Duas mortes rondam o futuro político de Barack Obama. Seu índice de aprovação subiu mais de 10 pontos após a execução de Bin Laden, graças a uma informação obtida sob tortura em Guantánamo, o campo de concentração republicano legitimado desse modo pelo democrata que prometera extinguí-lo.
Na base da sociedade a execução não mudou a crise econômica e social que se mantém inalterada como o eletrocardiograma de um morto, o que acelera a morte da esperança no Presidente. Um em cada oito cidadãos norte-americanos depende hoje de ajuda estatal para se alimentar. As famílias permanecem cada vez mais tempo em centros de recolhimento. O desemprego médio subiu de 8,8% para 9% na semana passada. Esse é o número oficial, mas Paul Krugman adiciona a ele o desemprego de curto prazo e chega a 14%. Se mensurado por etnias vai a mais de 22% entre hispanos e asiáticos; passa de 30% entre os negros. Negros e latinos representam 40% da população encarcerada.
"Apesar de nossa economia não ter sido notícia essa semana, não há um dia em que eu não esteja focado nos seus empregos, nos seus sonhos e esperanças", disse Obama no sábado. Soou como réquiem.
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