O que estamos presenciando na Líbia é um grande retrocesso.
Sob o pretexto de "ajuda humanitária", um pequeno grupo com apoio da CIA e de outros órgãos de inteligência ocidental promoveram a mudança de um regime que, apesar de não ser nenhum modelo democrático, tinha o apoio de ampla maioria de sua população, além de colocá-la com o maior IDH do continente, superior ao brasileiro, inclusive.
Kadhafi foi derrotado pela OTAN e naõ pelos rebeldes. Estava dando-lhes uma sova até os bombardeios criminosos da OTAN terem início.
A partir de agora as riquezas da Líbia estarão mudando de mãos; as grandes potências delas estão se apossando com a colaboração deste novo "governo" fantoche.
E amanhã será a vez de avançarem sobre as da nossa Amazônia, com o mesmo pretexto de "ajuda humanitária". Não nos iludamos!
Reuters, 29/08/2011
Não há sinal de que Gaddafi tenha deixado a Líbia, diz Casa Branca
DA REUTERS, EM WASHINGTON
O governo norte-americano diz não haver indicações de que o ditador Muammar Gaddafi tenha deixado a Líbia, informou a Casa Branca nesta segunda-feira."Se soubéssemos onde ele está, informaríamos às forças de oposição", disse o porta-voz da Casa Branca Jay Carney a repórteres quando questionado sobre o paradeiro do ditador líbio, que não é visto desde que os rebeldes tomaram a capital Trípoli, na semana passada. Os rebeldes líbios, que recebem ajuda da Otan para encontrá-lo, ofereceram anistia e recompensa de US$ 1,3 milhão para quem o capturar, vivo ou morto.
O presidente do CNT (Conselho Nacional de Transição), órgão político dos rebeldes líbios, afirmou nesta segunda-feira que Gaddafi continua representando um perigo à Líbia e ao mundo, apesar de não ser visto há mais de uma semana. Com esta justificativa, o líder rebelde Mustafa Abdel Jalil pediu à Otan que mantenha sua ajuda contra as forças leais ao ditador até o fim dos conflitos.
Nesta segunda-feira, o avanço rebelde à cidade de Sirte, terra natal do ditador e um dos últimos redutos do regime, continua. Segundo os rebeldes, combatentes insurgentes estão a 30 km a oeste de Sirte e cerca de 100 km ao leste, enquanto continuam os esforços mediadores para a rendição pactuada da cidade. Segundo a rede catarina Al Jazeera, as forças opositoras a Gaddafi esperavam a chegada de reforços da capital Trípoli para enfrentar os leais ao regime, mas não havia sinal de que eles chegariam tão cedo.
Brigadas fiéis a Gaddafi resistem ao avanço dos rebeldes na cidade de Sebha, 780 km ao sul de Trípoli, depois do fracasso de uma mediação para a rendição da cidade, informou a imprensa árabe e insurgente. O site dos "Rebeldes do dia 17 de Fevereiro de Sebha" afirma que as forças fiéis a Gaddafi rejeitaram a mediação para deixar as armas. "Sua resposta foi que ou compartilhamos a nova Líbia ou não entregaremos as armas", disse o grupo em sua página de Facebook.
FAMILIARES DE GADDAFI
France Presse
Mulher de Gaddafi, Safia, filhos Hannibal e Mohammed e filha Aisha (da esq. para dir.) estariam na Argélia
O Ministério das Relações Exteriores argelino afirmou que a mulher de Muammar Gaddafi e três filhos do ditador líbio entraram no país nesta segunda-feira.
"A esposa de Muammar Gaddafi, Safia, sua filha Aisha, seus filhos Hanibal e Mohamed, acompanhados dos filhos destes, entraram na Argélia às 8h45 (4h45 de Brasília) pela fronteira com a Líbia", indicou o ministério em um comunicado divulgado pela agência de notícias APS, sem apresentar maiores detalhes sobre o ditador.
O CNT recebeu mal a notícia e aproveitou a oportunidade para lançar um alerta a outros países. "Estamos advertindo a todos que não abriguem Gaddafi e seus filhos. Nós vamos caçá-los em qualquer lugar, achá-los e prendê-los", acrescentou o porta-voz Mahmoud Shamman.
A Argélia é o único país vizinho da Líbia que ainda não reconheceu o CNT como o governo provisório líbio.
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