Uma colombiana "poderosa"!
Viomundo, 7 de maio de 2012
Sobre a colombiana que detonou nove agentes do Serviço Secreto
Por Luiz Carlos Azenha
O assunto não teve grande repercussão no Brasil, mas frequentou as primeiras páginas nos Estados Unidos por semanas. Hoje o escândalo renasceu, com a entrevista dada pela protagonista à rede NBC. Por isso, pedimos à Heloisa Vilella que, de Washington, fizesse um resumo sobre a colombiana que fez mais estrago no Serviço Secreto — encarregado de proteger o presidente Barack Obama — que o bin Laden. Segue o relato:
A colombiana bronzeada, de cabelos anelados, tem apenas 24 anos, um filho de nove, e um humor invejável. É a figura central do escândalo que resultou na demissão de agentes do Serviço Secreto encarregados da segurança de Barack Obama durante a viagem que o presidente norte-americano fez à Colômbia em abril, para participar da Cúpula das Américas. Dania Londono Suarez decidiu botar a boca no trombone.
Deu entrevista a um tabloide de Nova York, que aproveitou, claro, para publicar as fotos da moça de biquíni. Na entrevista para a rede NBC, concedida na Espanha, ela estava menos à mostra, fisicamente. Porém, de espírito, se revelou um bocado! Recontou os detalhes do caso que ocupa as páginas dos jornais dos Estados Unidos, diariamente. Não é todo dia que garotas de programa da América Latina balançam o coreto dos secretas.
Foi em um bar que Dania e duas amigas conheceram os seguranças. Não sabiam qual era o trabalho deles, mas ficaram impressionadas com a rapidez com que os agentes entornavam a vodca.
Rapidamente eles fizeram a proposta. Levar as moças para o hotel. Dania disse que foi muito clara: avisou que a noite custaria um “presentinho” de U$ 800,00. O americano, diz ela, concordou e a levou para o quarto. O problema começou no dia seguinte, pela manhã. De ressaca, o agente se recusou a cumprir o prometido. Deu a ela U$ 50,00 e considerou o trabalho encerrado. Expulsou-a do quarto. Ela não se conformou, bateu na porta, fez barulho, chamou o policial que estava no hotel e ele, prontamente, tomou o lado da profissional do sexo. Serviço prestado, pagamento devido, disse ele ao agente norte-americano.
Foi um tremendo escândalo. A equipe de seguranças chegou a Cartagena, na Colômbia, antes de Obama, para cuidar de todos os detalhes da segurança do presidente. Quando Obama finalmente desembarcou na Colômbia, aqui nos Estados Unidos só se falava do quiproquó. O assunto ofuscou totalmente a agenda oficial do presidente, talvez demonstrando que, quando se trata de América Latina, nada como um escândalo que reforce a ideia de que a volúpia dos cucarachas acaba sempre atrapalhando a vida dos puritanos.
Mas teve troco. Sorridente, a garota de programa diz que os agentes eram todos muito exibidos. No bar, o homem que ela acompanhou mais tarde levantava a camisa toda hora para mostrar o abdômen, tanquinho perfeito. Mas ela concluiu que eram todos uns brutos, estúpidos. Foi mais longe, afirmando não saber como pessoas tão irresponsáveis poderiam trabalhar na segurança do presidente dos Estados Unidos. Bem, trabalhavam, Dania. Depois do escândalo, nove deles perderam o emprego. Inclusive o do tanquinho.
PS do Viomundo: Há dezenas de conclusões possiveis a respeito do episódio, a começar do alheamento que a mídia dos Estados Unidos sente em relação a problemas comuns que enfrentamos em nuestra América. Em ano eleitoral, Obama não poderia ter feito qualquer concessão, por exemplo, à inclusão de Cuba nos próximos encontros coletivos, para não perder os eleitores cubano-americanos da Flórida em uma disputa apertada. Por isso, pensando bem, os agentes acabaram ajudando Obama, ainda que por vias tortas.
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