sábado, 9 de julho de 2011

Kátia Abreu (DEM-TO), trabalhando contra o Brasil

No artigo abaixo, escrito por esta senadora representante das forças mais retrógradas deste país, temos uma confissão de entreguismo. 

Vejam um belo exemplo de como pensa uma subserviente aos interesses do capital estrangeiro. Um exemplo claro de complexo de vira-lata.

Uma das muitas coisas que esta senhora esquece é que aquilo que ela condena em nossas ações nacionalistas, as grandes potências não abrem mão e têm de sobra.


O que ela qualifica abaixo de retrocesso é uma ação que já vem tarde. Há muito o Brasil deveria ter se resguardado deste avanço sobre nossas terras. 


Vá lá ela, por exemplo, nos EUA ou nos países da Europa Ocidental querer adquirir propriedades sem  esbarrar nos limites e regulamentações impostos por seus respectivos governos. Não se tornaram potências agindo como esta senhora quer que façamos.

Nenhum cuidado com a presença estrangeira pode ser classificado como excesso, bem ensina a História.
Muito menos todo e qualquer investimento estrangeiro deve ser classificado como positivo. Exemplos de investimentos estrangeiros danosos não nos faltam para exemplificar.

Além de subserviente, mostra-se ignorante. Nem definir soberania mostra-se capaz. O conceito que tem de soberania é tão limitado como seu patriotismo, ou seja, nenhum.

Pessoas como Kátia Abreu não têm amor à Pátria e a seu povo! Seu senhor é o capital, não importa de onde venha! E, tal qual ela, há muitos outros no Congresso Nacional trabalhando para submeter nosso Brasil.




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Kátia Abreu, no Congresso contra o Brasil

São Paulo, sábado, 09 de julho de 2011

Nacionalismo fora de hora

KÁTIA ABREU
Numa sociedade em rápida transformação, como a nossa, a economia, a política e a cultura nunca evoluem no mesmo passo.
A economia pode modernizar-se rapidamente sob a pressão dos contatos com o exterior, sem que o sistema político e as ideias na sociedade acompanhem-na no mesmo ritmo.
A falta de sincronia entre essas esferas da vida social transmite a impressão de que o país vive simultaneamente em tempos históricos diferentes.
A América Latina, e o Brasil com ela, perdeu a maior parte do século 20 procurando inimigos externos para justificar sua pobreza e seu atraso em relação ao mundo.
Nessa busca insensata perdemos a capacidade de perceber nossos próprios problemas, nossas fraquezas e, muito pior que isso, as grandes possibilidades que tínhamos diante de nós.
Alimentamos conflitos políticos inúteis, criamos espaço para lideranças políticas ineptas e irresponsáveis e deixamos de investir na criação das condições objetivas que tornam possível o crescimento econômico.
Felizmente, alguns de nossos países, e o Brasil principalmente entre eles, conseguiram romper o círculo de atraso de consciência e ingressaram numa fase de modernização econômica e social que nos está levando, pela primeira vez, para o centro relevante do mundo.
No Brasil, no entanto, a modernização econômica ainda não teve tempo, ou não foi capaz, de influir no modo de funcionamento do sistema político e no conjunto das ideias com que os brasileiros interpretam sua realidade.
A política continua o mesmo modo patrimonialista de sempre e pode tornar-se um obstáculo importante à continuidade do nosso desempenho econômico.
Mas o mais grave é a sobrevivência de ideias anacrônicas que ainda guiam o comportamento de setores importantes da sociedade.
A pior dessas ideias é o nacionalismo.
É um nacionalismo mais recatado e fino, sem os slogans patéticos dos anos 50, mas mesmo assim carregado do mesmo veneno.
Os nacionalismos de todos os tipos estão na origem dos maiores desastres e dos maiores fracassos das sociedades humanas nos últimos cem anos.
Trazem à tona os piores instintos humanos, como o estranhamento e o ódio ao outro, instintos duramente domados pelos processos civilizatórios, mas que vez por outra ressurgem nas ideias políticas.
Essas reflexões me vem à mente com as notícias de que a Advocacia Geral da União está preparando uma proposta de lei determinando que empresas estrangeiras ou empresas nacionais com controle estrangeiro tenham que submeter previamente a um conselho do governo federal a compra de terras acima de cinco hectares.
Se esse propósito se concretizar, estaremos diante de um imenso retrocesso, que nos remete de volta ao pior nacionalismo dos anos 50 e dos anos de governo militar.
A presença de cidadãos e empresas estrangeiras no desenvolvimento brasileiro deve ser saudada como algo inteiramente positivo e não ser colocada sob suspeita ou restrições.
Mesmo porque, em virtude do próprio crescimento da economia brasileira, agora são os cidadãos e empresas brasileiras que estão se expandindo para fora de nossas fronteiras.
O argumento de que esse controle prévio é necessário para proteger a soberania brasileira em setor estratégico, faz uso abusivo, o que está se tornando corrente, da palavra estratégica e ignora o que seja exercício de soberania.
Soberania é a aplicação exclusiva da lei nacional dentro das fronteiras do país, e ninguém compra terras no Brasil invocando legislação de seu país de origem.
É falso o argumento e danosas as consequências. O Congresso brasileiro reformou a Constituição de 1988, abolindo a distinção entre empresa brasileira de capital nacional ou de capital externo.
Querer ressuscitar essa odiosa discriminação põe em risco a percepção que se possa ter da segurança jurídica em nosso país, e passa a ideia de um injustificável complexo de inferioridade.

KÁTIA ABREU, 49, senadora (DEM-TO) e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), escreve aos sábados, a cada 14 dias, neste espaço.

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