sábado, 4 de junho de 2011

Chineses acusam EUA de lançar globalmente guerra na internet

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São Paulo, sábado, 04 de junho de 2011

Chineses acusam EUA de lançar globalmente guerra na internet

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Militares chineses acusaram os EUA de lançar globalmente uma "guerra na internet", com o objetivo de derrubar governos do mundo árabe e em outros países.
A afirmação foi vista como uma espécie de manobra para tentar desviar a atenção das acusações de ataques de hackers, a partir da China, a e-mails pessoais de servidores públicos e ativistas políticos em países do Ocidente.
Segundo o Google, dono do Gmail (serviço de e-mail que foi alvo dos hackers), a origem dos ataques foi a cidade chinesa de Jinan, onde funciona escola militar. Um ano e meio atrás, outro ataque aos sistemas do Google envolveu computadores localizados na mesma escola.
A China negou responsabilidade por esses ataques. As acusações de "guerra na internet" lançadas contra os EUA, por sua vez, saíram em um jornal controlado pelo Partido Comunista chinês.
Em seu artigo, Ye Zheng e Zhao Baoxian, que se identificam como integrantes da Academia de Ciências Militares, dizem que um "tornado da internet varreu o mundo" e que se podia ver, por trás dele, "a sombra da América".
Para os autores, os conflitos no ciberespaço são um produto da era da informação - assim como a ameaça nuclear é estratégia da era industrial -, e seu potencial destrutivo traz "risco à própria existência do Estado".
O texto dos militares prossegue dizendo que, diante dos preparativos para uma guerra na internet, os países e seus Exércitos não podem se manter passivos - e, nesse contexto, a China deve manter suas fronteiras e defender sua soberania na rede.
Atualmente, os chineses já censuram vários websites estrangeiros, e a polícia emprega uma grande força-tarefa de monitores que patrulham a internet à procura de material ilegal ou "subversivo", cujos disseminadores estão sujeitos à prisão no país.

REAÇÃO DOS EUA Os EUA não responderam diretamente ao artigo dos militares chineses, mas o porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, disse que o governo está "preocupado" com as alegações do Google, investigadas pelo FBI ( Polícia federal norte-americana).
Toner também insistiu para que a China divulgue dados sobre mortos, presos e desaparecidos nos protestos na praça da Paz Celestial, que fizeram 22 anos ontem. O porta-voz acusou o governo chinês de continuar pressionando manifestantes e familiares das vítimas de 1989.
O secretário da Defesa dos EUA, Robert Gates, reuniu-se ontem com seu colega chinês, Liang Guanglie, em Cingapura e afirmou que as relações militares entre os dois países estão em um "caminho positivo". Segundo diplomatas americanos, Gates não fez menção ao assunto Google durante o encontro.

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