domingo, 17 de julho de 2011

Ex-executiva do grupo de Murdoch é presa em Londres

Quantos na nossa imprensa não merecem o mesmo destino?

Como faz falta uma Lei de Meios no nosso Brasil!




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UOL, 17/07/2011

Ex-executiva do grupo de Murdoch é presa em Londres após escândalo do tabloide britânico

 
Do UOL Notícias*
Em São Paulo


 Brooks, é ex-chefe de redação do News of the World,
Brooks, é ex-chefe de redação do "News of the World",
 
Rebekah Brooks, que renunciou na sexta-feira ao cargo executivo que mantinha na "News International", foi detida neste domingo pela Polícia de Londres pelas escutas telefônicas do tabloide "News of the World", disse seu porta-voz David Wilson Anteriormente, a informação havia sido divulgada pela rede pública britânica "BBC" e pela TV Sky News. "Rebekah foi à polícia por livre e espontânea vontade. Ela foi detida após a sua chegada à delegacia", declarou seu porta-voz. Um porta-voz da Polícia Metropolitana de Londres (Scotland Yard) limitou-se a informar que uma mulher não identificada de 43 anos, a mesma idade de Brooks, foi detida acusada de corrupção e intercepção de telefones.

Rebekah Brooks, a diretora-geral do grupo News International, do magnata australiano Rupert Murdoch, pediu demissão de seu cargo na sexta-feia (15), em mais um desdobramento do escândalo das escutas telefônicas ilegais que resultou no fechamento do tabloide "News of the World" e na desistência de um projeto-chave de expansão do império Murdoch no Reino Unido. Brooks, de 43 anos, ex-chefe de redação do tabloide "News of the World", disse aos funcionários do jornal que sentia uma grande responsabilidade pela crise que se estendeu aos Estados Unidos, onde o FBI realiza uma investigação preliminar por possíveis escutas de vítimas dos atentados de 11 de setembro. Sua demissão marca um novo capítulo na grave crise que sacode o grupo do australiano Rupert Murdoch, News Corp., que em uma semana teve que fechar o "News of the World" e desistir de assumir o controle do canal britânico de TV paga BSkyB.

A saída de Brooks, considerada a "sétima filha" de Murdoch, põe fim a uma carreira meteórica de mais de 20 anos. Nesse tempo, passou de secretária no "News of World" a redatora-chefe do jornal entre 2000 e 2003, depois ficou no "Sun" até 2009 e, por fim, foi diretora-geral do News International. "Como diretora-geral da companhia, tenho um profundo sentido da responsabilidade para com as pessoas que magoamos, e quero reiterar o quanto sinto pelo que agora sabemos que aconteceu", escreveu Brooks em um comunicado.
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O Globo OnLine, 15/07/2011

 
'News of the World'

Pressionada por escândalos de escutas ilegais, Rebekah Brooks pede demissão

 
Fernando Duarte, correspondente


LONDRES - Um dos principais vilões do escândalo dos grampos telefônicos do ''News of the World'', a diretora-executiva da News International, Rebekah Brooks, anunciou na manhã desta sexta-feira seu desligamento da empresa. Por meio de uma nota oficial, Brooks, de 43 anos, disse que tomou a decisão por sentir não era a pessoa adequada para conduzir a empresa em meio à polêmica.
Sua saída causou certa surpresa diante da recusa inicial da executiva de atender aos pedidos de renúncia depois que vieram à tona revelações de que o ''News of the World'' não tinha somente celebridades como alvo dos grampos e tampouco que a prática ocorrera apenas entre 2003 e 2007, quando Andrew Coulson era o editor-chefe - na verdade, descobriu-se que em 2002, quando Brooks ocupava o cargo, a prática já era adotada, inclusive em casos de vítimas de crimes, como da menina Milly Dowler, raptada e assassinada por um maníaco.
"Como diretora-executiva desta empresa, eu sinto uma enorme responsabilidade pelas pessoas que nós machucamos e quero reiterar o quão arrependida eu estou por tudo o que nós estamos vendo por aí " disse a jornalista, em um comunicado.
Brooks havia sido defendida veementemente pelo bilionário australiano Rupert Murdoch, o dono da News International, e vinha resistindo a pedidos até do premier britânico, David Cameron, para que deixasse o cargo. No entanto, sua convocação para depor numa comissão parlamentar investigando o escândalo, anunciada ontem, parece ter vencido a resistência da jornalista, que encerrou uma carreira de 20 anos na empresa de Murdoch, onde começou como secretária. Outro fator de pressão foi a entrevista de um dos acionistas da News International, o príncipe árabe Talal Al-Salud, ao programa ''Newsnight'' da BBC na noite de quinta-feira, para quem a executiva estava como sua integridade sob suspeita e prejudicando a empresa.
No comunicado, a jornalista ainda tentou justificar seu insistência em permanecer na diretoria da News International, já que desde o início do escândalo vem sofrendo pressão para abandonar o cargo. Segundo ela, o correto e "responsável" seria "liderar a empresa neste momento de crise", mas sua atitude a tornou no centro do debate sobre o futuro do conglomerado de mídia do magnata australiano Murdoch no Reino Unido.
"Isto está tirando a atenção de todos nossos honestos esforços para consertar os problemas do passado", afirmou, dizendo que sai da empresa com as "mais felizes lembranças".
Brooks será substituída pelo neozelandês Tom Mockridge, que cuida da Sky Italia, uma das empresas do império de mídia Murdoch na Europa. Na próxima terça-feira, o bilionário e Brooks, serão sabatinados pela comissão parlamentar, assim como o braço-direito de Murdoch nos negócios, o filho James.

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