24/06/2011
Morre o ator Peter Falk aos 83 anos
EFE
Los Angeles (EUA.), 24 jun (EFE).- O ator Peter Falk morreu na última madrugada em Beverly Hills, no estado americano da Califórnia, aos 83 anos, informaram nesta sexta-feira seus familiares à emissora de rádio local "KNX-1070".
Ainda não foi divulgada a causa da morte, mas sabe-se que o artista sofria de demência senil há anos.
Falk ganhou quatro prêmios Emmy por interpretar o célebre detetive Columbo, e recebeu indicações ao Oscar em 1961 e 1962 por seu papel coadjuvante nos filmes "Murder, Inc." e "Pocketful of Miracles".
Também concorreu dez vezes ao Globo de Ouro por sua atuação na série "Columbo", prêmio que ganhou em 1973.
Entre seus personagens mais memoráveis no cinema estão os de filmes como "Uma Mulher sob Influência" (1974), "Asas do desejo" (1987) e "A Princesa Prometida" (1987).
O ator americano ficou sob a custódia de sua mulher em junho de 2009 depois que um juiz de Los Angeles o declarou incapaz devido a seu quadro de demência.
A segunda esposa de Falk, Shera Danese, obteve a tutela do ator após seis meses de batalha legal com Catherine, filha adotiva de Falk.
Nas audiências, um dos médicos confirmou que padecia de demência avançada e que não lembrava de seu passado como ator e nem reconhecia sua filha.
Falk começou a dar sinais da doença em 2005 e seu estado piorou após se submeter a intervenções cirúrgicas em 2007 e 2008.
O último filme do qual participou foi "American Cowslip" (2009), ao lado de Val Kilmer.
São Paulo, sábado, 25 de junho de 2011
OPINIÃO
Além do herói carismático, série inovou ao abrir episódio já revelando o culpado
THALES DE MENEZES
DE SÃO PAULO
"Columbo" mudou as séries policiais da TV. Mas não foi por causa de seu protagonista, um tenente caolho da Homicídios de Los Angeles com um casaco surrado que rivalizava em fedor com seu indefectível charuto, incapaz de dar um tiro e, aparentemente, muito confuso.
Mais do que seu personagem, a inovação era a estrutura narrativa, que virou de cabeça para baixo o modelo de mistério policial.
O episódio começava com um assassinato e o telespectador acompanhava quem o cometia, em todos os detalhes. A missão de Columbo não era descobrir quem matou, mas sim como quebrar um álibi quase perfeito.
Desprovido de atributos físicos para o combate ao crime, restava a ele a lógica, embora essa palavra seja difícil de aplicar a seu método errático de investigação.
Ele insistia em perguntas bobas e aparentemente sem conexão com o crime. Nessa "tática" repetitiva, criou a frase marcante de Columbo: "Só mais uma coisa...".
Os culpados quase sempre o tratavam como um imbecil e, confiantes, deixavam escapar a peça que juntava o quebra-cabeça do detetive.
Os roteiristas eram desafiados a colocar a cena em que Columbo desmascarava o criminoso o mais próxima possível do encerramento do episódio. Às vezes, um minuto antes dos créditos finais.
Claro que a figura singular de Falk caracterizado no papel contribuiu para o sucesso. Com sua figura simplória (ele sempre se deslumbrava com o mundo dos ricaços que investigava) e o tratamento humilhante que recebia dos criminosos, ganhava a simpatia da audiência.
No início dos anos 1970, os seriados de TV apostaram em detetives diferentes. Columbo teve como rivais na audiência o investigador gordo de "Cannon" e o sexagenário de "Barnaby Jones".
São Paulo, sábado, 25 de junho de 2011
OPINIÃO
Além do herói carismático, série inovou ao abrir episódio já revelando o culpado
THALES DE MENEZES
DE SÃO PAULO
"Columbo" mudou as séries policiais da TV. Mas não foi por causa de seu protagonista, um tenente caolho da Homicídios de Los Angeles com um casaco surrado que rivalizava em fedor com seu indefectível charuto, incapaz de dar um tiro e, aparentemente, muito confuso.
Mais do que seu personagem, a inovação era a estrutura narrativa, que virou de cabeça para baixo o modelo de mistério policial.
O episódio começava com um assassinato e o telespectador acompanhava quem o cometia, em todos os detalhes. A missão de Columbo não era descobrir quem matou, mas sim como quebrar um álibi quase perfeito.
Desprovido de atributos físicos para o combate ao crime, restava a ele a lógica, embora essa palavra seja difícil de aplicar a seu método errático de investigação.
Ele insistia em perguntas bobas e aparentemente sem conexão com o crime. Nessa "tática" repetitiva, criou a frase marcante de Columbo: "Só mais uma coisa...".
Os culpados quase sempre o tratavam como um imbecil e, confiantes, deixavam escapar a peça que juntava o quebra-cabeça do detetive.
Os roteiristas eram desafiados a colocar a cena em que Columbo desmascarava o criminoso o mais próxima possível do encerramento do episódio. Às vezes, um minuto antes dos créditos finais.
Claro que a figura singular de Falk caracterizado no papel contribuiu para o sucesso. Com sua figura simplória (ele sempre se deslumbrava com o mundo dos ricaços que investigava) e o tratamento humilhante que recebia dos criminosos, ganhava a simpatia da audiência.
No início dos anos 1970, os seriados de TV apostaram em detetives diferentes. Columbo teve como rivais na audiência o investigador gordo de "Cannon" e o sexagenário de "Barnaby Jones".
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