sexta-feira, 17 de junho de 2011

Bloqueio de Israel eleva a 45,2% a taxa de desemprego em Gaza

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14 de junho de 2011

Bloqueio de Israel eleva a 45,2% a taxa de desemprego na Faixa de Gaza

 

O desemprego na Faixa de Gaza atingiu 45,2% no segundo semestre de 2010 – um dos mais elevados do mundo e o salário real caiu aproximadamente 34,5% desde 2007, quando Israel impôs um bloqueio à região, aponta novo relatório da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês).
“É difícil compreender a lógica de uma política que empobrece tanta gente e condena centenas de milhares de pessoas potencialmente produtivas a uma vida de penúria”, disse o Porta-Voz da UNRWA, Chris Gunness.
De acordo com o documento, o setor privado foi o mais atingido. As empresas fecharam mais de oito mil postos de trabalho no segundo semestre de 2010, um declínio de aproximadamente 8% em relação ao primeiro semestre. Em contrapartida, o setor público, que é dominado pelo Hamas, cresceu quase 3% no mesmo período.
O bloqueio foi imposto por chamadas razões de segurança depois que o Hamas, que não reconhece o direito de existência de Israel, depôs o Fatah na Faixa de Gaza em 2007. Os dois grupos chegaram a um acordo no mês passado para formar um governo de unidade nacional e promover eleições dentro de um ano.
O que mais impressiona é que o setor público foi responsável por 70% do crescimento desde o segundo semestre de 2009, apesar da flexibilização do bloqueio”, acrescentou Gunness. “Se o objetivo da política era enfraquecer o Hamas, os números sugerem que ela falhou. Mas, seguramente, tem sido muito bem sucedida em punir os mais pobres dos pobres do Oriente Médio.”
O número de pessoas que buscam ajuda da ONU por viverem abaixo da linha da pobreza – com um dólar por dia – triplicou desde o bloqueio e, com tantos projetos de reconstrução aguardando aprovação, o futuro parece desolador”, avaliou o Porta-Voz.
”Em meio à crise econômica, a UNRWA continuará o trabalho humanitário nas areas de saúde e educação, gerindo escolas para cerca de 213 mil crianças na Faixa de Gaza, acreditando num futuro digno e de paz”, garantiu Gunness.

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