quinta-feira, 9 de junho de 2011

Uma "pitbull" chamada Gleisi

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São Paulo, quinta-feira, 09 de junho de 2011


Petista resistia a disputar eleições por causa de um "tique" em um dos olhos

ESTELITA HASS CARAZZAI
DE CURITIBA

A nova ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, resistiu a disputar eleições até 2006 por um motivo peculiar: um tique num dos olhos, que piscava constante e involuntariamente.
Era uma desculpa, segundo contam amigos e aliados, para se esquivar do assédio dos correligionários.
Filiada ao PT do Paraná desde 1989, ela tem uma "determinação fora do normal", mas é de "trato fácil" e dificilmente se exasperava com subordinados, conforme ex-colegas da usina de Itaipu, onde trabalhou entre 2003 e 2006 como diretora-executiva de Finanças.
Sua gestão foi marcada não só pelo saneamento das contas, como também por ações voltadas às mulheres.
Ela permitia, por exemplo, que as funcionárias tirassem folga para participar de eventos especiais dos filhos ou para acompanhá-los em consultas médicas.
O convívio com os filhos é uma prioridade para a ministra. Todos os dias, ela é responsável por buscar João Augusto, 9, e Gabriela Sofia, 5, na escola.
Formada em colégio católico, a ministra assumiu posições conservadoras sobre temas como o aborto e o combate à homofobia em entrevistas recentes.
"Minha história e minha formação cristã não deixam dúvidas sobre minha posição em favor da vida. [Mas] também não aprovo a demonização das mulheres que praticam o aborto", disse Gleise Hoffmann durante a campanha para o Senado em 2010, quando foi eleita.
Em abril, disse que é a favor de "combater a homofobia", mas não concorda com o projeto que atualmente tramita no Congresso, porque a proposta "está jogando para um extremo" ao considerar crime, por exemplo, "o posicionamento de pastores e padres dentro das missas".
Quanto ao tique nervoso, amigos não sabem como ela resolveu o problema.
Alguns apostam que o "cacoete" cessou com aplicação de botox; outros dizem que pode ter sido acupuntura.
Só se sabe que ela já não tinha mais o tique quando disputou sua primeira eleição, no ano de 2006 - na ocasião, ela perdeu a eleição para o Senado.
O nome da ministra foi escolhido pela mãe, em homenagem à atriz princesa de Mônaco Grace Kelly (1929-1982). Quando foi ao cartório, porém, o pai da petista acabou registrando o nome "Gleisi" porque achou que a pronúncia do nome originalmente escolhido, "Greici", estivesse errada.


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São Paulo, quarta-feira, 08 de junho de 2011


Nova ministra é conhecida por ser "pitbull" do governo no Senado

DE BRASÍLIA

Escolhida para assumir a Casa Civil, a nova ministra Gleisi Hoffmann (PT) é chamada pela oposição de "pitbull do Senado" e "dama de ferro" por fazer defesas enfáticas do governo em seus três meses no Senado.
Gleisi disse ter sido escolhida para que faça o acompanhamento técnico dos projetos do governo. "Ela [Dilma Rousseff] disse que meu perfil se encaixa ao que ela pretende agora na Casa Civil. A presidenta quer uma gestão mais técnica na Casa Civil", afirmou em sua primeira e breve entrevista após ser confirmada no cargo.
Sobre como será sua articulação política com o Congresso, ela não deu detalhes. Cercada pela bancada do PT no Senado, Gleisi disse em entrevista que era uma "pena perder o ministro Palocci".
Apesar da delicadeza do tom de voz, foi a firmeza dos gestos que despertou a atenção de Dilma que a apontava como uma aposta do Senado.
O próprio antecessor experimentou a dureza de Gleisi há duas semanas. Anfitriã de um almoço para Lula, ela perguntou ao ex-presidente se era estratégico mobilizar governo em defesa de Palocci e defendeu sua saída.
Foi a primeira manifestação aberta pela demissão.
Em público, amenizou: "Era uma reunião fechada, fiz a defesa de que deveria ser feito um esclarecimento."
No auge da crise, Gleisi teria comparado a situação de Palocci ao caso do mensalão.
Segundo integrantes do governo, Dilma começou a avaliar a nomeação de Gleisi na semana seguinte. Só que para Relações Institucionais.
Além de ser considerada uma afronta a Palocci, a hipótese alimentou dúvidas sobre a convivência de Gleisi e do marido, Paulo Bernardo (Comunicações).
No Senado, ela apresentou projetos para "moralizar" a gestão pública e propôs regulamentar o teto constitucional para pagamentos aos servidores públicos, além de limitar o mandato de senador para só uma reeleição. (CATIA SEABRA, MÁRCIO FALCÃO, FERNANDA ODILLA, FILIPE COUTINHO, VALDO CRUZ E NATUZA NERY)

RAIO-X
GLEISI HOFFMANN, 45


ORIGEM
Curitiba (PR)

PARTIDO
PT

FORMAÇÃO
Direito

CARREIRA
Foi secretária de Reestruturação Administrativa em MS e diretora financeira de Itaipu Binacional. Foi eleita senadora pelo Paraná em 2010


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República terá o seu primeiro casal ministerial

DE SÃO PAULO

Juntos há 15 anos, Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o titular do Ministério das Comunicações, Paulo Bernardo, formarão o primeiro casal ministerial da República brasileira.
Ex-deputado, Bernardo está no primeiro escalão desde a era Lula, na qual chefiou o Planejamento. Nas últimas semanas, foi cotado para o posto que agora ficará com Gleisi.
A Esplanada só conheceu um outro romance entre ministros. No governo de Fernando Collor de Mello, Bernardo Cabral (Justiça), que era casado, envolveu-se com Zélia Cardoso de Mello (Fazenda). O caso derrubou Cabral do cargo.
Gleisi, 45, foi a campeã de votos ao Senado pelo Paraná em 2010 após ser derrotada para a Prefeitura de Curitiba (2008) e ao próprio Senado (2006).
Formada em direito, tem dois filhos e é filiada ao PT desde 1989. Foi secretária de Reestruturação Administrativa em MS e diretora financeira de Itaipu Binacional. (SILVIO NAVARRO E DANIELA LIMA)

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