Mostrar para esta parcela esnobe de Higienópolis que eles não são os donos do bairro.
A concentração está marcada para as 14h na praça Vilaboim.
Cerca de 55 mil pessoas se inscreveram no Facebook para o "Churrascão da Gente Diferenciada", cuja concentração está marcada para as 14h na praça Vilaboim.
Danilo Saraiva, 24, o jornalista que lançou o protesto satírico no site de relacionamentos, não esperava tanta a repercussão. Com medo de haver confusão, ele tentou cancelar o evento original, mas recebeu críticas de seguidores da página e recuou.
"Só espero que seja um flashmob pacífico", afirma.
A PM vai reforçar a segurança no bairro. A Companhia de Engenharia de Tráfego irá monitorar o trânsito.
São Paulo, sábado, 14 de maio de 2011

Painel
RENATA LO PRETE
Descarrilou
Para além da questão urbanística, a polêmica em torno da estação de metrô no bairro de Higienópolis se transformou em novo capítulo da guerra de facções no PSDB paulista e da revisão do legado de José Serra. A mudança de local foi creditada pela equipe de Geraldo Alckmin a um erro de avaliação no traçado original, concebido no mandato do ex-governador.
Embora Serra mantenha silêncio, outros vocalizam o desconforto. O senador Aloysio Nunes, ex-chefe da Casa Civil e morador do bairro, saiu em defesa da descartada estação na avenida Angélica. José Luiz Portella, hoje desafeto de Serra, mas secretário da área durante seu governo, também torpedeou a transferência para as cercanias da praça Charles Miller.
Cronograma Restam ao menos duas audiências públicas até o início da obra: uma no segundo semestre, durante o estudo de impacto ambiental; outra na elaboração do projeto executivo.
Acordo de paz O comediante Danilo Gentili, que a partir das críticas de moradores de Higienópolis ao metrô fez comentário discriminatório sobre judeus e depois se desculpou, toma café da manhã hoje com Claudio Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil.
Correria 1 Alckmin recebeu ontem no Palácio dos Bandeirantes o ministro Orlando Silva (Esporte), o prefeito Gilberto Kassab, Luciano Coutinho (BNDES), Andrés Sanchez (Corinthians) e representantes da Odebrecht para tratar do Itaquerão.
Correria 2 A reunião veio na esteira da notícia de que São Paulo ficará fora da Copa das Confederações, em 2013. Na próxima semana, o governador se encontrará com Ricardo Teixeira (CBF).
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O que ferra nosso país é esta elitizinha que somente enxerga seu umbigo!
O que ela tem a dizer sobre as estações de metrõ existentes nos bairros mais nobres de Paris e das outras grandes capitais da Europa, por exemplo?
Não passam de uns cretinos de primeira, isto sim!

São Paulo, sábado, 14 de maio de 2011

Ex-secretário diz que metrô tem de ficar na av. Angélica
DE SÃO PAULO
O melhor lugar para uma estação de metrô em Higienópolis, região central de São Paulo, é a avenida Angélica, disse ontem o ex-secretário de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella.
Portella antecedeu o atual secretário Jurandir Fernandes no cargo de secretário. Sob a sua gestão, a secretaria divulgou em 2010 o traçado da linha 6-laranja, da qual a estação Angélica fazia parte.
Após pressão de moradores e empresários, Fernandes descartou o metrô na Angélica, o prometeu para o Pacaembu e, agora, pretende instalá-lo no miolo de Higienópolis, entre a praça Vilaboim e a avenida Pacaembu.
"Entre Angélica e Pacaembu, Angélica. Quanto mais próximo da Angélica, melhor. Isso é claro", disse Portella ontem à rádio CBN, da qual é comentarista. "Nunca foi discutido se não teria [estação na avenida Angélica]."
Ele questionou ainda um dos principais argumentos do Metrô para excluir a estação Angélica: a distância de 610 metros para outra (Higienópolis/Mackenzie), que, segundo a companhia, é pequena a ponto de não permitir aos trens andar rápido.
Esse é apenas um dos elementos a ser considerado para construir uma estação -nem de longe o principal, afirmou o ex-secretário.
"Eu divirjo. O ponto principal é a conectividade, a demanda local e o método construtivo. Na linha azul, as distâncias são menores, há estações com 700 metros."
A "conectividade" se dá pelo fato de a avenida Angélica ser um corredor de ônibus. A demanda está no uso misto na região, que tem casas, empresas e comércios.
Por fim, o solo: Portella afirmou que a Angélica tem solo argiloso, mais adequado à construção da estação do que as outras opções que a sucederam. "Quando você vai descendo, se aproximando de fundo de vale, como no Pacaembu, [o solo] é pior."
Procurado pela Folha, o ex-secretário não quis falar. Disse que, à CBN, falou na condição de comentarista.
A assessoria do secretário Jurandir Fernandes, sucessor de Portella, informou que ele não se manifestaria.
O Metrô tem dito que uma decisão técnica subsidiou a exclusão da estação Angélica. O miolo de Higienópolis é capaz de atender tanto o bairro quanto Pacaembu de forma satisfatória, disse o presidente da companhia, Sérgio Avelleda.
A expectativa, diz ele, é que a nova estação tenha os mesmos 25 mil usuários por dia daquela que ficaria na Angélica. As obras da linha 6-laranja começam em 2012. O metrô diz que ainda não há previsão de custos.
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Como, infelizmente, cretinos é o que não faltam neste mundo, tem gente aproveitando o preconceito de parte dos habitantes de Higienópolis contra as classes mais humildes para destilar seu preconceito antisemita.
Higienópolis não é um bairro exclusivo de judeus, é um bairro praticamente exclusivo de gente economicamente abonada. E significativa parte desta, elitista.
De minha parte, não vejo diferença no nível de cretinice entre elitistas, antisemitas ou racistas.

http://www.viomundo.com.br/
12 de maio de 2011
E o antissemitismo mostra a face
É incrível como, no Brasil, o preconceito fica sempre à flor da pele:Quinta, 12 de maio de 2011, Atualizada às 17h46
Críticas a Higienópolis provocam onda de ofensas a judeus
Dayanne Sousa, no Terra Magazine
Comentários de cunho ofensivo contra judeus se propagaram na internet depois de noticiado que o governo de São Paulo mudou o plano do metrô e não construiria mais uma estação no bairro de Higienópolis.
A região da Zona Oeste de São Paulo é conhecida por ter muitos moradores judeus. Já há dois dias, a polêmica do metrô virou um dos assuntos mais comentados no Twitter. Desde quarta-feira, dezenas de tweets ligando o fato de forma ofensiva a judeus ou ao holocausto já foram publicados.
Em meio a sátiras, os comentários preconceituosos. “O nome é Higienópolis, mas o correto seria forno de cremação, já que lá é lotado de Judeus”, escreveu o perfil @ateucristao, que se identifica como Milton Fernandes.
Em seguida, publicou: “Qual a diferença entre uma pizza e um judeu? A pizza não grita quando vai para o forno”. Depois que outros internautas o ameaçaram denunciar para a polícia, o homem insistiu que se tratava de uma brincadeira. A Polícia Federal recebe denúncias anônimas de crimes de ódio em seu site denuncia.pf.gov.br
A mudança nos planos de construir a estação no bairro de classe alta ocorreu depois de pressões da Associação Defenda Higienópolis Os moradores temiam o crescimento de “ocorrências indesejáveis” – ou seja, da violência.
O humorista Danilo Gentili foi um dos primeiros a provocar reações de seguidores ao escrever: “Entendo os velhos de Higienópolis temerem o metrô. A última vez que chegaram perto de um metrô, foram parar em Auschwitz”.
Outros perfis na rede também tem sido questionados por comentários. Em resposta ao @ateucristao, Carlos Santos escreveu: “Gosto dos judeus como gosto da minha água. Com gás”. “Uma coisa q os judeus inventaram foi o bronzeamento artificial, mas eles passavam um pouco da conta”, completou @leonardojancu.

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