Quando eu me lembro dos propnósticos terroristas que os reacionários deste país promoveram contra Dilma e seu Governo...
CartaCapital, Ed. 652
Seis Meses
Por Marcos Coimbra - Presidente do Instituto Vox Populi
O Governo Dilma completa seu primeiro semestre. Não é nada, não é nada, já se foi a metade do ano. Tempo suficiente para fazer um balanço mais significativo do que aquele realizado nos cem dias e que diz pouco. Quando apenas se passaram três meses, mal dá para os integrantes de um novo governo conhecerem seus gabinetes e saberem o nome de quem serve o cafezinho.
Agora, já temos várias pesquisas que mostram como a população vê o governo e o avalia. Elas permitem montar um retrato da imagem atual da presidenta e seu trabalho. Muito do que elas dizem era esperado. Mas nem tudo. De maneira geral, essas pesquisas mostram que Dilma Rousseff, aos olhos da grande maioria da opinião pública está: 1) cumprindo expectativas; 2) não decepcionando; 3) surpreendendo positivamente.
CUMPRINDO EXPECTATIVAS
Embora seja difícil para certas pessoas entenderem, Dilma e a maioria da população tinham combinado uma coisa simples ao longo do processo eleitoral de 2010: ela se comprometia a continuar o trabalho de Lula e os eleitores a votar em seu nome. Ela não se propunha a fazer malabarismos, não dizia que, com ela, o Brasil se reinventaria. Como candidata de continuidade, sua plataforma era inteiramente conhecida. Daria sequência ao que estava em curso, aprofundaria as características do governo anterior, corrigiria equívocos e melhoraria o desenho de algumas políticas.
Os eleitores não exigiam que ela tivesse atributos notáveis ou heroicos. Não estavam à procura de “salvadores da pátria”, não achavam que precisavam de “intelectuais brilhantes”. Bastava-lhes a segurança (ainda que nunca plena) de que ela faria a parte dela, honrando sua palavra e dando-lhes a continuidade que queriam. Quando votaram em Dilma, as pessoas sabiam que ela não era uma política profissional, que não era uma “velha raposa”do Congresso. Que não tinha experiência de chefiar um governo. Que, por isso, precisaria aprender fazendo, se beneficiando da colaboração de quem havia passado por aprendizado semelhante.
Nesses primeiros seis meses de governo, Dilma foi o que prometeu. Manteve seu compromisso de continuidade, não passou rasteira em ninguém, não tirou coelhos da cartola.
NÃO DECEPCIONANDO
As pessoas comuns costumam ser menos volúveis do que se imagina. Elas não se impressionam com o vaivém do cotidiano. Coisas que parecem terremotos aos olhos de alguns são episódios menores para elas. Houve, por exemplo, quem imaginasse (ou desejasse, o que é bem outra coisa) que um caso como o de Antonio Palocci fizesse com que a população se decepcionasse com Dilma. Sabe-se lá o porquê, talvez imaginando (ou desejando) que debitassem da conta dela o que cobrava dele. É evidente que isso não fazia sentido e as pesquisas mostraram que, de fato, o caso Palocci foi irrelevante para a imagem de Dilma. A maioria que gostava dela continuou gostando, assim como tampouco mudou a minoria que não.
Mais sem sentido é outra “decepção”: a “volta de Lula”. Há quem imagine (ou invente) que as pessoas fiquem decepcionadas sempre que Lula vai a Brasília e aconselha a presidenta. Ao contrário, qualquer pesquisa mostra que a população (incluindo aqueles que não gostam de Dilma) não vê problema algum nisso.
SURPREENDENDO POSITIVAMENTE
Dilma tem correspondido às expectativas que havia em relação a ela e a seu governo e não tem decepcionado. Está fazendo o que se esperava de alguém com seu perfil, enfrentando dificuldades semelhantes às que tiveram seus antecessores, seja no plano político, seja no administrativo. Mas tem reagido a elas, em alguns casos, de maneira original. Na substituição de Palocci, por exemplo, fez algo que surpreendeu e agradou às pessoas comuns: usou do caso para radicalizar sua aposta na contribuição das mulheres ao governo. Em vez de se assustar com a dificuldade, foi adiante.
No fundo, seja quando mantém seus compromissos, seja quando não decepciona ou quando surpreende de forma positiva, Dilma honra o pacto firmado com a população no ano passado. Isso, cumprir o que promete, talvez seja o atributo mais valorizado em um político. Não é estranho, portanto, que Dilma esteja terminando seu primeiro semestre com níveis recordes de aprovação. Goste-se ou não dela, é isso o que está acontecendo.
Agora, já temos várias pesquisas que mostram como a população vê o governo e o avalia. Elas permitem montar um retrato da imagem atual da presidenta e seu trabalho. Muito do que elas dizem era esperado. Mas nem tudo. De maneira geral, essas pesquisas mostram que Dilma Rousseff, aos olhos da grande maioria da opinião pública está: 1) cumprindo expectativas; 2) não decepcionando; 3) surpreendendo positivamente.
CUMPRINDO EXPECTATIVAS
Embora seja difícil para certas pessoas entenderem, Dilma e a maioria da população tinham combinado uma coisa simples ao longo do processo eleitoral de 2010: ela se comprometia a continuar o trabalho de Lula e os eleitores a votar em seu nome. Ela não se propunha a fazer malabarismos, não dizia que, com ela, o Brasil se reinventaria. Como candidata de continuidade, sua plataforma era inteiramente conhecida. Daria sequência ao que estava em curso, aprofundaria as características do governo anterior, corrigiria equívocos e melhoraria o desenho de algumas políticas.
Os eleitores não exigiam que ela tivesse atributos notáveis ou heroicos. Não estavam à procura de “salvadores da pátria”, não achavam que precisavam de “intelectuais brilhantes”. Bastava-lhes a segurança (ainda que nunca plena) de que ela faria a parte dela, honrando sua palavra e dando-lhes a continuidade que queriam. Quando votaram em Dilma, as pessoas sabiam que ela não era uma política profissional, que não era uma “velha raposa”do Congresso. Que não tinha experiência de chefiar um governo. Que, por isso, precisaria aprender fazendo, se beneficiando da colaboração de quem havia passado por aprendizado semelhante.
Nesses primeiros seis meses de governo, Dilma foi o que prometeu. Manteve seu compromisso de continuidade, não passou rasteira em ninguém, não tirou coelhos da cartola.
NÃO DECEPCIONANDO
As pessoas comuns costumam ser menos volúveis do que se imagina. Elas não se impressionam com o vaivém do cotidiano. Coisas que parecem terremotos aos olhos de alguns são episódios menores para elas. Houve, por exemplo, quem imaginasse (ou desejasse, o que é bem outra coisa) que um caso como o de Antonio Palocci fizesse com que a população se decepcionasse com Dilma. Sabe-se lá o porquê, talvez imaginando (ou desejando) que debitassem da conta dela o que cobrava dele. É evidente que isso não fazia sentido e as pesquisas mostraram que, de fato, o caso Palocci foi irrelevante para a imagem de Dilma. A maioria que gostava dela continuou gostando, assim como tampouco mudou a minoria que não.
Mais sem sentido é outra “decepção”: a “volta de Lula”. Há quem imagine (ou invente) que as pessoas fiquem decepcionadas sempre que Lula vai a Brasília e aconselha a presidenta. Ao contrário, qualquer pesquisa mostra que a população (incluindo aqueles que não gostam de Dilma) não vê problema algum nisso.
SURPREENDENDO POSITIVAMENTE
Dilma tem correspondido às expectativas que havia em relação a ela e a seu governo e não tem decepcionado. Está fazendo o que se esperava de alguém com seu perfil, enfrentando dificuldades semelhantes às que tiveram seus antecessores, seja no plano político, seja no administrativo. Mas tem reagido a elas, em alguns casos, de maneira original. Na substituição de Palocci, por exemplo, fez algo que surpreendeu e agradou às pessoas comuns: usou do caso para radicalizar sua aposta na contribuição das mulheres ao governo. Em vez de se assustar com a dificuldade, foi adiante.
No fundo, seja quando mantém seus compromissos, seja quando não decepciona ou quando surpreende de forma positiva, Dilma honra o pacto firmado com a população no ano passado. Isso, cumprir o que promete, talvez seja o atributo mais valorizado em um político. Não é estranho, portanto, que Dilma esteja terminando seu primeiro semestre com níveis recordes de aprovação. Goste-se ou não dela, é isso o que está acontecendo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário