Deputada baleada nos EUA divulga foto no Facebook
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Deputada baleada nos EUA divulga foto no Facebook
Giffords colocou as imagens, registradas pelo fotógrafo P.K. Weis da agência SouthwestPhotoBank.com, na sua página pessoal. Ela aparece sorrindo e com o cabelo curto.
Giffords está sendo tratada em uma clínica em Houston, no Texas. De acordo com os médicos, ela está se recuperando bem.
A deputada de 41 anos foi alvejada por um atirador no dia 8 de janeiro e ficou gravemente ferida. Um homem abriu fogo durante um evento da deputada nas proximidades de um supermercado, matando seis pessoas e ferindo outras 13.
Jared Loughner, de 22 anos, foi preso e acusado de realizar os disparos, mas ele se declarou inocente.
Desde o incidente, a única vez em que Giffords havia sido vista em público foi em abril, quando o seu marido, o astronauta Mark Kelly, partiu para uma missão espacial na Flórida.
Segundo a imprensa local, os pais da menina viram o nascimento de Christina como um sinal de esperança em meio à tragédia que os Estados Unidos viveram após os ataques contra o World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, em Washington.
Segundo seu pai, John Green, a menina era esperta e engajada e tinha sido escolhida recentemente como a presidente do conselho estudantil da escola, o que despertou nela um interesse pela política.
"Era muito boa falando em público. Eu a via facilmente se dedicando à política", disse seu pai à imprensa.
No sábado, ela decidiu ir ao ato da congressista de seu estado, Gabrielle Giffords, quando foi atingida por um dos disparos do jovem de 22 anos, que deixaram seis mortos e 13 feridos, entre eles a própria legisladora, que se recupera de uma cirurgia.
A menina também ficou ferida no ataque, mas morreu no hospital.
Segundo sua mãe, Roxanna Green, Christina "só queria ajudar as pessoas e se envolver com os assuntos que a interessavam".
"É muito trágico. Foi ao ato porque queria aprender, mas alguém com muito ódio em seu coração decidiu tirar a vida de pessoas inocentes", declarou.
"Era uma menina forte. Uma boa atleta e nadadora. Ela se interessava por tudo. No Natal, ganhou de presente um violão. Ela queria aprender a tocar", disse a mãe.
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Jared Lee Loughner
em foto divulgada pela polícia nesta segunda-feira,10/Jan.
em foto divulgada pela polícia nesta segunda-feira,10/Jan.
http://www.vermelho.org.br/
11 de Janeiro de 2011
Tiros em Tucson e a fascistização dos EUA
Por Atílio Boron*, em seu blog
É saudável uma sociedade que produz massivamente viciados em drogas e entorpecentes? É saudável uma sociedade que vende todo o tipo de armas de fogo com a mesma facilidade que se vende doces? Como relacionar a tragédia de Tucson com o amadurecimento do processo de fascistização da sociedade norte-americana? O que ocorre quando uma sociedade faz uma propaganda política que diz “envie um guerreiro ao Congresso” e o apresenta exibindo um fuzil de assalto M16? Na continuação, uma tentativa de resposta.O atentado criminoso contra a congressista democrata, Gabrielle Giffords, e as várias pessoas que a rodeavam – até o momento custou a vida de seis pessoas, incluindo o juiz federal John M. Roll – mostra o alcance do processo de fascistização da sociedade norte-americana.
Com certeza, a explicação será rejeitada tanto pela Casa Branca como pela mídia. O que ocorreu foi obra de um “maluco”, um a mais de uma venenosa linhagem que já matou a John F. e Robert Kennedy, Martin Luther King e Malcom X, só para citar personalidades significativas da cena pública estadunidense.
Não existe a menor intenção em vincular o ocorrido em Tucson com as profundas tendências da sociedade norte-americana que afloram periodicamente e cada vez com mais virulência e impacto massivo (McCarthy, Reagan, Bush Jr e agora Tea Party).
Ocorreu o mesmo com os casos anteriores: aí está o sinistro Informe Warren como prova – assim chamado com o nome do presidente da Corte Suprema dos EUA que presidiu a comissão de investigação de John F. Kennedy – em que apenas uma única pessoa, Lee Harvey Oswald, foi a responsável pelo crime e que não houve conspiração para perpetrá-lo. Não é uma anedota lembrar um dado: um dos integrantes da comissão era o ex-diretor da CIA, Alan Dulles. Era a raposa cuidando do galinheiro.
Gabrielle Giffords, que agora luta desesperadamente por sua vida, representa uma corrente progressista dos democratas, algo muito perigoso num estado como o Arizona, cuja governadora é a republicana racista Jan Brewe – que aprovou uma lei em maio de 2010 que autoriza a polícia a deter e exigir documentos de qualquer pessoa com aparência suspeita, leia-se “latinos”.
Giffords valentemente se opôs a essa lei e não só isso: apoiou no Congresso a Lei da Reforma do Sistema de Saúde e foi a favor da reforma migratória, das experiências com células-tronco e da produção de energias alternativas. Isto é, tornou-se um alvo perfeito para a crescente legião de fascistas norte-americanos.
Por isso, seu adversário nas recentes eleições parlamentares, Jesse Kelly, um ex-sargento dos “marines” que comeu o pó da derrota no Iraque, aparecia em um cartaz de campanha empunhando um rifle M16 e convidando os eleitores a esvaziar sua munição sobre Giffords.
A montage of the Palin PAC map and the announcement by Gifford's opponent
Seu distrito, como outros 19, estava marcado por uma mira de fuzil. Essa descarada apologia à violência não perturbou as engrenagens das abaladas instituições da república imperial. O desenlace trágico de tamanha violência era apenas uma questão de tempo. Em uma repugnante demonstração de hipocrisia, o sítio na internet de Jesse Kelly publicou que o autor intelectual do crime rezava pela recuperação da congressista e para as vítimas fatais do incidente.
Obama, incapaz de impor algumas medidas mais “terrenas” para terminar com as crises que corroem seu país, faz o mesmo. Com suas orações, não irá muito longe. No “18 Brumário”, Marx recordava que, quando “no Concílio de Constanza, os puritanos se queixavam da vida depravada dos papas e lamentavam sobre a necessidade de reformar os costumes, o cardeal Pierre d´Ailly disse, com voz firme: ‘Enquanto somente o demônio em pessoa pode salvar a igreja católica, vocês pedem anjos!’”
Com suas orações, Obama está invocando o auxílio dos anjos, quando a única atitude que pode salvá-lo é o implacável exercício do poder (algo que algumas filosofias idealistas e religiosas consideram uma emanação demoníaca) contra a plutocracia que, com sua cumplicidade, está destruindo os Estados Unidos.
Será preciso analisar os detalhes para compreender o que ocorreu. Em primeiro lugar, o mais importante: um país que embarcou numa militarização internacional descomunal precisa cultivar, internamente, atitudes patrióticas, fanáticas e violentas para sustentar ideologicamente seus planos de conquista militar.
Sarah Palin
O problema é que é impossível evitar que essas “qualidades” não sejam praticadas no espaço doméstico – é impossível estabelecer um debate sereno e racional na política nacional. Esta advertência foi feita por Alexis de Tocqueville há mais de um século e meio nos EUA e é mais atual hoje do que no passado. Não foi casual que Kelly tenha proposto esvaziar seu fuzil M-16 sobre Giffords. Alguém tomou nota e seguiu a mensagem.
Em segundo lugar, é preciso avaliar o papel dos meios de comunicação nos EUA – em especial da Fox – que, salvo algumas exceções, alimenta permanentemente o racismo, o fanatismo, a intolerância e a violência diante da indiferença das instituições. Estas deveriam regularizar o exercício da liberdade de imprensa e não fazem isto sob o pretexto de defender a sacrossanta propriedade privada e a liberdade de expressão, embora a mesma esteja estimulando os crimes.
Terceiro: a crise econômica que, como sabemos, estimula toda ordem de comportamentos anti-sociais propensos a criminalizar e, inclusive, satanizar ao outro, ao diferente. Um país onde os pobres empobrecem mais a cada dia e os setores médios baixos estão caminhando para a pobreza, enquanto contemplam uma minoria que enriquece escandalosamente, cultiva o aparecimento de comportamentos e atitudes absurdas que, rapidamente, serão consideradas como normais. Por exemplo, descarregar simbolicamente um M16 em um adversário político. As conseqüências estão à vista de todos.
*Atílio Boron é cientista político argentino
Tradução de Sandra Luiz Alves
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O Globo, 08/01/2011
Tiroteio no Arizona
Deputada democrata e mais pessoas são baleadas
A deputada democrata Gabrielle Giffords
Segundo um porta-voz da Câmara, Gabrielle foi levada para o Centro Médico Universitário de Tucson, a cerca de 15 quilômetros do local do ataque. Um representante do hospital para onde ela foi levada afirmou que a deputada atualmente passa por cirurgia.
Segundo a imprensa local, um dos médicos responsáveis pelas cirurgia dos feridos disse estar otimista na recuperação da deputada. O cirurgião, porém, afirmou que o centro recebeu dez feridos, sendo quatro em condição estável e cinco passando por operação, e que uma criança baleada morreu.
A congressista participava de um evento político para encontrar com seus eleitores. A área estava lotada de gente, quando o atirador começou a "atirar indiscriminadamente", segundo testemunhas. Houve pânico, mas o atirador foi preso.
Reeleita para seu terceiro mandato nas eleições de 2 de novembro, Gabrielle Giffords foi eleita por um distrito do Arizona com uma plataforma que prometia lutar pela reforma imigratória, a deputada também era a favor da ampla permissão de pesquisas com células-tronco e pela ampliação do uso de energia alternativa. Ela é casada com o astronauta americano Mark Kelly.
O presidente Barack Obama emitiu um comunicado condenando o atentado e classificando o ocorrido como uma "tragédia inominável".
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A high school photo of Loughner, circa 2006
São Paulo, domingo, 09 de janeiro de 2011
Em vídeos, suspeito se declara "sonhador"
DE NOVA YORK
"Caros amigos, por favor, não fiquem furiosos comigo." Assim, Jared Lee Loughner, 22, o principal suspeito pelo tiroteio em Tucson, se despede na sua página no MySpace, em mensagem colocada na manhã de ontem.
Loughner dá pistas de sua personalidade em cinco vídeos colocados nos últimos meses no YouTube.
Em um deles, identifica-se como recruta das Forças Armadas americanas, baseado em Phoenix, mas se qualifica como "um sonhador".
Em outro, diz que pretende criar uma moeda e que "consegue controlar todas as crenças e religiões por ser um controlador de mentes".
"Eu não posso confiar no atual governo por causa das confirmações: o governo está fazendo controle de mente e lavagem cerebral na população ao controlar a gramática", diz o seu vídeo mais longo, de quase quatro minutos, postado no mês passado.
Ele reclamou ainda do índice de analfabetismo entre as pessoas vivendo no distrito de Gifford, no Arizona.
Apesar de reclamar da incapacidade da população de Tucson de falar inglês, não há discussão sobre imigração nas páginas na internet.
Ele cita, entre seus livros favoritos, clássicos como "A Revolução dos Bichos" (George Orwell) e "Mein Kampf" (Adolf Hitler). (AF)
Israel - Eilat - Mar Vermelho
ResponderExcluirShalom a Todos!
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Yeshurun Ben Tzion