segunda-feira, 13 de junho de 2011

Angola já atraiu 200 empresas brasileiras

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São Paulo, segunda-feira, 13 de junho de 2011

Angola já atraiu 200 empresas brasileiras

FELIPE VANINI BRUNING
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A reconstrução de Angola já levou 200 empresas brasileiras à África, segundo o mais recente estudo do banco de investimento sul-africano Standard Bank.
O número supera a presença das 150 companhias da China, que detém a posição de maior parceiro bilateral dos angolanos em valor de investimentos. O Brasil é o segundo maior.
A forte presença brasileira em Angola, que passou por uma guerra civil de 27 anos, é resultado da política externa do governo Lula, focada na aproximação com países pobres, principalmente no continente africano.
Hoje, Brasil e Angola possuem 40 acordos comerciais assinados na gestão Lula (2003-2010).
Resultado prático da relação Sul-Sul, o governo brasileiro instalou em Luanda, capital angolana, um centro de negócios da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos) no final do ano passado.
Segundo o Standard Bank, um terço do comércio de Angola é realizado com os países do chamado Bric (Brasil, Rússia, Índia e China).
A razão para tanto interesse é de ordem econômica. As taxas de retorno dos investimentos efetuados em Angola são muito superiores às de outros países.
Exemplo do interesse brasileiro em Angola é a empreiteira baiana Odebrecht, que fatura anualmente mais de US$ 600 milhões em sua operação local.
A Odebrecht finalizou estudos de viabilidade de uma hidrelétrica com capacidade para gerar 2.000 megawatts na bacia do rio Kwanza.
O projeto, orçado em US$ 2 bilhões, deve atrair as grandes construtoras brasileiras instaladas lá, como Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, entre outras.
A hidrelétrica faz parte do plano do governo local de expandir a geração de energia em mais de 4.000 MW até 2016. O governo angolano deve divulgar a licitação da obra até o final do ano.
Para Alexandre dos Santos, professor da PUC-RJ, especializado em África, essas iniciativas refletem a reaproximação com o continente africano.
"O Brasil passou a olhar para Angola como uma parceira estratégica de negócios. E Angola vê no modelo brasileiro de desenvolvimento uma alternativa viável."

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DIVERSIFICAÇÃO

Segundo o diretor da Odebrecht em Angola, Carlos Matias, o governo angolano quer diversificar investimentos, atraindo setores como o de serviços e o agrícola.
"Angola tem um potencial hídrico muito grande e uma vocação agrícola", diz.

Um comentário:

  1. Bom dia,
    Ontem dia 11 de novembro, dia da independência de Angola. País que temos em comum com o Brasil: língua portuguesa, etnia e religião. Um povo irmão, com certeza.
    Em fase democratização, não atingiu, claro, o tão esperado pluripartidarismo. A ideologia do governo é a mesma desde 1975; politicamente, predomina o MPLA. O presidente está no poder desde 1979; a bandeira ainda sustenta a foice o o martelo. Isso não é bom para o povo angolano se desenvolver plenamente.
    Mas o fato de estar em paz com o fim da guerra civil - uma das mais sangrentas da África - já é um passo decisivo para se implantado governo democrático.
    Ao povo de Angola, meus votos de uma nação próspera,feliz e que brilhe no cenário internacional.

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