quinta-feira, 9 de junho de 2011

A nova flotilha da liberdade rumo a Palestina ocupada

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       Iara Lee



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Folha.com. 09/06/2011

  
Cineasta quer mais brasileiros em flotilha de protesto contra Israel

MARCELO NINIO
DE JERUSALÉM

Um ano após tentar romper o cerco naval à faixa de Gaza e de ser deportada de Israel com centenas de outros ativistas, a cineasta brasileira Iara Lee vai repetir a dose.
Mais de dez barcos devem participar da "Flotilha da Liberdade", que partirá daqui a duas semanas em direção a Gaza, informa Iara. Ela está tentando atrair outros brasileiros a participar.
"É um movimento de solidariedade global e a meta é que cem países estejam representados", disse Iara por telefone à Folha. "Há 20 vagas reservadas para a América Latina e eu gostaria que tivéssemos mais brasileiros".
O novo comboio marca o aniversário dos incidentes de 31 de maio de 2010, quando soldados israelenses mataram nove ativistas ao interceptar uma flotilha com ajuda humanitária que tentava furar o bloqueio a Gaza.
Assim como no ano passado, a nova operação será capitaneada pelo IHH, organização humanitária turca com fortes vínculos com o grupo islâmico Hamas, que controla a faixa de Gaza. Para evitar problemas, diz Iara, os participantes assinarão um pacto de não violência.
O alerta de Israel de que não permitirá a passagem da frota e os apelos da ONU e da Turquia para que os organizadores repensem a ação não intimidaram os ativistas. Na próxima semana, eles se reúnem em Atenas para definir a data de partida.
Israel vê a nova flotilha como pura provocação, já que a ajuda humanitária poderia ser entregue por sua fronteira ou pela passagem de Rafah, entre Gaza e o Egito, reaberta recentemente. Iara Lee admite que o principal objetivo não é levar suprimentos, mas chamar a atenção para o bloqueio.
Com a região mergulhada em ações de repressão violenta a revoltas populares em países como Síria, Líbia, Iêmen, e Bahrein, ela não considera injusto fixar o protesto no cerco israelense.
"Gaza é um símbolo de opressão", diz ela. "Mas sabemos que todos os governos da região tem as mãos sujas de sangue".

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