domingo, 21 de agosto de 2011

Contagem regressiva na Líbia

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CONTAGEM REGRESSIVA NA LÍBIA
 

Apoiados pela aviação da OTAN rebeldes líbios rompem o cinturão de segurança de Kadafi na capital do país e travam combate casa a casa pelo controle de Trípoli.
A rede Al Jazira, apoiada em fontes rebeldes, afirma que parte da segurança pessoal de Kadafi se rendeu.
Do ponto de vista internacional a queda do regime líbio beneficia sobretudo a Inglaterra de Cameron, e a França, de Sarkozy.
Os dois investiram pesado nos ataques da OTAN à Líbia e vivem sérios problemas internos nesse momento pelo agravamento da crise econômica internacional. 



Líbia: batalha em Trípoli pode decidir destino de Kadafi


La Jornada (com agências internacionais)

Combatentes rebeldes da Líbia tomaram o controle do Aeroporto Internacional de Trípoli, na capital do país, informou neste domingo a TV Líbia, dirigida pelos rebeldes. Bashir Sewehli, representante dos rebeldes, declarou à rede Al Jazeera que “o aeroporto militar está sob o controle rebelde e que outras áreas de Trípoli e nos arredores também o estão”. Ele acrescentou que os sublevados “estavam esperando a chegada de reforços”.

A Al Jazeera também, informou que as forças da OTAN bombardearam domingo o fortificado recinto Bab al-Aziziya, de Muammar Kadafi, situado no centro de Trípoli, enquanto as forças do líder líbio lutavam para sufocar a revolta na capital. Cem soldados das tropas governamentais da Líbia, incluindo um oficial de alta patente da força aérea, foram capturados pelos rebeldes quando, após meses de sublevação, os combates chegaram à capital do país, acrescentou a emissora.

A Casa Branca disse neste domingo que os dias de Kadafi como líder da Líbia “estão contados”, no momento em que as forças rebeldes disparavam os primeiros tiros em sua batalha para controlar Trípoli. O presidente Barack Obama recebeu em sua casa de campo na ilha de Martha’s Vineyard um informe do alto funcionário de segurança nacional, John Brennan, que incluiu as avaliações de uma equipe estadunidense que se encontra no bastião rebelde de Bengasi. “Os Estados Unidos seguem se comunicando estreitamente com nossos aliados, parceiros e (os rebeldes do) o Conselho Nacional de Transição”, disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Ernest.

Kadafi, por sua vez, afirmou neste domingo que ficará em Trípoli "até o final" e pediu a seus simpatizantes pelo país que ajudem a liberar a capital de uma ofensiva rebelde, segundo informou a Reuters. Ele acrescentou em uma mensagem de áudio divulgada pela televisão estatal que estava "com medo que Trípoli irá queimar" e disse que disponibilizará armas a seus apoiadores para que enfrentem os rebeldes, que lutam para chegar à cidade e ajudar os combatentes que já estão lá dentro.

Tradução: Katarina Peixoto
 
 
São Paulo, terça-feira, 02 de agosto de 2011

Polícia italiana encontra 25 corpos em navio
 
Alessia Capasso/Associated Press

Peritos italianos na ilha de lampedusa prepararam caixões para receber corpos dos clandestinos encontrados em navio


DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A guarda costeira italiana encontrou ontem 25 cadáveres na sala de máquinas de um pequeno navio que entrou nas águas territoriais da ilha de Lampedusa, proveniente da Líbia, com dezenas de clandestinos a bordo.
A polícia disse ter indícios de que as vítimas morreram por asfixia após respirar gases de motor num ambiente confinado. Segundo peritos, elas não conseguiram sair do porão do navio porque a porta estava bloqueada pelo excesso de gente a bordo.
Havia 296 pessoas, incluindo mulheres e crianças, amontoadas numa embarcação de 15 metros que saira dias antes de um porto líbio ainda não identificado.
Os mortos, a exemplo das demais pessoas a bordo, eram subsaarianos que tentavam alcançar Lampedusa, ilha situada no Mediterrâneo, a 355 km do litoral da Líbia e a 160 do da Tunísia. Acredita-se que a maior parte dos ilegais moravam na Líbia, onde exerciam trabalhos braçais. Mas há suspeitas de que alguns tenham entrado na Líbia vindos de países vizinhos somente para chegar ao Mediterrâneo e tentar a travessia rumo à Europa.
Pela proximidade com a África, Lampedusa vem sendo usada há anos como ponto de entrada de ilegais no território da União Europeia. O fluxo acentuou-se desde janeiro, com as revoltas populares no norte da África.
O fenômeno gerou uma crise política entre líderes europeus, que se acusam mutuamente de não fazer o suficiente para fechar as fronteiras do bloco. A crise levou a UE a aceitar uma parcial suspensão dos acordos sobre livre circulação de pessoas.



Milhares de egípcios fazem protesto gigante no Cairo


La Jornada

Dezenas de milhares de pessoas participaram nesta sexta-feira de uma manifestação dominada por grupos islâmicos na praça Tahrir, no Cairo, como mostra de unidade no processo de frágil transição política após a queda, em fevereiro, do presidente Hosni Mubarak. Milhares de pessoas começaram a se concentrar na noite de quinta e na manhã desta sexta para uma manifestação prevista após a oração semanal muçulmana.

Alguns dos manifestantes gritaram slogans a favor da instauração de um "Estado islâmico" no Egito. Havia temor que a manifestação, convocada pela Fraternidade Muçulmana e por outros grupos muçulmanos, entrasse em choque com os militantes das organizações laicas que acampam na famosa praça desde o dia 8 de julho.

Na semana passada, grupos islâmicos prepararam seu próprio desfile, acusando os manifestantes laicos de ir contra a "identidade islâmica" do Egito. Mas após dois dias de negociação, laicos e islâmicos concordaram em deixar de lado suas diferenças para salvar os ideais da revolta popular de janeiro-fevereiro que culminou com a queda de Mubarak.

Pelo menos 15 partidos e outras organizações políticas participaram da manifestação. Entre suas reivindicações, figuram o fim dos processos militares contra civis, o julgamento de lideranças do antigo regime e a redistribuição de riquezas no país.
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São Paulo, sábado, 16 de julho de 2011

EUA reconhecem os rebeldes líbios como governo legítimo
 
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Grupo de Contato sobre a Líbia, reunido em Istambul, reconheceu ontem os rebeldes líbios como o governo legítimo do país. O anúncio foi feito por Hillary Clinton, secretária de Estado dos EUA.
Mais de 30 países participaram da reunião, além de órgãos internacionais. O Brasil esteve presente pela primeira vez, como observador.
Segundo o Itamaraty, o país não participou da decisão e não reconhece os rebeldes como governo legítimo da Líbia
. Porém, não descarta tomar essa decisão no futuro.
A decisão do Grupo de Contato marca importante passo diplomático no conflito, e o reconhecimento da insurgência pode destravar US$ 34 bilhões (R$ 53 bilhões) de fundos líbios atualmente congelados nos EUA, que seriam repassados aos rebeldes.
"Até que haja uma autoridade interina, os EUA irão reconhecer o Conselho Nacional de Transição [rebelde] como a autoridade legítima na Líbia", afirmou Clinton.
O ministro de Relações Exteriores da Turquia anunciou, durante o mesmo encontro, a abertura de uma linha de crédito de US$ 200 milhões (R$ 314 milhões) destinada aos rebeldes, tendo como garantia fundos congelados do ditador Muammar Gaddafi.
As nações envolvidas no conflito armado -travado há cinco meses- afirmaram que planejam intensificar a pressão militar para que Gaddafi renuncie. Ele se mantém há 41 anos no poder.
Em discurso, Gaddafi rejeitou o reconhecimento dos rebeldes como governo legítimo da Líbia. "Pisoteiem nesse reconhecimento, ele é inútil", afirmou ontem o ditador.
Ele disse, ainda, que aprecia o apoio dos milhões de líbios que anseiam pela morte, martírio e suicídio.
Musa Ibrahim, porta-voz do governo, disse que as forças leais a Gaddafi estão dispostas a "morrer pelo petróleo". "Nós vamos matar todos os que chegarem perto do nosso petróleo. Rebeldes, Otan [aliança militar ocidental], não nos importamos."
Há relatos, porém, de que Gaddafi está interessado em negociar o fim do conflito, apesar de ainda manter posição contrária em público.
Um porta-voz rebelde afirmou ontem que não acredita que vá haver cessar-fogo até que o ditador tenha sido derrotado -mesmo durante o mês sagrado de Ramadã, que começa no início de agosto.
Anders Fogh Rasmussen, chefe da Otan, pediu ontem que membros da aliança militar forneçam mais aviões para bombear alvos líbios.
O Reino Unido -que anteontem destruiu veículo blindado em local próximo à fortaleza rebelde de Misrata- diz que vai enviar mais quatro caças de reconhecimento.
Esses aviões são estratégicos à missão, já que as forças de Gaddafi escondem artilharia entre construções civis.

Colaborou ISABEL FLECK, de São Paulo

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