quinta-feira, 23 de junho de 2011

Dilma veta privatização da frota da Petrobrás

http://geopoliticadopetroleo.files.wordpress.com/2010/10/psdb-contra-a-petrobras-razoes-tucanas-charge-bessninha.jpg?w=480&h=287


O Estado de São Paulo, 23 de junho de 2011
 

Plano da Petrobrás é rejeitado de novo
Conselho da estatal não aprova programa de US$ 249 bi

Por Sergio Torres, de O Estado de S. Paulo

Pela segunda vez consecutiva o Conselho de Administração da Petrobrás rejeitou o plano de investimentos da companhia para 2011-2015. Presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, o conselho rechaçou também a proposta da estatal de repassar à empresa privada Sete Brasil os contratos do programa de modernização da frota petroleira.
Antes da reunião do conselho, a estatal havia enviado ao governo, segundo apurou o Estado, proposta de reajuste de combustíveis em torno de 10%. O aumento seria compensado pela Contribuição de Domínio Econômico (Cide), o que evitaria repasse ao consumidor e impacto na inflação, mas levaria também a reduzir a arrecadação do governo. A proposta foi descartada.
Nesta sexta-feira, 17, na reunião realizada em São Paulo, a Petrobrás apresentou ao conselho um programa de investimentos cerca de US$ 25 bilhões acima do atualmente em vigor, de US$ 224 bilhões, referentes ao período 2010-2014. O governo está empenhado em manter inalterado o valor do plano. A Petrobrás, por sua vez, com 681 projetos em pauta, terá de rediscutir o orçamento de um a um para determinar quais deles serão postergados ou reduzidos. Por enquanto, não estão sendo discutidos cortes de projetos.
A transferência da frota para a Sete Brasil não conta com a simpatia do governo. Segundo o Estado apurou, a presidente Dilma Rousseff repudiou a proposta, por enxergar nela um projeto de esvaziamento do Programa de Modernização da Frota (Promef) e da própria Transpetro. O veto da presidenta se confirmou na apreciação do conselho.
Passar a nova frota da Transpetro para a Sete Brasil é uma proposta que não encontra consenso nem mesmo na própria Petrobrás. A estatal tem apenas cerca de 10% de participação na Sete; os demais 90% estão divididos entre os fundos de pensão Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobrás), Valia (Vale) e Funcef (Caixa) e pelos banco privados Bradesco e Santander.
Caso a proposta fosse aprovada, as 49 embarcações – 41 contratadas e 8 a serem licitadas – planejadas pelo Promef, orçadas em torno de US$ 5 bilhões, passariam do atual controle estatal para o privado.
Nacional
A Sete é uma holding nacional que controla uma empresa com sede na Áustria, para poder usufruir de incentivos fiscais na importação de máquinas pesadas do setor de petróleo. A empresa planeja abrir capital em alguns anos. A Petrobrás decidira apresentar o plano estratégico em 13 de maio, quando divulgou o resultado do primeiro trimestre, com lucro recorde de R$ 10,985 bilhões. Não houve, na ocasião, consenso sobre o orçamento.
A próxima reunião do conselho está marcada para o fim de julho, mas a estatal pode convocar uma extraordinária, caso encontre solução para o impasse. O fato é que, internamente, a diretoria da Petrobrás diverge das propostas apresentadas ao conselho. No caso da transferência das embarcações para a Sete Brasil, o projeto não chegou ao conselho de modo unânime.
Tem que haver muita seriedade com um assunto tão importante que é a construção dos navios do PROMEF. É essencial para a soberania do Brasil.
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http://www.viomundo.com.br/denuncias/frota-da-petrobras-esta-sendo-privatizada.html

23 de junho de 2011 
 

Frota da Petrobras está sendo privatizada


A Petrobrás, com apenas 10% do negócio, junto com os fundos de pensão (Previ, Petros, Funcef e Valia) e os bancos Bradesco e Santander, somando os outros 90%, formaram a empresa Sete Brasil, com o objetivo inicial de construir as sondas necessárias à exploração do petróleo do pré-sal pela Petrobrás. Acontece que agora, além de construir as sondas, a Petrobrás pretende repassar à Sete Brasil os 49 navios contratados pelo PROMEF (Programa de Modernização e Expansão da Frota da Petrobrás). Na prática, isto significará a privatização do programa, que foi carro chefe da campanha eleitoral da presidenta Dilma Rousseff, visto que além de repassar a esta nova empresa a responsabilidade pela construção, também repassará a propriedade destes ativos.
Os problemas políticos não param por aí, pois todos os riscos do PROMEF já foram superados, como a revitalização dos estaleiros existentes e a construção do estaleiro Atlântico Sul, o financiamento garantido pelo Fundo da Marinha Mercante e pelo BNDES, com juros subsidiados e prazos bem maiores do que os praticados pelo mercado, além do fato de que as tarifas a serem pagas à Petrobrás no afretamento serão maiores, para remunerar o capital desta nova empresa formada por banqueiros.
No caso concreto de se confirmar a doação dos contratos do PROMEF para a Sete Brasil, a frota da Transpetro passará novamente a caminhar para a curva da morte, visto que os navios que possui são em sua grande maioria de casco simples e que por força de lei serão obrigados a deixar de navegar. A Petrobrás passará a ser a única empresa de petróleo que não terá frota própria para transportar seu negócio, o petróleo.

Rio de Janeiro, 16 de junho de 2011

Nota de protesto do Fórum do Setor Naval do Rio de Janeiro, formado pelas seguintes entidades:
CUT-RJ
CTB
Força Sindical
CNM-CUT
Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro
Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói
Sindicato dos Metalúrgicos de São Gonçalo
Sindicato dos Metalúrgicos de Angra dos Reis

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