14/2/2011
Músico cubano, Pedro Bandera, denuncia racismo de seguranças no Shopping Cidade Jardim, Zona sul de S. Paulo, e convoca para passeata no dia 19/02, a partir das 12h.
Indignação e passeata
S. Paulo - Uma passeata, que pretende reunir pessoas solidárias à luta contra a discriminação em shoppings, bancos e supermercados, marcará os seis meses do ato de racismo sofrido pelo músico cubano, Pedro Bandera, alvo de maus tratos por parte de seguranças do Shopping Cidade Jardim.
A passeata, convocada por iniciativa do próprio músico está marcada para sábado, dia 19/02, às 12h, e terá como ponto de encontro a frente do Shopping, que fica na Av. Magalhães de Castro, próxima à Marginal Pinheiros, Morumbi, bairro da Zona Sul de S. Paulo.
Bandera é formado em Pedagogia, em Cuba, e tem formação como percussionista e professor de música. No Brasil, há seis anos, e atualmente vivendo em S. Paulo, ele já trabalhou com artistas de renome no cenário musical brasileiro, como Pepeu Gomes, André Jung, Edgar Scandurra (ex-Ira), Luiza Maitá, Karina Buhr, Marina de La Riva e João Gordo, entre outros.
Barrado
No dia 28 de agosto do ano passado, quando se dirigia a Livraria da Vila, como integrante da banda que acompanharia o show de apresentação do DVD da cantora Marina de La Riva, foi barrado por seguranças.
“Dois vieram ao meu encontro de maneira hostil, agressiva. Um deles falou que eu não poderia entrar sem me explicar o motivo de tal restrição. Expliquei o motivo da minha presença no local e mesmo assim ele questionou e, apontando para mim, ainda que tentando ser discreto, comentou com o outro: “Estão suspeitando desse indivíduo porque ele está falando que veio fazer um show, mas anda de táxi e ninguém viu seus instrumentos!”, relembra.
O músico pediu, então, a presença do responsável pela segurança do Shopping, ouvindo de quem o barrou a seguinte resposta: “Você é estrangeiro e não sabe que este shopping foi assaltado duas vezes? Quem te mandou entrar, quem te autorizou a entrar?”
Em seguida, ele fez contato com os membros da banda, que desceram em seu socorro. “No momento da chegada de um membro da banda, já tínhamos saído do interior do prédio e nos encontrávamos no estacionamento diante do táxi, onde eu, indignado, disse: "Olha vocês que falaram que ninguém viu meus instrumentos, eles estão aqui!, tirando-os do táxi", relatou.
Mesmo assim, os seguranças continuaram tentando evitar a sua entrada no Shopping, o que só aconteceu depois da intervenção da produtora da banda, do pessoal da livraria e dos músicos. Bandera disse que relatou o ocorrido à administração dois dias depois, porém, nunca teve resposta.
O músico cubano procurou a Delegacia de Crimes Raciais (DECRADI) onde registrou Boletim de Ocorrência e também procurou o Centro de Estudos das Relações Raciais e do Trabalho (CEERT), onde o caso está sendo acompanhado pelo advogado, Daniel Teixeira.
Bandera é formado em Pedagogia, em Cuba, e tem formação como percussionista e professor de música. No Brasil, há seis anos, e atualmente vivendo em S. Paulo, ele já trabalhou com artistas de renome no cenário musical brasileiro, como Pepeu Gomes, André Jung, Edgar Scandurra (ex-Ira), Luiza Maitá, Karina Buhr, Marina de La Riva e João Gordo, entre outros.
Barrado
No dia 28 de agosto do ano passado, quando se dirigia a Livraria da Vila, como integrante da banda que acompanharia o show de apresentação do DVD da cantora Marina de La Riva, foi barrado por seguranças.
“Dois vieram ao meu encontro de maneira hostil, agressiva. Um deles falou que eu não poderia entrar sem me explicar o motivo de tal restrição. Expliquei o motivo da minha presença no local e mesmo assim ele questionou e, apontando para mim, ainda que tentando ser discreto, comentou com o outro: “Estão suspeitando desse indivíduo porque ele está falando que veio fazer um show, mas anda de táxi e ninguém viu seus instrumentos!”, relembra.
O músico pediu, então, a presença do responsável pela segurança do Shopping, ouvindo de quem o barrou a seguinte resposta: “Você é estrangeiro e não sabe que este shopping foi assaltado duas vezes? Quem te mandou entrar, quem te autorizou a entrar?”
Em seguida, ele fez contato com os membros da banda, que desceram em seu socorro. “No momento da chegada de um membro da banda, já tínhamos saído do interior do prédio e nos encontrávamos no estacionamento diante do táxi, onde eu, indignado, disse: "Olha vocês que falaram que ninguém viu meus instrumentos, eles estão aqui!, tirando-os do táxi", relatou.
Mesmo assim, os seguranças continuaram tentando evitar a sua entrada no Shopping, o que só aconteceu depois da intervenção da produtora da banda, do pessoal da livraria e dos músicos. Bandera disse que relatou o ocorrido à administração dois dias depois, porém, nunca teve resposta.
O músico cubano procurou a Delegacia de Crimes Raciais (DECRADI) onde registrou Boletim de Ocorrência e também procurou o Centro de Estudos das Relações Raciais e do Trabalho (CEERT), onde o caso está sendo acompanhado pelo advogado, Daniel Teixeira.
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