terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Globo e você: Nada a ver! (ou mais um CRIME CONTRA A HUMANIDADE)
Por Raul Longo (*)
O uso do terremoto do Haiti, por exemplo, por manipulação, omissão ou emissão de intencionais falsas informações sobre aquela tragédia; poderá ser considerado como digno de manifestação da civilização humana?
O que é mais trágico? O inevitável evento natural de um tsunami, de um terremoto, de uma avalanche, uma tromba d’água provocada por uma tempestade, uma precipitação desproporcional; ou o que se utiliza da desgraça alheia, de centenas de vidas perdidas numa hecatombe ou numa determinação genocida, para induzir compreensões errôneas, para falsificar fatos?
Não se pode acusar um cataclismo de desumano, afinal os desastres naturais não possuem humanidade, mas qual humanidade possui a instituição que faz uso de uma calamidade, demonstrando idêntico desrespeito à vida humana que o dos que ordenaram os extermínios nos campos nazistas? Ou daqueles que comandaram o massacre de Gaza, de Ruanda, do Camboja?
Atentem para esta nota emitida pela Prefeitura Municipal de Teresópolis: “A Prefeitura de Teresópolis esclarece que está trabalhando em parceria com a Cruz Vermelha. O Governo Municipal e a organização humanitária estão empenhados em ajudar a quem está precisando neste momento de tantas dificuldades. Este é o objetivo: trabalhar em conjunto em prol da população e das pessoas atingidas pelo forte temporal que assolou a Região Serrana.”
Foi provocada por esta publicação no Globo on line (vide abaixo 'Globo e PSDB satanizam prefeito de Teresópolis'): “RIO - Seis dias depois da tragédia e ainda com centenas de pessoas ilhadas e precisando de socorro, um incidente está atrapalhando os trabalhos de assistência aos desabrigados de Teresópolis na manhã desta segunda-feira. Membros da Cruz Vermelha e voluntários que trabalham na cidade acusam a prefeitura de Teresópolis de suspender a assistência que vinha sendo prestada pelo grupo à população da cidade.”
A acusação é seriíssima! A Cruz Vermelha é uma entidade internacional de importância que suplanta praticamente todas as demais. A Cruz Vermelha nos países cristãos ou o Crescente Vermelho nos países muçulmanos, por seu histórico, é mais significativa do que a UNICEF, a UNESCO e a própria ONU. Um agente público que numa situação como a sofrida pela população da região serrana do Rio de Janeiro, com o alarmante número de mortos, desaparecidos e feridos, na eminência de surtos epidêmicos provocados em tais ocasiões; impede a atuação da Cruz Vermelha, justifica uma investigação rigorosa e explicações não só às vitimas da cidade, do estado ou do país. Mas ao mundo!
Por outro lado, apesar de compreensível que o caos instaurado na região gere boatos e mal entendidos pela comoção e emotividade dos atores ali envolvidos, as empresas de comunicação que formam a instituição conhecida como Organizações Globo são reincidentes em especular com a desgraça alheia. Em Santa Catarina, por exemplo, o grupo RBS, associado à Globo, acaba de demitir o colunista Luiz Prates pela negativa repercussão nacional de uma nota em que culpa o governo brasileiro, ao qual qualificou de espúrio, pelos atropelamentos ocorridos na capital do estado, sugerindo que pobres deveriam ser impedidos de dirigir.
Segundo funcionários da RBS, Prates é ali considerado um intelectual. Imagine-se o que sejam os demais! Um exército de Pol Pot? Slobodan? Goehring? Amin Dada? Talvez por essa consideração, a empresa anunciou que o ex-funcionário doravante se dedicará a projetos pessoais. Estéril especular a quais projetos terá se dedicado Prates até aqui, além de proferir e escrever sandices para promover intolerâncias, preconceitos e reacionarismos na preconceituosa elite catarinense; mas bem inversos a isso, os populares de Florianópolis já cogitam que Prates abrirá um lava-rápido para atender ao aumento de automóveis nas ruas da cidade.
Ao povo só resta fazer piada de tais mazelas que se lhe impõe, pois em nome de duvidosa “liberdade de imprensa”, o Poder Judiciário Brasileiro se comporta como conivente à ação nitidamente criminosa da Rede Globo e de outros grupos de empresas de comunicação, como quando culparam pessoalmente o Presidente Lula no imediato momento em que ocorreu o desastre com maior número de vítimas fatais da história da aviação brasileira.
Perceptivelmente, a Globo anseia por cadáveres! Às centenas, aos milhares! Brasileiros que se cuidem, pois se houver oportunidade repetem aqui um 11 de setembro como o de Nova Iorque e de maiores proporções, pois para a Globo quanto maior a desgraça, melhor! Mas se o Poder Judiciário do país é conivente aos crimes da Globo, comprovando-se neste caso de Teresópolis mais uma manipulação de informações para aumentar a comoção popular e piorar ainda mais a tão drástica situação, o Brasil, que acaba de ser condenado na OEA pelos crimes cometidos pela “ditabranda” da Folha de São Paulo, têm de ser julgado nos tribunais internacionais por crime contra a humanidade.
Lá vai a Justiça Brasileira, outra vez, para o banco dos réus! Uma vergonha global!
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