quinta-feira, 21 de julho de 2011

As Aventuras de Tintin, O Filme

Tenho a coleção completa das aventuras de Tintin. A comecei quando criança com mais ou menos uns 8/9 anos de idade.
Não tenho idéia de quantas vezes li e reli todos os exemplares.  
 
Ao lado de Asterix, considero as melhores histórias em quadrinhos do mundo!
 
 


http://www.youtube.com/watch?v=bDlm3eLRut0


 

O Globo, 21/07/2011

 
Novo Indy de Spielberg

Steven Spielberg tem o aventureiro Tintim como herói de seu mais novo filme

 
André Miranda (andre.miranda@oglobo.com.br)

?As aventuras de Tintim: o segredo do Licorne?: movimentos de atores reais aplicados em imagens digitais

PARIS - Para os meninos, o barato eram as lutas, os perigos, a possibilidade de descarregar a pistola nos bandidos e o cachorro branco que sempre o acompanhava. Já para as meninas, o encanto estava na curiosidade excessiva, no cabelo de bom moço, no jeito de escoteiro e também, é lógico, naquele mesmo cachorro branco. Mas, para muitas das gerações que desde 1929 seguem suas histórias, o barato e o encanto se confundiam, embaralhados pelo mistério, pela ação, pelo suspense. A única certeza era de que Milu, o fox terrier branco, era o melhor amigo do homem, desde que este tivesse cara de garoto, fosse belga e trabalhasse como jornalista. Tudo isso fez com que Tintim, herói que está perto de ganhar uma nova adaptação cinematográfica dirigida por Steven Spielberg e com uma aposta em novos recursos tecnológicos, se tornasse um dos mais amados da história dos quadrinhos. O filme, chamado "As aventuras de Tintim: o segredo do Licorne", será lançado no exterior entre outubro e dezembro e chega ao Brasil em 20 de janeiro, com cópias em 3D.
Tintim foi criado numa tira de jornal, em 1929, pelo ilustrador belga Hergé, na época com 21 anos, e acabou se tornando uma bem-sucedida franquia com 24 livros (atualmente publicados no Brasil pela Companhia das Letras) e versões para teatro, TV e cinema. Mas, diferentemente da maioria dos fãs, Spielberg não era mais um menino quando leu pela primeira vez uma história de Hergé. Ao contrário, já era um reconhecidíssimo cineasta, com "Tubarão" (1975) e "Contatos imediatos de terceiro grau" (1977) no currículo, e com um recém-lançado "Indiana Jones e os caçadores da arca perdida" (1981) iniciando uma promissora carreira nas salas de cinema. E foi daí que veio a coincidência: o diretor pegara uma revista francesa para tentar compreender o que falavam de seu novo filme e acabou encontrando diversas citações àquelas duas sílabas. Spielberg pediu, então, para que um assistente lhe trouxesse os livros de Tintim.
- "Eu não entendi o que estava escrito, mas ficou claro que a disposição das ilustrações era como o enredo de um filme. O Hergé montava seus quadros como se tivesse uma câmera nos ombros" - conta o cineasta, num hotel de luxo de Paris, durante uma rodada de entrevistas com jornalistas de todo o mundo. - "Além disso, fiquei surpreso por haver um personagem aventureiro que rodava o mundo bem antes de pensarmos em fazer o primeiro "Indiana Jones"."
Pouco depois de ter descoberto Tintim, Spielberg falou com sua produtora e sócia, Kathleen Kennedy, que telefonou para Hergé. Eles queriam comprar os direitos dos livros, mas o ilustrador morreu logo em seguida, em 1983, aos 75 anos, deixando para sua viúva, Fanny Rodwell, a tarefa de assinar o contrato da adaptação. A partir dali, aconteceu o que é de costume no cinema em qualquer canto do mundo, com atrasos no projeto, roteiros sendo escritos e reescritos e outros compromissos passando à frente na fila.
Faltava, também, o recurso que Spielberg considera hoje essencial para seu novo filme: "As aventuras de Tintim" foi rodado em >ita<motion capture, o que significa que atores reais têm seus movimentos e expressões captados por sensores e aplicados em imagens digitais. Um exemplo bem conhecido da técnica é a transposição para a tela da azulada raça alienígena de "Avatar", de James Cameron. A diferença é que o "Tintim" de Spielberg foi inteiramente feito com a técnica.
- "Algumas ferramentas ficam disponíveis por muito tempo até que nossa imaginação perceba como elas devem ser usadas" - diz Spielberg. - "O que é assustador para mim, como cineasta, é fazer sempre as mesmas coisas, com as mesmas ferramentas. Com "Tintim", nós apenas usamos uma tecnologia nova, mas o que continua sendo fundamental em tudo é a história: a mensagem não está na forma, e sim nos personagens. Eu acho que Hergé fazia suas histórias de seu jeito porque não havia outra possibilidade para a época. Hoje, temos uma maneira diferente de contar uma história originada nos quadrinhos".
Na produção de "As aventuras de Tintim", junto a Spielberg e Kathleen, está o cineasta Peter Jackson (diretor de "O Senhor dos Anéis" e "King Kong"), fã de longa data da obra de Hergé. A ideia do trio é que o projeto dê origem a pelo menos uma trilogia - o que, em Hollywood, só pode ser completamente confirmado após a certeza de que o primeiro filme obteve sucesso -, sendo que uma das continuações seria dirigida por Jackson. O roteiro deste primeiro longa, "O segredo do Licorne", reúne parte das tramas de três dos livros de Hergé: o próprio "O segredo do Licorne", "O tesouro de Rackham, o Terrível" e "O caranguejo das pinças de ouro".
Para dar voz e movimento a Tintim, foi escalado o ator inglês Jamie Bell, famoso por seu papel em "Billy Elliot" (2000). Já o personagem do Capitão Haddock, um marujo alcoólatra amigo do protagonista, ficou a cargo de Andy Serkis, outro ator inglês, este já bem acostumado com a motion capture após viver o atormentado Gollum nos filmes "O Senhor dos Anéis" e também o gorilão de "King Kong". Estão no elenco, ainda, Daniel Craig, Simon Pegg, Nick Frost e Toby Jones.
- "Em "O Senhor dos Anéis" eu era o único ator a utilizar a motion capture, mas agora é um filme inteiro feito desta forma" - conta Serkis. - "Eu não acho que a tecnologia exija menos de um ator. Você precisa criar toda a personalidade, o espírito do personagem. Você precisa compreender o que seu papel pretende, e nisso não há diferença alguma entre a motion capture e a filmagem habitual. O recurso basicamente é de uma maquiagem digital'.

Steven Spielberg

A escolha de Paris como palco para apresentar aos jornalistas algumas sequências do filme e discutir detalhes do projeto passa muito pela fácil assimilação do personagem entre os europeus. Na França, por exemplo, o jovem repórter aventureiro é um razoável fenômeno literário, e seus livros, que já foram traduzidos para mais de 80 idiomas, são facilmente encontrados nas lojas. É, porém, uma situação bem distinta da que ocorre no outro lado do Atlântico. Nos EUA, Tintim não tem nada de popular. Por isso, Spielberg vai aproveitar também a homenagem que receberá na feira de quadrinhos Comic-Con, em San Diego, amanhã (leia mais sobre a feira na página 3), para exibir cenas de "O segredo do Licorne" e tentar elevar a expectativa americana em relação a seu filme.
- "Na América, se você perguntar nas ruas, as pessoas vão te dizer que o Tintim é um cachorro" - brinca Jamie Bell, outro que se declara fã do herói. - "Eu projetava tudo o que queria para a minha vida no Tintim. Eu queria viajar, atirar nos caras malvados, andar por aí com um capitão bêbado. E é curioso porque eu não sabia muito sobre ele. Que jornalista é esse cujo nome nunca aparece nos jornais? Quem são seus pais? Por que ele tem um cachorro? São todas perguntas que devemos nos fazer para preencher a nossa imaginação".
O novo Indy de Spielberg
São filmes bem diferentes, todos vindos de um homem que já provou ter a capacidade de arriscar. Assim como o agora seu Tintim.
- "Sempre me identifico um pouco com meus personagens. Eu me vejo em muitos deles, como, por exemplo, no Indiana Jones, tirando o fato de eu ter medo de altura. Gostaria de ser o Indy até ele precisar de um dublê (risos). Já com o Tintim, aquilo com que eu mais me identifico é sua capacidade de não aceitar que pode perder um desafio. Ele sempre acredita que vai conseguir. Eu também sou assim"- conta Steven Spielberg.
O repórter viajou a convite da Sony.
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O Estado de São Paulo, 21/07/2011

 

Tintin em nova dimensão

 
Andrei Netto - O Estado de S.Paulo
CORRESPONDENTE / PARIS

Reprodução
Reprodução
Tintin e Milu retornam às telas em 'O Segredo do Unicórnio'
 
A amostra apresentada à imprensa na terça, em Paris, é de apenas 8 minutos, mas deixa claro que As Aventuras de Tintin, o herói criado pelo cartunista belga Hergé em 1929, não apenas ganhou mais animação e uma dimensão extra, fruto da versão 3D. Em uma produção que se anuncia impecável e execução técnica digna de seu diretor, Steven Spielberg, a versão cinematográfica dá vida nova a um dos personagens de quadrinhos de maior sucesso do século 20.

Essas primeiras impressões vêm não só dos extratos do filme - com estreia na Europa prevista para 26/10 e em 20 de janeiro no Brasil - mostrados à imprensa. Também sobressaem das conversas com Spielberg e Peter Jackson, diretor de O Senhor dos Anéis, produtor de Tintin e diretor do segundo episódio da nova franquia, cujo lançamento deve ficar para 2012. Juntos, Spielberg e Jackson demonstram um cuidado em traduzir a obra de Hergé para o cinema com fidelidade. "Fomos absolutamente respeitosos", diz o diretor.
O cuidado tem relação direta com o sucesso obtido pelo cartunista belga. Ao idealizar o jovem jornalista, protagonista de Tintin au Pays des Soviets, a primeira tira da série (1929), Hergé criou um personagem com lugar garantido na memória de crianças e adultos. Aos menores, o menino loiro e de roupas engraçadas seduziu por suas aventuras ao lado de seu cãozinho Milou. Aos crescidos, impressionou seus temas políticos e seu mistério. Afinal, Tintin não tem passado, idade definida, família, namorada, amigos nem vida fora dos episódios dos quais participa.
A ausência de referências pessoais levava os leitores a se concentrarem no mais importante: a qualidade de suas histórias presentes. Corajoso e com apurado senso profissional, Tintin enfrentou bolcheviques prontos a matá-lo para impedi-lo de revelar ao Ocidente os desmandos da URSS. Com o mesmo tom crítico subliminar, ele combateu gângsteres que tomavam Chicago e minavam os EUA em Tintin en Amérique (1931). Além disso, protagonizou aventuras fantásticas nos quatro cantos do mundo. São essas histórias que Spielberg e Jackson agora adaptam ao cinema de animação, em uma espécie de Indiana Jones do século 21.

 

Quadrinhos com vida

Dois temas monopolizaram as atenções em Paris na apresentação de As Aventuras de Tintin: a qualidade dos enredos de Hergé e o virtuosismo técnico da versão cinematográfica. O segundo tema é tão relevante na produção que realimenta uma dúvida: qual a real importância da história e dos atores de cinema em um filme de animação, feito em 3D a partir da captura de movimentos? Pois bem, com Tintin, Spielberg e Jackson sugerem que a polêmica é vazia.    
A ideia de ambos foi casar, em uma série de longas com pelo menos três episódios previstos, a obra de um cartunista reconhecido em todo o mundo no século 20 com as ferramentas técnicas do século 21, sem esquecer a qualidade da performance artística. Se o objetivo foi cumprido, só a exibição completa do filme poderá revelar, mas para quem gosta de cinema de animação a promessa é estimulante.
Era mesmo de se esperar um alto grau de perfeccionismo técnico da reunião de Spielberg e Jackson. Mas, segundo seus próprios relatos, o cuidado com Tintin foi especial. "Os personagens de Tintin são muito característicos", argumenta o diretor de O Senhor dos Anéis. "Fizemos projeções no computador, modelos digitais em 3D... Steven e eu tivemos longas teleconferências, ele em Los Angeles e eu na Nova Zelândia, observando os painéis e discutindo por que um personagem não estava suficientemente semelhante às histórias. E Tintin foi o mais demorado. Estávamos em busca de algo muito natural."
O trabalho de digitalização nos computadores, porém, parece ter sido apenas uma das preocupações. Outra importante foi a qualidade da atuação. "Os melhores atores sabem como ninguém transmitir emoções através do olhar. As animações devem saber transmitir essas emoções também", argumenta Jackson.
Para que suas reações fossem captadas, os atores protagonizaram todas as cenas do filme em condições reais de atuação, vestidos de roupas especiais, cobertas de sensores luminosos de movimento e de expressões. "O ator é o ingrediente vivo dessa animação", diz Jamie Bell, hoje com 25 anos, a quem coube encarnar Tintin. "Toda a "performance capture" é pura atuação. Não há nada além disso." Andy Serkis, que faz Haddock, concorda: "As escolhas do ator estão lá. O set está lá. Mas para mim com ou sem performance capture é a mesma coisa. Não se perde intensidade de atuação, e a animação ganha sensibilidade".
O preciosismo do elenco - que conta também com Daniel Craig -, do diretor e dos produtores resulta em uma combinação surpreendente: histórias fantásticas do autor, agora com movimento e relevo, somadas às características físicas, às posturas e trejeitos de Tintin e Haddock, com pitadas da personalidade e da expressividade de Bell e Serkis.
Em síntese: para os velhos fãs, uma adaptação imperdível dos quadrinhos; para os que desconhecem o personagem, uma oportunidade de descobrir Hergé, um talento de sua arte reconhecido em todo o mundo.


ENTREVISTAS


Steven Spielberg, Diretor
"ADORO A FORMA COMO HERGÉ TRATA A COMÉDIA"
Você só teve contato com a obra de Hergé quando adulto. O que o seduziu?
Eu de fato não conhecia as histórias desde a infância, e isso fez uma certa diferença. Eu as conheci adulto, e fiquei seduzido por elas. Adorei os scripts, adorei a forma como ele se relacionava com a comédia nas histórias. Essa é uma vantagem de ser um adulto: você pode reconhecer as influências, constatar a qualidade do script, a consistência das cenas. E, como fã de Hergé e como a criança que guardo no interior e que gosta de ser surpreendida, fui conquistado em muitos diferentes graus etários.
Você mencionou as influências de Hergé. Diz-se que a sua obra e a de Jacques Tati, diretor francês, também têm relações.
Sou um fã incondicional de Tati. Ele estava à frente do seu tempo nos anos 1950. Tinha a sensibilidade do silêncio na era do cinema falado, que se expressava sem usar diálogos. Ao receber o meu primeiro livro de Tintin, em 1981, era um exemplar em francês. E eu não leio francês. Mesmo assim entendi toda a história pelas imagens, pelas cenas.

Jamie Bell, Ator
"TINTIN NÃO ERA UM ESTÚPIDO CARTOON"
Você já conhecia as histórias de Tintin, mesmo tendo nascido após a maior fase de sucesso do personagem?
O canal franco-canadense de TV passava as histórias de Tintin. Eu acordava, ligava a TV e via uma série de cartoons estúpidos. E a seguir vinha Tintin, o que deixava claro que havia uma clara diferença entre cartoons idiotas e Tintin. Ele falava de corrupção política e queria Justiça, direitos. Onde mais você vê isso? Eu gostava da forma como eles respeitavam os expectadores, porque não era estúpido.
Qual foi a maior dificuldade em interpretar um personagem de quadrinhos?
A dificuldade de se interpretar um personagem como Tintin é que ele só existe em livro. Claro, há os desenhos de TV, mas não é a mesma coisa. Como você pega algo imóvel e sem som e transforma em movimento? Ainda mais algo cheio de posturas, como o personagem é. A nossa ideia era fazer com que pudéssemos apertar o "pause" durante uma cena e identificar ali o personagem de Hergé. Como melhor representar isso? É difícil.

Peter Jackson, Produtor
"O DESENHO NOS CONECTA COM NOSSOS FILHOS"
Spielberg o convidou para fazer Tintin. Você diria que foi uma escolha difícil?
Eu tive de pensar a respeito por dois ou três segundos (risos), e então respondi: "Claro, será sensacional!". Eu de fato acredito que seja algo excitante mergulhar no universo de um personagem como Tintin, que o seduz quando você tem nove anos de idade. Ele o conecta com seus próprios filhos. É incrível. Quando eu era criança na Nova Zelândia, adorava ler as histórias de Tintin. Não compreendida todas as sutilidades das ironias e dos enredos, todo o entorno de crítica, mas adorava as aventuras. E voltar a essas histórias 40 anos depois é demais.
Tintin não é um personagem conhecido nos EUA. Por que ele não conquistou os americanos?
As histórias foram traduzidas para o inglês na Inglaterra para os países do antigo império britânico, como Nova Zelândia, Austrália, Índia. Então, são histórias repletas de humor britânico. Os americanos têm outro senso de humor. Provavelmente se tivessem sido traduzidas a partir dos anos 60, teriam sido em inglês americano, o que facilitaria a sua popularização.

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Um curta metragem europeu sobre Hergé, nome artístico de Georges Remi.





"Hergé, Les Aventures de Tintin", é uma  produção de 2004, dirigida por Olivier Boillot.



http://www.tujaviu.com/2010/10/o-impressionante-curta-metragem-herge.html



O impressionante curta-metragem "Hergé, Les Aventures de Tintin", de Olivier Boillot.

 

Postado por PH Em 2004, Olivier Boillot realizou um belíssimo curta-metragem de oito minutos de duração, como trabalho de conclusão de seu curso de faculdade. Neste maravilhoso filme, ele reproduz um fictício momento da juventude de Hergé, o pai de Tintin. A história se passa em algum lugar da Bélgica, no ano de 1921. Fugindo de uma terrível tempestade, Hergé e seus amigos escoteiros, buscam abrigo em uma igreja. É neste lugar que o jovem adormece e sonha com o famoso personagem dos quadrinhos que criaria no futuro. O pequeno Georges Remi teria tido o que poderíamos chamar de uma visão do futuro, vislumbrando por alguns momentos, o herói que o faria entrar para a história da HQ. Com este trabalho, Olivier Boillot acabou por dar uma ideia de como um moderno cineasta, pode dar a sua própria interpretação da obra de Hergé, sem macular o espírito da obra de seu criador. Não estamos falando de Steven Spielberg, o mestre americano da Sétima Arte, que em breve e com um orçamento milionário, lançará a sua versão cinematográfica do repórter mais famoso dos gibis. Neste caso, trata-se de um simples estudante e de seu surpreendente filme amador, realizado com extremo bom gosto. Tudo começou quando Olivier, decepcionado com as adaptações de Tintin para o cinema, surgidas nos anos 60, resolveu ele mesmo, criar a sua própria. Os recursos eram escassos, e o resultado que verão a seguir, custou cerca de 2.500 Euros, valor irrisório, se analisarmos a qualidade do resultado final. A quantia foi reunida pelo próprio cineasta, sem qualquer ajuda financeira da universide onde estudava. Olivier reuniu os amigos e familiares, colocando-os na produção, ou transformando-os em atores da película. Num prazo recorde de quinze dias apenas, ele rodou todo o filme. Não dá para suspeitar que as imagens mostradas na tela, sejam uma realização individual, sem a participação de um estúdio profissional ou de uma grande equipe. De 2004 para cá, "Hergé, Les Aventures de Tintin", já ganhou um importante prêmio de cinema, o France 3 Franche Comte, ao mesmo tempo que foi solenemente ignorado por Moulinsart S/A, a detentora oficial dos direitos de Tintin. Pelo menos, não tentaram processar ou prender o brilhante Olivier Boillot, que tratou de enviar uma cópia do filme à esta empresa. Diga-se de passagem, Moulinsart jamais respondeu. Questionado sobre a possibilidade de realizar um longa de Tintin, Boillot diz que teria muita vontade de fazê-lo, mas ressalta que Steven Spielberg comprou os direitos do personagem para o cinema e estará lançando em breve, o primeiro título de uma série que promete fazer bastante sucesso. Segundo ele, o projeto não poderia ter caído em melhores mãos. Como todos os fãs de Tintin em todo o mundo, está ansioso para conferir o mais novo desafio de Spielberg. Para ver o curta "Hergé, Les Aventures de Tintin", confira o vídeo a seguir, disponível no Youtube. Esta matéria foi produzida a partir da tradução de partes de uma entrevista de Olivier Boillot, concedida ao site ‘’Objectif Tintin, le site interactif des amis de Tintin’’. Para mais detalhes, acesse: http://www.objectiftintin.com

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