segunda-feira, 21 de novembro de 2016

A história por trás da vitória de Donald Trump


http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/Neoliberalismo-a-historia-por-tras-da-vitoria-de-Donald-Trump/6/37262




Carta Maior, 17/11/2016



Neoliberalismo: a história por trás da vitória de Donald Trump





Por George Monbiot, no The Guardian



Os acontecimentos que levaram à eleição de Donald Trump começam na Inglaterra, em 1975. Numa reunião, poucos meses após Margaret Thatcher se tornar líder do Partido Conservador, um de seus colegas, conta a história, explicava o que considerava as crenças centrais do conservadorismo. Ela abriu sua bolsa, tirou um livro com diversas páginas marcadas e bateu-o sobre a mesa. “É nisso que acreditamos", disse ela. Começava uma revolução política que varreria o mundo.

O livro era Os Fundamentos da Liberdade, de Frederick Hayek. Sua publicação, em 1960, marcou a transição de uma filosofia honesta, embora extrema, para uma fraude pura e simples. A filosofia se chamava neoliberalismo. Considerava a competição como a característica definidora das relações humanas. O mercado revelaria uma hierarquia natural de vencedores e perdedores, criando um sistema mais eficiente do que poderia ser criado através de planejamento ou qualquer tipo de modelo. Qualquer coisa que impedisse o processo, como altos impostos, regulamentação, atividade sindical ou provisões estatais, era contraproducente. Empreendedores sem nenhuma amarra criariam a riqueza que acabaria beneficiando a todos.

Foi assim, de qualquer modo, que o neoliberalismo foi concebido originalmente. Mas na época em que Hayek escreveu Os Fundamentos da Liberdade, a rede de lobistas e pensadores que ele fundara estava sendo generosamente financiada por multimilionários que viam a doutrina como um meio de se defenderem da democracia. Nem todos os aspectos do programa neoliberal defendiam seus interesses. Hayek, aparentemente, se prontificou a cobrir essa lacuna.

Ele começa o livro defendendo a concepção a mais limitada possível de liberdade: a ausência de coerção. Hayek rejeita noções como liberdade política, direitos universais, igualdade humana e distribuição de riqueza, tudo aquilo que, ao restringir o comportamento dos ricos e poderosos, vai interferir na liberdade absoluta de coerção que ele defende.

A democracia, ao contrário, "não é um valor último ou absoluto". Na verdade, a liberdade depende da possibilidade de impedir que a maioria exerça sua escolha sobre que direção a política e a sociedade podem tomar.
  

Hayek justifica essa posição criando uma narrativa heroica da extrema riqueza. Ele equipara a elite econômica, que gasta seu dinheiro de novas maneiras, a pioneiros filosóficos e científicos. Assim como o filósofo político deve ser livre para pensar o impensável, os muito ricos devem ser livres para fazer o infazível, sem as restrições do interesse público ou da opinião pública.

Os ultra ricos seriam "desbravadores" que "experimentam novos estilos de vida", abrem as trilhas que o resto da sociedade seguirá. O progresso da sociedade dependeria da liberdade destes indivíduos "independentes" de ganhar todo o dinheiro que quiserem e gastá-lo como desejarem. Tudo o que é bom e útil, portanto, surgiria da desigualdade. Não deve haver conexão entre mérito e recompensa, nenhuma distinção entre renda merecida e não merecida, e nenhum limite ao lucro.

A riqueza herdada seria mais útil socialmente do que a riqueza construída: "os ricos ociosos", que não precisam trabalhar por seu dinheiro, podem dedicar-se a influenciar "campos do pensamento e de opinião, de gostos e crenças". Mesmo quando parecem gastar dinheiro apenas em "exibição sem sentido", estão, na verdade, agindo como vanguarda da sociedade.


Hayek suavizou sua oposição aos monopólios e endureceu sua oposição aos sindicatos. Criticou a fiscalidade progressiva e as tentativas do Estado de elevar o bem-estar geral dos cidadãos. Insistiu que há "evidências avassaladoras contra o serviço de saúde gratuito para todos" e descartou a conservação dos recursos naturais. Não causa surpresa a ninguém que acompanha tais temas que ele tenha sido agraciado com o Prêmio Nobel de Economia.

Quando Thatcher bateu o livro sobre a mesa, já existia, dos dois lados do Atlântico, uma rede animada de thinktanks, lobistas e acadêmicos que promoviam as doutrinas de Hayek, sendo generosamente financiados por algumas das pessoas e empresas mais ricas do mundo, incluindo DuPont, General Electric, a empresa cervejeira Coors, Charles Koch, Richard Mellon Scaife, Lawrence Fertig, o Fundo William Volker e a Fundação Earhart. Usando a psicologia e a linguística para dourar o discurso, os pensadores patrocinados por estes grupos e indivíduos encontraram as palavras e argumentos necessários para transformar em programa político plausível o hino de Hayek à elite. 


O Thatcherismo e o Reaganismo não eram ideologias propriamente ditas, mas duas faces do neoliberalismo. As grandes reduções de impostos para os ricos, o esmagamento dos sindicatos, a redução de programas de moradia popular, a desregulamentação, a privatização, a terceirização e a concorrência nos serviços públicos foram, todas elas, medidas propostas por Hayek e seus discípulos. Mas o verdadeiro triunfo dessa rede não foi a captura da direita, mas a colonização de partidos que já representaram tudo aquilo que Hayek mais detestava. 

Bill Clinton e Tony Blair não possuíam uma narrativa própria. Em vez de desenvolverem uma nova história política, acharam que triangular era suficiente. Em outras palavras, extraíram alguns elementos das antigas crenças de seus partidos, misturaram com elementos do discurso de seus oponentes e, a partir desta combinação improvável, desenvolveram uma "terceira via".

Era inevitável que a confiança ardente e insurgente do neoliberalismo exercesse uma atração gravitacional mais forte do que a estrela moribunda da social-democracia. O triunfo de Hayek pode ser facilmente comprovado, da expansão promovida por Blair da iniciativa privada à revogação de Clinton da lei Glass-Steagal, que havia regulado o setor financeiro. Em que pese toda sua graça e estilo, Barack Obama, que tampouco possuía uma narrativa (exceto a "esperança"), foi lentamente enrolado por aqueles que possuíam o poder de persuasão.

Como alertei em abril, o resultado é uma sensação de impotência seguida da perda de direitos. Se a ideologia dominante impede os governos de transformar a realidade social, estes já não conseguem mais responder às necessidades do eleitorado. A política se torna irrelevante para a vida das pessoas; o debate é reduzido ao matraquear de uma elite distante. Aqueles que se sentem abandonados abraçam uma virulenta antipolítica que substitui fatos e argumentos por slogans, símbolos e sensações. O homem que afundou a candidatura de Hillary Clinton à presidência não foi Donald Trump. Foi seu marido.

O resultado paradoxal é que a reação ao esmagamento da escolha política causado pelo neoliberalismo beneficiou exatamente o tipo de homem que Hayek adorava. Trump, que não tem política coerente, não é um neoliberal clássico. Mas é a representação perfeita do "independente" de Hayek; beneficiário de uma rica herança, sem as restrições da moral comum, cujas predileções grosseiras abrem um caminho novo que outros podem seguir. Os thinktankers neoliberais estão agora feito enxame ao redor deste homem oco, este recipiente vazio pronto para ser preenchido por quem sabe o que quer. O resultado provável é a derrocada da decência que ainda resta, a começar pelo acordo para limitar o aquecimento global.

Quem conta a história manda no mundo. A política fracassou por falta de narrativas opostas. A principal tarefa agora é contar uma nova história sobre o que é ser humano no século 21. Que seja tão atraente para alguns dos que votaram em Trump e no Ukip quanto para os defensores de Hillary Clinton, Bernie Sanders ou Jeremy Corbyn.

Alguns de nós temos trabalhado nisso, e podemos entrever o que pode ser o começo de uma história. Ainda é muito cedo para dizer mais, mas o ponto crucial é o reconhecimento de que – como a psicologia moderna e a neurociência deixam muito claro – os seres humanos, em comparação com outros animais, são seres notavelmente sociais e notavelmente altruístas. Ao promover a atomização e o comportamento individualista, o neoliberalismo contraria boa parte do que constitui a natureza humana.

Hayek nos contou quem éramos, mas ele estava errado. Nosso primeiro passo é recuperar nossa humanidade.
 


Tradução de Clarisse Meireles




http://www1.folha.uol.com.br/colunas/paulkrugman/2016/11/1834061-carreira-de-negocios-de-trump-e-longa-trilha-de-promessas-descumpridas.shtml





Folha.com, 21/11/16



Carreira de negócios de Trump é longa trilha de promessas descumpridas




Por Paul Krugman




Steve Bannon, o estrategista chefe de Donald Trump, defende a supremacia branca e dirige um site que veicula notícias falsas. Mas um dia desses, em entrevista ao "Hollywood Reporter", ele por um minuto pareceu ser um economista progressista. "Eu sou o cara que defende o plano de infraestrutura de US$ 1 trilhão", declarou. "Com taxas de juros negativas no mundo inteiro, essa é a maior oportunidade que teremos de reconstruir tudo". 

Será que o investimento público é uma área na qual os progressistas e o futuro governo Trump poderão encontrar terreno comum? Algumas pessoas, entre as quais Bernie Sanders, parecem acreditar que sim. 

Mas lembre-se de que você está lidando com um presidente eleito cuja carreira de negócios é uma longa trilha de promessas descumpridas e trapaças escancaradasalguém que acaba de aceitar pagar US$ 25 milhões pela retirada das acusações de fraude contra sua "universidade".
Levando em conta esse histórico, é sempre necessário perguntar se ele está propondo algo real ou simplesmente envolvido em mais uma maracutaia. Na verdade, o mais seguro seria presumir que se trata de uma trapaça, até prova em contrário

E já sabemos o suficiente sobre seu plano de infraestrutura para sugerir fortemente que é basicamente fraudulento, enriqueceria algumas pessoas bem relacionadas à custa do contribuinte, e ao mesmo tempo faria muito pouco para curar nosso deficit de investimento. Os progressistas não deveriam se associar a esse exercício de capitalismo de compadres.
 
Para compreender o que está acontecendo, pode ser útil começar pelo que deveríamos estar fazendo. O governo federal pode de fato captar recursos a custo muito baixo; e enquanto isso precisamos realmente gastar dinheiro com toda espécie de coisas, de tratamento de esgotos ao trânsito. O curso de ação prescrito, portanto, é simples: tomar dinheiro emprestado aproveitando os juros muito, muito baixos e usar o capital assim obtido para consertar tudo que precise de conserto. 

Mas não é isso que a equipe de Trump está propondo. Em lugar disso, eles querem conceder imensos créditos tributários, bilhões de dólares em dinheiro dado a empresas privadas que se disponham a investir em projetos aprovados, dos quais elas terminariam donas

Por exemplo, imagine um consórcio privado que vá construir uma estrada de US$ 1 bilhão. Sob o plano de Trump, o consórcio poderia tomar US$ 800 bilhões em empréstimos e investir US$ 200 bilhões em capital — mas receberia um incentivo fiscal equivalente a 82% do capital investido, de modo que seu desembolso total seria de US$ 36 milhões. E a receita futura dos pedágios na estrada construída com esse dinheiro ficaria com as pessoas que investiram os US$ 36 milhões.
três perguntas que você deveria fazer de imediato. 

Primeiro, por que realizar o projeto dessa maneira? Por que não encarregar o governo de cobrir o gasto diretamente, da maneira que fez, por exemplo, quando da construção do sistema rodoviário interestadual? O governo federal certamente não enfrenta problemas de captação.
E embora envolver investidores do setor privado possa criar menos dívida para o governo do que um sistema de custeio direto, o fardo que os contribuintes terão de carregar será igualmente pesado, ou ainda mais pesado, no futuro. 

Segundo, de que forma esse esquema vai lidar com necessidades de infraestrutura que não possam ser convertidas em fontes de lucro? Nossas principais prioridades deveriam incluir coisas como o reparo de barragens protetoras e a remoção de resíduos tóxicos; onde está o faturamento, nisso? 

Talvez o governo possa prometer pagar taxas, transformando a barragem ou sistema de tratamento de água em uma fonte perpétua de renda para "rentiers" —mas isso deixa ainda mais claro que o que temos aqui é basicamente um presente para investidores seletos. 

Terceiro, que motivo temos para acreditar que esse esquema vá gerar novos investimentos, e não simplesmente reempacotar coisas que teriam acontecido de qualquer maneira? Por exemplo, muitas cidades terão de substituir seus sistemas de água nos próximos anos, de uma maneira ou de outra; se a substituição ocorrer sob o esquema Trump e não por meio de investimento governamental comum, não teremos construído infraestrutura adicional, mas simplesmente privatizado ativos que deveriam ser públicos e as pessoas que adquirirão esses ativos pagarão apenas 18% do valor, e os contribuintes arcarão com o resto da conta. 

Uma vez mais, tudo isso é desnecessário. Se você deseja construir infraestrutura, construa infraestrutura. É difícil ver qualquer motivo para um método tortuoso e indireto que ofereceria negócios muito favoráveis a algumas poucas pessoas e, com isso, proveria tanto os meios quanto o motivo para corrupção em larga escala. Ou talvez eu devesse dizer que é difícil ver motivo para esse esquema a não ser que a corrupção seja um componente essencial, e não um acidente de percurso. 

O pessoal de Trump, claro, poderia provar que todas as minhas suspeitas são tolas retirando de sua proposta o aspecto de investimento privado e de crédito tributário aos investidores, e oferecendo um programa de investimento público direto. Caso o façam, os progressistas deveriam de fato trabalhar com eles quanto a isso. 

Mas não vai acontecer. O capitalismo de compadres e a troca de favores serão o tema central da nova administração — e Trump já está se reunindo com estrangeiros para promover seus interesses de negócios. Pessoas que dão valor às suas reputações deveriam cuidar para não se verem envolvidas nas trapaças que estão por vir.


Tradução de PAULO MIGLIACCI




http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2016/11/1834081-robos-pro-trump-nas-redes-sufocaram-mensagens-de-apoio-a-hillary.shtml




Folha.com, 21/11/16




Robôs pró-Trump nas redes sufocaram mensagens de apoio a Hillary



JOHN MARKOFF
DO "NEW YORK TIMES", EM SAN FRANCISCO




Um exército automatizado de chatbots pró-Donald Trump superou por cinco a um o número de programas que apoiavam Hillary Clinton nos dias que antecederam a eleição presidencial nos Estados Unidos, revelou relatório divulgado na quinta-feira por pesquisadores da Universidade Oxford. 

Os chatbots — programas básicos de software dotados de um pouco de inteligência artificial e habilidades rudimentares de comunicação — transmitiam mensagens pelo Twitter baseados em um tópico, normalmente definido na rede social por uma palavra precedida pelo símbolo da hashtag, como #Clinton. 

Segundo o sociólogo Philip N. Howard, do Oxford Internet Institute e um dos autores do estudo, o objetivo dos chatbots foi vociferar, deixar as pessoas confusas em relação aos fatos e simplesmente semear dúvidas em discussões. Quem estivesse procurando uma discussão real sobre tópicos concretos não a encontraria com um chatbot. 

"Os chatbots são idiotas que berram alto", disse Howard. "E boa parte do que disseminam são notícias falsas." 

O papel desempenhado pelas notícias falsas na eleição presidencial americana tornou-se motivo de constrangimento para a indústria tecnológica, especialmente para o Google, Twitter e Facebook. Na segunda-feira passada (14 de novembro) o Google anunciou que vai impedir sites que disseminam notícias falsas de fazer uso de seu serviço de publicidade online. O Facebook atualizou os termos de seus regulamentos sobre Audiência do Facebook na Rede — que já preveem que a rede não exiba anúncios em sites que divulgam conteúdos enganosos ou ilegais — de modo a abranger também os sites de notícias falsas. 

Em alguns casos os chatbots postavam fotos constrangedoras, aludiam à investigação do FBI sobre o servidor privado de e-mails de Hillary Clinton ou difundiam comunicados falsos, por exemplo dizendo que Hillary estava na cadeia ou prestes a ser detida. 

"O uso de contas automatizadas foi intencional e estratégico durante toda a campanha eleitoral", escreveram os pesquisadores no relatório, publicado pelo projeto da Universidade Oxford sobre Algoritmos, Propaganda Computacional e Política Digital. 

Pelo fato de os chatbots serem quase inteiramente anônimos e frequentemente ser comprados sigilosamente de empresas ou programadores individuais, não foi possível vincular sua atividade diretamente à campanha de Trump ou de Hillary, disseram os pesquisadores, com a exceção de alguns poucos chatbots "de piadas" criadas pela campanha de Hillary. 

Mas há evidências de que os chatbots misteriosos fizeram parte de um esforço organizado.
"Parece ter havido uma estratégia por trás dos bots", disse Howard. "No terceiro debate, os bots de Trump já estavam lançando sua atividade antes do debate, e observamos que contas automatizadas estavam colonizando hashtags de Hillary." 

Uma hashtag é usada para indicar o tópico de um post no Twitter. Ao adotar hashtags relacionados a Hillary, os bots da parte oposta aumentavam suas chances de invadir discussões online travadas entre partidários da candidata democrata. 

Depois da eleição, o tráfico de bots diminuiu rapidamente, com a exceção de alguns programas pró-Trump que se gabavam, dizendo "nós ganhamos e vocês perderam", disse Howard. 

Representantes da campanha de Trump não responderam aos pedidos de declarações sobre o assunto. Executivos do Twitter argumentam que mais pessoas não acompanham os bots, de modo que estes só chamariam a atenção de pessoas à procura de hashtags específicas. 

"Quem disser que contas automatizadas de spam que tuitaram sobre a eleição americana afetaram as opiniões dos eleitores ou influenciaram a discussão nacional no Twitter evidentemente subestima os eleitores e não entende como o Twitter funciona", disse Nick Pacilio, porta-voz do Twitter. 

Os pesquisadores basearam seu estudo em cerca de 19,4 milhões de posts no Twitter colhidos nos primeiros nove dias de novembro. Eles selecionaram tuítes baseados em hashtags que identificavam determinados tópicos e, para identificar os posts automatizados, procuraram as contas que postam pelo menos 50 vezes por dia. 

"Por exemplo, as 20 contas maiores, em sua maioria bots e contas altamente automatizadas, lançaram em média mais de 1.300 tuites por dia e geraram mais de 234 mil tuites", informaram os pesquisadores. "As cem contas maiores, que ainda usaram altos níveis de automatização, geraram cerca de 450 mil tuites, com uma média de 500 tuites por dia." 

Os pesquisadores de Oxford tinham informado anteriormente que chatbots políticos exerceram papel semelhante ao influenciar a paisagem política que levou ao voto britânico pela saída da União Europeia, o "brexit". 

Os pesquisadores cunharam o termo "propaganda computacional" para descrever a explosão de campanhas de mídia social enganosas em serviços como Facebook e Twitter. 



Tradução de CLARA ALLAIN

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