quarta-feira, 1 de junho de 2011

Fome nos EUA: mais de doze milhões de crianças à beira da morte

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O império e seus miseráveis
Fome nos EUA: doze milhões de crianças à beira da morte 


Estudo revela que uma em cada seis crianças norte-americanas menores de cinco anos passa fome e insegurança alimentar
Cenas de pobreza e miséria aparecem com freqüência em jornais de todo o mundo. Imagens que mostram geralmente a situação extrema em que vivem os povos na África, na América Latina ou no Sul da Ásia. Muito comum também é conhecer através da imprensa mundial a riqueza e o desenvolvimento nos países acima da linha do Equador. Europa, EUA, Rússia e Japão são sempre relacionados com avanço tecnológico, poder aquisitivo e alto nível de bem-estar social. Isso não quer dizer, no entanto, que o mundo seja exatamente assim. O colapso econômico mundial, a maior crise da história do regime capitalista, está levando à tona o que os países ricos sempre fizeram questão de esconder. No país mais rico do mundo, os EUA, milhões de crianças estão muito abaixo da linha de pobreza e denunciam uma realidade cada vez mais difícil de esconder.
O último informe da organização Feeding America (Alimentando a América), que defende a criação de um banco de alimentos nos EUA, revela que pelo menos 12 milhões de crianças estão à beira da fome em todo o país e mais de três milhões e meio de crianças com menos de cinco anos passam fome, uma cifra equivalente a 17% (um em cada seis) das crianças norte-americanas de cinco anos de idade ou menos.
O informe “Insegurança alimentar infantil nos EUA: 2005-2007”, publicado no dia 7 de maio, é a primeira análise por estado que avalia a situação de crianças e bebês que vivem em regiões pobres do país. A organização se baseou em dados coletados pelo Departamento Federal de Agricultura (USDA, na sigla em inglês) e pelo Censo de 2005 e 2006.
Os dados revelam a deterioração das condições de vida da classe trabalhadora nos últimos cinco anos. A partir de 2005, a fome e a pobreza se extenderam rapidamente junto com o aumento do desemprego e com os rebaixamentos salariais.
“Feeding America concluiu que neste período precedente à aparição da crise econômica, em 11 estados mais de 20% das crianças pequenas corriam perigo de passar fome. Lousiana, com 24,2%, tem o índice mais alto de insegurança alimentar, seguido da Carolina do Norte, Ohio, Kentucky, Texas, Novo México, Kansas, Carolina do Sul, Tennessee, Idaho e Arkansas”.
Na Califórnia, os estudos concluíram que uma média 1,6 milhão de crianças se encontravam na extrema pobreza entre 2005 e 2007. No Texas, a média era de 1,47% milhão no mesmo período. Nenhum estado tem menos de 10% de sua população infantil exposta à fome. Até mesmo a “escassamente povoada” Dakota do Norte registrou um índice de 10,9%.
Segundo a USDA, mais de um milhão de pessoas foram inscritas em programas de assistência federal desde setembro do ano passado. Atualmente são 32,5 milhões de norte-americanos recebendo auxílio alimentar do governo, mas o número pode ser bem maior em razão do aumento do desemprego e da pobreza. Uma grande parcela não teve ainda a oportunidade de se cadastrar. A organização Food Research and Action Center estima que mais de 16 milhões de pessoas estão procurando assistência alimentar federal, mas não conseguiram se inscrever no programa.
Uma reportagem publicada pelo New York Times no dia 9 de maio identificou uma profunda insuficiência dos programas de assistência nos estados. Na Califórnia, por exemplo, só a metade das pessoas que passam fome conseguiu se cadastrar em um programa de vale alimentação. Em outros estados, como Missouri, onde a inscrição das pessoas que reúnem os critérios do programa é de 98%, centenas de milhares de famílias trabalhadoras pobres inscritas estão recebendo cada vez menos ajuda a cada mês que passa.
Em conseqüência disso, cada vez mais famílias norte-americanas estão recorrendo a restaurantes populares e organizações de caridade. Ou então cortam as despesas e passam a consumir produtos mais baratos e de menor qualidade. Esta é a situação da maior potência econômica que a humanidade já conheceu. Cada vez mais milhões de famílias passam fome e perdem suas residências, sendo obrigadas a se alojarem em acampamentos improvisados ou até mesmo dentro de veículos. Estes são os ingredientes para a eclosão de uma enorme situação revolucionária que fermenta no seio da maior classe operária do mundo.



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Washington, 30 mai - Prensa Latina

Fome em Nova York, uma realidade ignorada





Ao menos 1,4 milhões de residentes na cidade estadunidense de Nova York, incluídos mais de 400 000 meninos, vivem em lares que padecem insegurança alimentária, revela um estudo.

O fenômeno não é exclusivo entre os setores de imigrantes, senão que se estende para outros grupos da população, concluiu a Coalizão Contra a Fome da Cidade de Nova York (New York City Coalition Against Hunger).

Segundo as estatísticas federais obtidas pelo grupo, existe uma tendência em aumento e a causa principal atribui-se à recessão econômica.

As vítimas da fome são cidadãos que têm perdido seus empregos ou imigrantes indocumentados que não encontram trabalho.

Em condados como Queens ou em outros da grande cidade, há áreas onde se concentram os chamados trabalhadores por dia em espera de contratos para fazer qualquer tipo de trabalho.

A Coalizão já tinha advertido que em 2009 um em cada oito lares na Grande Maçã foi qualificado pelo Governo Federal como "carenciado de alimento", ou seja, que não têm dinheiro para comprar comida.

Por sua parte, o Escritório do Censo alertou que o índice de pobreza na cidade de Nova York cresceu de 14,2 por cento em 2008 a 15,8 por cento em 2009, aumento que não se registrava em 19 anos.

Estima-se que um da cada quatro hispanos não pode satisfazer suas necessidades básicas de alimentação, vestuário, moradia e saúde, enquanto mais de um de quatro meninos latinos vivem na penúria.

Para David Jones, do Community Service Society (CSS), uma organização que lidera a luta contra a pobreza em Nova York, as cifras que falam de uma baixa do desemprego são falsas.

"Eu leio na imprensa que a economia está em recuperação e que as cifras de desemprego estão baixando, mas o que percebemos os hispanos e os afro-americanos é outra coisa", sublinhou.

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