UOL, 17/05/2011 - 09h12
Trabalhador prefere metrô na avenida Angélica; morador, no Pacaembu, revela pesquisa
Do UOL Notícias
Em São Paulo
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Esquina da avenida Angélica com a rua Sergipe
Pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira (17) pelo jornal Folha de S.Paulo revela que trabalhadores e moradores que frequentam ou vivem em Higienópolis, na região central de São Paulo, têm preferências distintas sobre onde deveria ser construída uma estação de metrô no bairro, no entanto, a maioria dos frequentadores da região concordaria com a construção da estação na avenida Angélica.
Para 83% dos trabalhadores, a nova estação deveria ficar na esquina entre a avenida Angélica e a rua Sergipe, onde há maior volume de pessoas e por onde passam várias linhas de ônibus. Entre os moradores, 66% consideram que a melhor alternativa seria nas cercanias do estádio do Pacaembu, região mais distante dos prédios residenciais e comerciais do bairro. Mas a maioria quer o metrô em Higienópolis --entre os moradores, 57% o aprovaria mesmo se o local escolhido fosse a avenida Angélica.
A pesquisa também repartiu o bairro em quatro zonas distintas. O resultado mostra que o percentual geral dos moradores que querem o metrô no bairro (70%) cai significativamente quando questionados se aprovariam uma estação no quarteirão de casa. Na média dos moradores, 51% aprovariam o metrô no mesmo quarteirão onde moram. Mas 43% colocam-se totalmente contrários. Ainda no caso dos moradores, só uma minoria (46%) aprovaria a construção de uma estação na praça Vilaboim, no coração do bairro.
Já entre os trabalhadores da região, a maioria aprova a chegada do metrô a Higienópolis independente das opções apresentadas (av. Angélica, estádio do Pacaembu e Vilaboim). A segunda preferência desse grupo (depois da av. Angélica, com 83%) é a praça Vilaboim (64%). Mas 57% dos trabalhadores responderam que aprovariam se a estação ficasse no Pacaembu.
A pesquisa foi realizada entre domingo e segunda-feira com 360 trabalhadores e 386 moradores do bairro. A margem de erro do levantamento é de cinco pontos percentuais, para mais ou para menos.
A decisão do Metrô de São Paulo de desistir da construção de uma estação do coletivo na avenida Angélica provocou uma onda de protestos virtuais e levou cerca de 600 pessoas, segundo a Polícia Militar, a se manifestar pelas ruas do bairro no último sábado (14). O Metrô alega critérios técnicos para a mudança do local e cogita outras áreas. A decisão ocorreu depois que uma associação de moradores de Higienópolis recolheu 3.500 assinaturas contra a estação na Angélica e disseram temer a chegada de camelôs e outros problemas à região.
Metrô: estação de Higienópolis deve ser na rua Sergipe
São Paulo - O governo de São Paulo confirmou ontem que a polêmica estação Higienópolis/Faap do Metrô vai ficar mesmo no bairro nobre do centro da capital. A localização exata ainda não foi definida, mas está certo que essa parada da futura Linha 6-Laranja será na rua Sergipe - em uma faixa de cerca de 100 metros entre a avenida Angélica e a rua Ceará.
"O endereço da estação ficará nessa faixa da Sergipe com Angélica até mais ou menos a faixa da rua Ceará", disse ontem o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, durante evento de inauguração da Estação Pinheiros, da Linha 4-Amarela.
Fontes ouvidas pela reportagem afirmam que é grande a probabilidade de a nova estação ficar na esquina das ruas Sergipe e Ceará. Conta a favor desse local o fato de não haver edifícios - o que encareceria desapropriações. Outro fator é que esse seria uma espécie de "limite" para aglutinar a demanda de estudantes da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e também de quem circula pela Angélica.
O projeto inicial previa uma estação no Pacaembu, que foi abandonada porque a demanda era baixa (17 mil passageiros por dia). Por isso o deslocamento não pode avançar muito rumo ao Pacaembu, para não perder a demanda da Angélica (25 mil). Como a estação será bem profunda, será possível construir os túneis pela Sergipe para que cheguem em nível na região da Faap. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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