quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

"JN" perde um de cada quatro espectadores

Eu quero mais é ver a Globo afundando na mais profunda das fossas abissais.



São Paulo, quarta-feira, 05 de janeiro de 2011

"JN" perde um de cada quatro espectadores

KEILA JIMENEZ

O "Jornal Nacional" (Globo) fechou 2010 com a pior audiência de sua história.
Segundo pesquisa do Ibope, o noticiário registrou em 2000 média de 39,2 pontos, com 56% de share (participação entre TVs ligadas). (Cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande SP).
Encerrou 2010 com média 29,8 pontos e 49,3% de share, uma queda de 24% de audiência em relação a 2000: perdendo um de cada quatro telespectadores.
Também pela primeira vez, o "JN" ficou abaixo dos 50% de share. Seu ápice na década foi em 2004, em que alcançou média de 39,4 pontos e 61,9% de share

Mesmo com eleição e Copa jornal nacional desaba

    Publicado em 05/01/2011

A iluminada gestão do Kamel produz efeitos há muito tempo

Saiu na Folha, seção “Ilustrada”, pág. E8:

“ ‘JN’ perde um de cada quatro espectadores.”

“O ‘Jornal Nacional’ (Globo) fechou 2010 com a pior audiência de sua história.”

“Encerrou 2010 com média de 29,8 pontos e 49,3% de share, uma QUEDA DE 24% (ênfase minha) de audiência em relação a 2000: perdendo um de cada quatro espectadores”.


Como se sabe, o ano de 2010 teve Copa – exclusividade do “Cala a Boca, Galvão”, que tem o poder de derrubar e escalar o técnico da seleção.
E teve eleição – onde a Globo não exerce mais o monopólio.
Copa e eleição são puxadores de audiência.
Não adiantou nada.
O carisma e a isenção do Casal 45 (especialmente
quando entrevistam candidatos trabalhistas) não
conseguiram salvar a pátria.
Muito contribuiu para o naufrágio a iluminada
gestão do Ali Kamel, o mais poderoso diretor de
jornalismo da História da Globo.
Kamel levou para o jn um padrão de isenção,
objetividade, qualidade e inovação que seria i
nevitavelmente recompensado.
Sobretudo o aspecto da inovação.
Kamel consegue a proeza de fazer o mesmo jornal nacional que o Armando
Nogueira fazia nos anos 60, com uma diferença: Armando não tinha computador.
(Outra diferença: o jn do Armando tinha humor, um sorriso nos lábios,
especialmente nas reportagens que antecediam o “boa noite” do Cid Moreira.
Hoje, o jn tem o senso de humor do Cerra. Uma questão de contágio.)
Numa empresa privada, a queda de 24% – um em cada quatro clientes –
significaria demissão.
Mas, como já disse esse ordinário blogueiro, a Globo não é uma 
empresa propriamente capitalista: é uma prisão de segurança máxima.
Você tem todo o conforto, televisão no quarto, geladeira, passeio no sol,
visita íntima, comida de primeira, todas as regalias: só não pode sair de lá.

Paulo Henrique Amorim

Nenhum comentário:

Postar um comentário