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Bancos não respondem à Dilma. O PiG está aí pra isso
- Publicado em 02/05/2012
Não bastasse a primeira, imediata reação da Globo, com o William Traack (segundo o amigo navegante Joaquim) contra a Dilma, em defesa dos bancos privados, nesta quarta-feira a artilharia do PiG veio furiosa.
No Globo, na pág. 4, Merval Pereira acusa a Presidenta de uma espécie de “populismo financeiro”.
Deve inspirar-se na expressão “populismo cambial”, que o Padim Pade Cerra usava (em off, com os colonistas que o tratam de “Serra”) para dinamitar o Plano Real e derrubar o Malan.
Na pág. 20, sem muita imaginação – como sempre – a Urubóloga ataca a Presidenta na mesma tecla: ela, a Dilma precisa ficar atenta (claro, a Urubóloga sabe o que é melhor para a Dilma) à “fronteira entre o popular e o populismo”.
O mais raso deles, na pág 2 da Folha, diz que a Presidenta “xingou” os bancos.
E que agora é “matar ou morrer”.
Ou os juros caem ou a Dillma morre politicamente (o sonho de consumo de todos os colonistas (**) supra citados.)
Sobre a expressão “populismo”, recomenda-se a leitura de “O populismo e sua história – debate e critica”, organizado por Jorge Ferreira e editado pela Civilização Brasileira.
Em resumo: os conservadores chamam de “populismo” tudo o que os governantes trabalhistas fazem em benefício do povo.
Por exemplo: chamar os bancos privados na chincha, reestatizar a YPF argentina, ou a Transporte de Eletricidade da Bolívia.
Isso é de um populismo obsceno !
Que horror !
Em tempo: ao lado da Urubóloga, no Globo, lê-se: “Juros: Febraban evita rebater Dilma.” Não precisa, não é mesmo, amigo navegante ? Tem quem faça.
Paulo Henrique Amorim
.....
Esta nossa Presidenta é, realmente, Dilmais!
Pronunciamento em que Dilma critica bancos
UOL, 30/04/2012 - 20h51
Na TV, Dilma eleva tom contra bancos privados e pede corte em juros
BRASÍLIA, 30 Abr (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff elevou o tom na guerra do governo para que bancos privados reduzam os juros cobrados a consumidores, instou as instituições a seguir movimento de cortes anunciado pelos concorrentes públicos e disse ser inadmissível que o Brasil continue com uma das taxas mais altas do mundo.
A guerra para a redução das taxas se intensificou nas últimas semanas, com Banco do Brasil e Caixa anunciando cortes nos juros numa tentativa de forçar uma redução por bancos privados, que acompanharam em parte o movimento.
Em pronunciamento em rádio e televisão dominado pela temática econômica, Dilma disse que o governo tem uma "posição firme" para a redução dos juros e foi direta na mensagem às instituições privadas.
"É inadmissível que o Brasil, que tem um dos sistemas financeiros mais sólidos e lucrativos, continue com um dos juros mais altos do mundo", disse Dilma durante pronunciamento em comemoração ao Dia do Trabalhador, transmitido na noite desta segunda-feira.
"A economia brasileira só será plenamente competitiva quando nossas taxas de juros, seja para o produtor seja para o consumidor, se igualarem às taxas praticadas no mercado internacional".
Além de usar os bancos estatais como arma para forçar a redução das taxas, o governo tem tido a colaboração do Banco Central, que tem cortado sistematicamente a taxa básica de juros brasileira, hoje em 9%.
"Os bancos não podem continuar cobrando os mesmos juros para empresas e para o consumidor, enquanto a taxa básica Selic cai, a economia se mantém estável e a maioria esmagadora dos brasileiros honra com presteza e honestidade os seus compromissos", disse.
"O setor financeiro, portanto, não tem como explicar essa lógica perversa aos brasileiros".
Dilma e outros integrantes do governo vêm demonstrando publicamente desagrado com as taxas de juros e o spread bancário -a diferença entre o valor pago pelos bancos para captar recursos e o cobrado pelos tomadores de crédito.
A presidente disse ainda que o governo vai continuar buscando meios para baixar os impostos e voltou a citar a defesa dos empregos da indústria.
"Para que nosso país tenha uma economia mais forte, é preciso ainda que encontremos mecanismos que permitam uma diminuição equilibrada dos impostos para produtos e para consumidores", disse.
"E que tenhamos uma taxa de câmbio que defenda nossa indústria e nossa agricultura, em suma, os nossos empregos".
(Reportagem de Hugo Bachega)
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