sexta-feira, 15 de julho de 2011

A humilhante vida dos dissidentes cubanos na Europa

Apesar do criminoso bloqueio norte-americano de já 50 anos, viviam numa sociedade que lhes garantia educação, moradia, saúde, em que não há mendicância ou menores abandonados, onde a criminalidade é praticamente inexistente e nunca provocada por pressão da miséria... Ou seja, viviam humildemente mas com dignidade!

Foram idiotas em acreditar nas mentiras da propaganda capitalista e... Se ferraram bunitinho!

Como a maioria dos outros cubanos que abandonaram Cuba e hoje apodrecem em prisões ou em condições de penúria mundo afora.

E, pelo que podemos ler abaixo, continuam alienados. Têm a esperança que nos EUA a situação será melhor daquela que vivem na Europa. Pobres coitados!




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São Paulo, sexta-feira, 15 de julho de 2011

Nueva vida social clube

LUISA BELCHIOR
EM MADRI

O cubano Victor Arroyo, 60, retira os poucos móveis do apartamento em que vive em Móstoles, em Madri. Sem emprego nem educação para os filhos, o jornalista e geógrafo doou tudo para conterrâneos e vai deixar a Espanha rumo aos EUA quase como chegou, há um ano: com um punhado de roupas.
No lugar da esperança de deixar quase oito anos de prisão para uma vida na Europa, desta vez leva a sensação de "desilusão, engano". Quando chegamos foi uma festa, mas depois nos jogaram em qualquer lugar e nos deram as costas. Ninguém tem trabalho e vivemos uma vida medíocre", diz à Folha.
Arroyo é um dos 75 dissidentes políticos presos em 2003 pelo regime de Raúl Castro e enviados à Espanha há um ano em um acordo político entre os governos cubano e espanhol, com intermediação da igreja católica. Na época, a Espanha, encarregada de conseguir casa, trabalho e educação para os cubanos, visava retomar o protagonismo na relação entre Europa e América Latina. Cuba, por sua vez, buscava derrubar a Posição Comum, acordo europeu que condiciona a relação comercial com a ilha ao cumprimento dos direitos humanos.
Um ano depois, a Posição Comum -ou seja, o bloqueio econômico- continua de pé, assim como a crise econômica de Cuba. Ao contrário do projeto de inserir os dissidentes na vida europeia. Cerca de 70% deles não conseguiram trabalho, segundo levantamento feito pelo grupo.
"Nos inscrevemos na fila de emprego para qualquer trabalho. Nunca fomos chamados", conta Arroyo.
Como seus conterrâneos, o jornalista e a família vivem até hoje de uma ajuda de menos de 579 euros (cerca de R$ 1.300) mensais e do aluguel do apartamento, que sai de fundos europeus e, pelo acordo, expira até o fim do ano.
"Para mim, está claro que logo teremos companheiros no meio da rua como indigentes", diz Próspero Gainza, 54, que também vai se mudar para os Estados Unidos. "Lá, dizem que há trabalho. Aqui vivemos uma situação humilhante. Temos que declarar todos os nossos gastos." Além de Gainza e Arroyo, outros oito dissidentes já se mudaram para os EUA com as famílias. Um foi ao Chile.

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