terça-feira, 5 de julho de 2011

Renda de executivos dos EUA aumenta disparidade social

O modelo da sociedade norte-americana é um modelo podre, perverso, anti-cristão.
Não há a mínima consideração pelo ser humano.
E o pior é que vai apodrecendo o mundo junto com ela.

Há que lutarmos para nos afastar deste modelo com toda urgência e perseverança!




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São Paulo, terça-feira, 05 de julho de 2011


Renda de executivos dos EUA aumenta disparidade social

ANDREA MURTA
DE WASHINGTON

Mesmo com a crise e a reação de público e governo contra os luxos do mundo corporativo e financeiro, os salários astronômicos dos executivos americanos são uma das principais razões do aumento da disparidade de renda nos EUA - e continuam a crescer. A diferença nos ganhos dos muito ricos e dos pobres atingiu níveis não vistos desde a Grande Depressão (anos 30).
Em 2008 (dado mais recente), o grupo do 0,1% mais rico - pessoas que ganham mais de US$ 1,7 milhão -, acumulou 10,4% da riqueza pessoal do país. Há 40 anos, eles recebiam 2,5% dos ganhos. Já o 1% mais rico abocanhou 20% em 2008.
A faixa de renda mais alta é composta por executivos e gerentes de firmas, segundo uma pesquisa dos economistas Jon Bakija, Adam Cole e Bradley T. Heim divulgada no jornal "Washington Post".
Do 0,1% mais rico, 41% são executivos, gerentes e supervisores de empresas fora do ramo financeiro. Outros 18% são gerentes do ramo financeiro.
As porcentagens já devem estar mais elevadas. Em 2010, executivos de empresas do índice das 500 maiores da agência Standard & Poors tiveram ganhos 23% maiores do que no ano anterior, que chegaram a US$ 11,4 milhões cada.
Outras pesquisas mostram que enquanto os salários e bônus dos executivos americanos quadruplicaram desde os anos 1970, a renda de 90% dos trabalhadores do país estagnou no período.
Em muitos casos, as empresas que financiaram a explosão dos pagamentos a executivos reduziram os salários dos empregados comuns.
Pesquisa do Fed (banco central dos EUA) de março mostra que os 20% mais pobres viram sua renda cair 18% de 2007 a 2009, durante o pior da crise econômica.
A estagnação não é nova - a renda média de homens americanos não cresce desde 1975 - mas a situação ficou mascarada pelo boom do crédito, que permitiu a famílias gastar mais do que tinham.
Enquanto isso, o PIB crescia sem parar. O dinheiro ia direto para os mais ricos. Com base em dados de 299 empresas do S&B 500, o sindicato AFlL-CIO diz que a soma dos salários dos executivos, (US$ 3,4 bilhões), poderia sustentar 102.325 empregos de nível médio.

FOSSO
O crescimento do fosso afeta o país inteiro. Sarah Bloom Raskin, do conselho de governadores do Federal Reserve, disse no mês passado que "essa desigualdade é desestabilizadora".
"A situação ajuda a derrubar o crescimento econômico e é contrária ao progresso social que é parte e parcela desse crescimento."
Desde 1987, estudos do Centro de Pesquisa de Opinião Nacional mostram que 60% dos americanos acham que as diferenças de renda nos EUA são excessivas.
Economistas afirmam que as normas sociais que freavam a explosão de salários desapareceram no país.
Os EUA são bem mais desiguais do que os países da União Europeia e ficam ao lado de países em desenvolvimento em rankings de disparidade de renda. Usando o coeficiente Gini, uma medida de distribuição de renda, os EUA ficam atrás de Camarões e da Costa do Marfim.

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