setores radicais do PT”, conforme definem as primeiras linhas do editorial de O Globo. A questão, de verdade, é muito simples: há jornalismo e jornalismo. Ao contrário destes “grandes”, nós entendemos que a liberdade sozinha, sem o acompanhamento pontual da igualdade, é apenas a do mais forte, ou, se quiserem, do mais rico. É a liberdade do rei leão no coração da selva, seguido a conveniente distância por sua corte de ienas.
Acreditamos também que entregue à propaganda da linha auxiliar da casa-grande, o Brasil não chegaria a ser o País que ele mesmo e sua nação merecem. Nunca me canso de repetir Raymundo Faoro: “Eles querem um País de 20 milhões de habitantes e uma democracia sem povo”. No mais, sobra a evidência: Roberto Civita é o Murdoch que este país pode se permitir, além de inventor da lâmpada Skuromatic a convocar as trevas ao meio-dia. Temos de convir que, na mídia brasileira, abundam os usuários deste milagroso objeto.
Eternos chapa-branca
Mino Carta
O jornal O Globo toma as dores da revista Veja e de seu patrão na edição de terça 8, e determina: “Roberto Civita não é Rupert Murdoch”. Em cena, o espírito corporativo. Manda a tradição do jornalismo pátrio, fiel do pensamento único diante de qualquer risco de mudança.
Desde 2002, todos empenhados em criar problemas para o governo do metalúrgico desabusado e, de dois anos para cá, para a burguesa que lá pelas tantas pegou em armas contra a ditadura, embora nunca as tenha usado. Os barões midiáticos detestam-se cordialmente uns aos outros, mas a ameaça comum, ou o simples temor de que se manifeste, os leva a se unir, automática e compactamente.
Não há necessidade de uma convocação explícita, o toque do alerta alcança com exclusividade os seus ouvidos interiores enquanto ninguém mais o escuta. E entra na liça o jornal da família Marinho para acusar quem acusa o parceiro de jornada, o qual, comovido, transforma o texto global na sua própria peça de defesa, desfraldada no site de Veja. A CPI do Cachoeira em potência encerra perigos em primeiro lugar para a Editora Abril. Nem por isso os demais da mídia nativa estão a salvo, o mal de um pode ser de todos. O autor do editorial exibe a tranquilidade de Pitágoras na hora de resolver seu teorema, na certeza de ter demolido com sua pena (imortal?) os argumentos de CartaCapital. Arrisca-se, porém, igual a Rui Falcão, de quem se apressa a citar a frase sobre a CPI, vista como a oportunidade “de desmascarar o mensalão”. Com notável candura evoca o Caso Watergate para justificar o chefe da sucursal de Veja em Brasília nas suas notórias andanças com o chefão goiano.
Abalo-me a observar que a semanal abriliana em nada se parece com o Washington Post, bem como Roberto Civita com Katharine Graham, dona, à época de Watergate, do extraordinário diário da capital americana. Poupo os leitores e os meus pacientes botões de comparações entre a mídia dos Estados Unidos e a do Brasil, mas não deixo de acentuar a abissal diferença entre o diretor de Veja e Ben Bradlee, diretor do Washington Post, e entre Policarpo Jr. e Bob Woodward e Carl Bernstein, autores da série que obrigou Richard Nixon a se demitir antes de sofrer o inevitável impeachment. E ainda entre o Garganta Profunda, agente graduado do FBI, e um bicheiro mafioso.
Recomenda-se um mínimo de apego à verdade factual e ao espírito crítico, embora seja do conhecimento até do mundo mineral a clamorosa ignorância das redações nativas. Vale dizer, de todo modo, que, para não perder o vezo, o editorialista global esquece, entre outras façanhas de Veja, aquele épico momento em que a revista publica o dossiê fornecido por Daniel Dantas sobre as contas no exterior de alguns figurões da República, a começar pelo presidente Lula.
Concentro-me em outras miopias de O Globo. Sem citar CartaCapital, o jornal a inclui entre “os veículos de imprensa chapa-branca, que atuam como linha auxiliar dos setores radicais do PT”. Anotação marginal: os radicais do PT são hoje em dia tão comuns quanto os brontossauros. Talvez fossem anacrônicos nos seus tempos de plena exposição, hoje em dia mudaram de ideia ou sumiram de vez. Há tempo CartaCapital lamenta que o PT tenha assumido no poder as feições dos demais partidos.
Vamos, de todo modo, à vezeira acusação de que somos chapa-branca. Apenas e tão somente porque entendemos que os governos do presidente Lula e da presidenta Dilma são muito mais confiáveis do que seus antecessores? Chapa-branca é a mídia nativa e O Globo cumpre a tarefa com diligência vetusta e comovedora, destaque na opção pelos interesses dos herdeiros da casa-grande, empenhados em manter de pé a senzala até o derradeiro instante possível.
Não é por acaso que 64% dos brasileiros não dispõem de saneamento básico e que 50 mil morrem assassinados anualmente. Ou que os nossos índices de ensino e saúde públicos são dignos dos fundões da África, a par da magnífica colocação do País entre aqueles que pior distribuem a renda. Em compensação, a minoria privilegiada imita a vida dos emires árabes. Chapa-branca a favor de quem, impávidos senhores da prepotência, da velhacaria, da arrogância, da incompetência, da hipocrisia? Arauto da ditadura, Roberto Marinho fermentou seu poder à sombra dela e fez das Organizações Globo um monstro que assola o Brazil-zil-zil. Seu jornal apoiou o golpe, o golpe dentro do golpe, a repressão feroz. Illo tempore, seu grande amigo chamava-se Armando Falcão.
Opositor ferrenho das Diretas Já, rejubilado pelo fracasso da Emenda Dante de Oliveira, seu grande amigo passou a atender pelo nome de Antonio Carlos Magalhães. O doutor Roberto em pessoa manipulou o célebre debate Lula versus Collor, para opor-se a este dois anos depois, cobrador, o presidente caçador de marajás, de pedágios exorbitantes, quando já não havia como segurá-lo depois das claras, circunstanciadas denúncias do motorista Eriberto, publicadas pela revista IstoÉ, dirigida então pelo acima assinado.
Pronta às loas mais desbragadas a Fernando Henrique presidente, com o aval de ACM, a Globo sustentou a reeleição comprada e a privataria tucana, e resistiu à própria falência do País no começo de 1999, após ter apoiado a candidatura de FHC na qualidade de defensor da estabilidade. Não lhe faltaram compensações. Endividada até o chapéu, teve o presente de 800 milhões de reais do BNDES do senhor Reichstul. Haja chapa-branca.
Impossível a comparação entre a chamada “grande imprensa” (eu a enxergo mínima) e o que chama de “linha auxiliar de setores radicais do PT”, conforme definem as primeiras linhas do editorial de O Globo. A questão, de verdade, é muito simples: há jornalismo e jornalismo. Ao contrário destes “grandes”, nós entendemos que a liberdade sozinha, sem o acompanhamento pontual da igualdade, é apenas a do mais forte, ou, se quiserem, do mais rico. É a liberdade do rei leão no coração da selva, seguido a conveniente distância por sua corte de ienas.
Acreditamos também que entregue à propaganda da linha auxiliar da casa-grande, o Brasil não chegaria a ser o País que ele mesmo e sua nação merecem. Nunca me canso de repetir Raymundo Faoro: “Eles querem um País de 20 milhões de habitantes e uma democracia sem povo”. No mais, sobra a evidência: Roberto Civita é o Murdoch que este país pode se permitir, além de inventor da lâmpada Skuromatic a convocar as trevas ao meio-dia. Temos de convir que, na mídia brasileira, abundam os usuários deste milagroso objeto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário