quarta-feira, 11 de maio de 2011

A última vitória de Bin Laden

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segunda-feira, 9 de maio de 2011


A última vitória de Bin Laden 

 



Depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, algumas análises apontaram que a melhor reação ao terrorismo islâmico era negar sua essência genocida e autoritária, fortalecendo as instituições republicanas e os organismos internacionais, apostando na legalidade e na tolerância. Afirmava-se que a transformação dos EUA e de seus comparsas em regimes conduzidos pelo barbarismo vingativo significaria o verdadeiro triunfo de Osama Bin Laden. Incapaz de vencer as potências militares através da ação direta, ele contaminaria os inimigos com um vírus autodestrutivo que os abalaria não física, mas culturalmente.

As previsões concretizaram-se. As democracias mais desenvolvidas do planeta foram arrastadas para um ciclo vicioso de invasões ilegítimas, guerras sanguinolentas, ocupações irremediáveis, Estados de exceção, violações dos Direitos Humanos, paranóia, mentira. O império viu-se derrotado no front ideológico (a pretensa missão civilizatória) e no da segurança objetiva. Não erradicou a ameaça terrorista nem evitou que milhares de seus jovens fossem mortos ou feridos em combate.

Triste fim para a fantasia do Destino Manifesto que moveu os pioneiros da independência estadunidense. Bin Laden sai de cena (ou sua imagem passa a atender outras conveniências de Washington) deixando um retrato inesquecível da decadência moral dos EUA. E certamente há algo de melancólico na figura de Barack Obama, negro, democrata e Nobel da Paz, chamando tortura e fuzilamento de “justiça”, ordenando um assassinato extrajudicial, violando em segredo a soberania de um país aliado, ocultando provas de uma execução e tentando enganar um planeta incrédulo.

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São Paulo, quarta-feira, 11 de maio de 2011

Família de Osama bin Laden divulga carta pedindo justiça
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Uma declaração supostamente feita por um dos filhos de Osama bin Laden chama a morte do líder da Al Qaeda de "crime" e afirma que seu enterro no mar "foi uma humilhação para a família".
As acusações constam de nota de Omar bin Laden, 30, quarto filho mais velho do terrorista (entre cerca de 20 que ele teve).
Segundo o jornal "The New York Times", o documento foi entregue por Jean Sasson, autor que ajudou Omar a escrever um livro de memórias ("Growing up bin Laden", ou Crescendo Bin Laden), em 2009.
Omar assina a declaração, mas diz que as palavras são da família toda. No documento, pede justiça e afirma que "assassinatos seletivos não são solução política".
Diz que os EUA violaram o direito internacional e ameaça recorrer ao TPI (Tribunal Penal Internacional). Um prazo de 30 dias é dado para que as questões sejam respondidas.
Também pergunta "por que Bin Laden não foi preso e julgado para a verdade ser revelada para o mundo" e pede a libertação de suas três viúvas e dos filhos presos durante a operação.

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