O beijo do Lula. Ah, se houvesse uma Ley de Medios …
- Publicado em 16/07/2011
Quando era senador (sempre entrou na vaga de alguém; nunca se elegeu diretamente), o Farol de Alexandria frequentava restaurantes de Brasília, como o notório Piantella, com os jornalistas e, especialmente, e de forma singular, com uma repórter da Globo.
Por quinze anos, o PiG escondeu que Fernando Henrique tinha um filho fora do casamento. (Depois, dois testes sucessivos de DNA, promovidos por um advogado de Daniel Dantas, demonstraram que ele não era o verdadeiro pai.)
Quando primeiro noticiou que ele ia assumir a paternidade, uma colonista (*) da Folha deu a entender que se tratava de um pai amantíssimo, que levou 15 anos para reconhecer o filho.
Um pai generoso. Um pater famílias. Quinze anos depois.
Durante oito anos o Nunca Dantes governou com a D. Marisa ao lado. D. Marisa, sempre discreta, parecia ali, ao lado dele, dizer a todos: ele reconhece como fui importante para ele vencer as barreiras do preconceito e do ódio.
Nesta sexta-feira, Lula beijou uma fã no rosto. TODOS os jornais do PiG (*) deram destaque. Desde as edições online, quando, por exemplo, o Estadão disse (e depois recuou) que o beijo era na boca.
Neste sábado, o Estadão publica a foto na primeira página. O Globo e a Folha (***) nas páginas internas, sempre com destaque. A intenção é óbvia.
Atingir Lula e seu casamento com D. Marisa. Flagrá-lo numa “pulada de cerca”.
O beijo não é na boca, mas um beijo desajeitado, acima dos lábios e ao lado do nariz da fã.
Fotos anteriores ao “beijo na boca” do Estadão e a descrição do evento falam que o Lula foi literalmente atacado pelos fãs e teve que sair direto do palanque para o carro.
O beijo se deu numa posição desajeitada, e a foto tirada de um ângulo “falso”.
Se o Ministro Bernardo já tivesse aprovado a Ley de Medios do Franklin Martins – aquela que o Lula passou a cobrar -, o que aconteceria ?
Um “direito de resposta” imediato. O Lula ou o PT entrava com um direito de resposta para esclarecer a cena.
Já neste domingo, o PiG teria que se retratar ou colocar os pingos nos is.
A foto não compromete o Lula, não atinge seu casamento, é um de 1001 beijos que o Lula dá em fãs ao longo de um dia, e, a rigor, se fosse publicada, não merecia destaque.
A TV estatal – só tem jeito se for estatal – esclarecia a cena, entrevistava a fã, o Lula e falava do processo judicial instaurado contra o PiG , especialmente contra o Estadão.
Na sequência, a tevê estatal exibiria longa reportagem sobre os métodos do Murdoch de fazer jornalismo. E comparava com os do PiG .
E deixaria clara uma diferença central: o jornal que o Murdoch teve que fechar – o “News of the World”, é um “tab”, um tablóide cheio de detritos de maré baixa.
O PiG, não. Vem cheio de detrito de maré baixa, mas se leva a sério.
Paulo Henrique Amorim
(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
http://www.conversaafiada.com.
PiG (* ) joga sujo com Lula. Beijo não é na boca
- Publicado em 15/07/2011
Na saída de um evento no Parque do Anhembi em São Paulo, Lula beijou uma fã.
O G1 e o Globo publicaram a foto. Lula não beija na boca.
Ele está para entrar no carro e dá um beijo desajeitado, acima dos labios, ao lado do nariz.
O G1 e o Globo exploram a foto. Tem-se a impressão de que o objetivo da sequência das fotos é registrar uma “pulada de cerca” do ex-presidente.
Uma óbvia tentativa de “flagrá-lo” num pecadilho que o incompatibilize com D. Marisa. O Estadão, como sempre, vai às ultimas consequências.
E diz na capa da edição online que Lula beijou a fã na boca (depois tirou o “na boca”).
Não é verdade. São os Murdoch do Brasil.
Paulo Henrique Amorim
Foto Extra:
Fotos do G1:
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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