Revista Língua Portuguesa, Ed. 64
Edgard Murano
Tradição viva Hoje, com mais de 37 milhões de usuários de internet só no Brasil, essa tradição de escrita parece mais viva do que nunca, impulsionada por novas tecnologias e amplificada pela comunicação em rede. Não é exagero afirmar que e-mails, blogs e redes de relacionamento já deixaram sua marca na produção textual contemporânea. Para o escritor Michel Laub, autor dos romances O Gato Diz Adeus e Longe da Água (ambos pela Cia. das Letras), a internet tornou os textos mais naturais e coloquiais, embora não seja a única responsável por essas mudanças. - O texto da internet é um texto em geral mais coloquial, menos "literário", no sentido de ser mediado por truques de estilo. A internet não inventou a coloquialidade, mas fez com que ela passasse a soar mais natural para muito mais gente e, estatisticamente ao menos, virou um certo padrão - afirma. Com cada vez mais usuários - o acesso à rede no Brasil aumentou 35% entre 2008 e 2009 - a internet está criando novos hábitos de comunicação entre as pessoas, que acabam se adaptando às facilidades da nova tecnologia. Isso vale tanto para a leitura, em vista da profusão de textos veiculados na rede, quanto para a escrita, principal meio de expressão do internauta (pelo menos até que as conversas "via voz" se tornem mais corriqueiras). Superficialidade Há quem veja nessa torrente de informações que jorra na internet um fator negativo, dificultando nossa concentração em textos de fôlego como romances, por exemplo. Em artigo controverso publicado na revista The Atlantic em 2008, intitulado "O Google Está nos Deixando Idiotas?", o crítico de tecnologia Nicholas Carr defende a tese de que a navegação na internet está interferindo em nossa capacidade de leitura. Se antes, afirma Carr, ele se sentia um "mergulhador num oceano de palavras", hoje ele literalmente se sente "esquiando nesse oceano", dando a entender que a experiência de ler proporcionada pela internet é bastante superficial. Por falar em imersão, para Roseli Deieno Braff, supervisora de língua portuguesa da editora COC, essa geração que já nasceu imersa na tecnologia não possui carência de informações, pois está sempre conectada. Porém falta muitas vezes a capacidade de se aprofundar mais no que leem e, consequentemente, de separar o joio do trigo. - Não falta informação para esses jovens, mas muitas vezes falta a capacidade de processar e refletir sobre tudo o que leem. Ansiosos e inquietos, consideram uma tarefa muito difícil ler um livro de cem páginas. Nesse sentido, a ausência de concentração torna-se muito negativa, obstáculo inclusive para a resolução dos problemas que a vida certamente vai oferecer - afirma Roseli. Ainda que o processo de reflexão não esteja acompanhando o ritmo acelerado com que esta geração vem consumindo informações, a professora de português Rosangela Cremaschi, do curso de Comunicação Escrita da FAAP, acredita que a diversidade de códigos e linguagens tem deixado os jovens mais atentos e receptivos. - A internet deixou o leitor mais receptivo e participativo, pois recebe informações em diferentes linguagens e por meio de leituras não lineares. O texto até então "sagrado" se torna mais acessível. Se antes o ato de ler era algo distante, a internet acabou com isso, o que é positivo - defende Rosangela. O escritor Michel Laub também vê com bons olhos os novos hábitos de leitura incutidos pela tecnologia. Para ele, a propensão a textos mais curtos em sites e blogs não nos tornou necessariamente mais dispersos ou desatentos. Ao contrário: lê-se mais do que antigamente. - Os que leem textos mais longos e difíceis são uma minoria como sempre foram. Mas o restante das pessoas, que há uma década não lia nada, hoje trabalha com o texto escrito boa parte do tempo, e isso cria um certo hábito de leitura, mesmo que diluído - afirma.
Não por acaso, segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró-Livro na última década, o Brasil saltou de 26 para 66,5 milhões de leitores no que diz respeito a livros impressos. Esses números por si só já desfazem qualquer "má" influência da internet sobre os hábitos de leitura do brasileiro. - A internet não deve ser vista como algo negativo, pois amplia nossas possibilidades de leitura. É claro que é preciso um olhar crítico, e este é o papel do educador, o de orientar a busca, seleção e gerenciamento das informações que estão disponíveis na rede - afirma Valéria Caratti, consultora do portal Planeta Educação. Não só a leitura como também a escrita foram favorecidas pela explosão da comunicação na internet observada na última década, que proporcionou um contato maior das pessoas com atividades que envolvam a escrita - como deixar um recado na página de um amigo, escrever um e-mail ou postar textos num blog. Também é inegável que sites de relacionamento - como Orkut, Twitter e Facebook, só para citar os mais conhecidos - tornaram o ato de escrever mais banal e cotidiano, sem nenhum prejuízo nisto, uma vez que a escrita elaborada deixou de ser algo exclusivo de escritores e das atividades escolares. Os números atestam a presença incontornável das redes sociais no dia a dia das pessoas. Segundo uma pesquisa realizada pela empresa Hitwise Serasa Experian, essas redes são responsáveis por 62% do tráfego de internet no Brasil. Em julho de 2009, 21,4 milhões de pessoas usaram algum tipo de rede social no país, isto é, cerca de 83% dos internautas residenciais, de acordo com o Ibope Nielsen Online. O que já havia sido deflagrado nos anos 90 pela comunicação via e-mail, mensageiros eletrônicos e pela cultura escrita dos blogs, as redes sociais elevaram à enésima potência ao garantir interatividade e visibilidade às pessoas em torno de interesses em comum. O próprio microblog Twitter, intensamente debatido na mídia por sua contribuição à concisão (ver a matéria "O que é possível dizer em 140 caracteres?", Língua 54), de certa forma cristalizou uma tendência a textos enxutos. Gêneros de texto como o aforisma, o haicai e o epigrama, entre outras formas breves, encontram no Twitter o suporte ideal. Para além dos modismos que nascem e morrem na grande rede mundial de computadores, o advento do microblog Twitter extrapolou essa esfera para cair na boca de grandes homens de letras, muitas vezes avessos a novidades tecnológicas, como o escritor José Saramago, que chegou a declarar: "Os tais 140 caracteres reflectem algo que já conhecíamos: a tendência para o monossílabo como forma de comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido". Por mais que autores torcessem o nariz para a ferramenta, muitos deles aderiram, dando corpo ao que se chamou de "tuiteratura". No Brasil, escritores como Fabrício Carpinejar, Marcelino Freire, Carlos Seabra, entre muitos outros, aderiram ao novo gênero, emprestando-lhe uma dicção própria.
Essa diversidade estilística introduzida na literatura pelo texto praticado na internet, com suas formas mais soltas e coloquiais, criou dois caminhos possíveis para escritores, afirma Michel Laub. Ele argumenta que, por um lado, parte dos leitores ficaram mais impacientes com a prosa de feições literárias - mais lentas, de vocabulário mais amplo, verbos no mais-que-perfeito etc. - ao passo que outros leitores passaram a valorizar ainda mais esse tipo de escrita, justamente pela superexposição a textos mais simples encontrados na internet. No entanto, o escritor acredita que essas duas vertentes de prosa podem coexistir. - Sempre é possível a diversidade na literatura. Cito dois exemplos de autores que escreviam assim muito antes da internet: William Faulkner, mais "oral", e Marcel Proust, mais "literário" - explica Laub. Para Roseli, no entanto, os resultados dessa coexistência são variáveis, com resultados nem sempre positivos. - Do mesmo modo que a oralidade intervém na norma culta do idioma, e que foi uma das bandeiras dos modernistas brasileiros na Semana de 1922, a linguagem "ligeira", às vezes cifrada e só para iniciados, também afeta a modalidade culta, e o resultado nem sempre é positivo - afirma. Anos antes de o microblog cair na preferência de internautas no mundo inteiro, os blogs já ocupavam um lugar privilegiado na internet, que pela primeira vez oferecia aos usuários a possibilidade de escrever, editar e publicar seus próprios textos. - O espaço reduzidíssimo do Twitter opõe-se ao blog, este sim uma ferramenta capaz de abrigar fotos, textos próprios ou alheios, comentários, tudo organizado em forma de mural ou diário eletrônico, utilíssimo para desenvolver nos estudantes as habilidades de leitura e escrita - explica a professora Roseli. A partir daí, navegar pela internet deixou de ser um ato solitário, em que o usuário apenas entrava nas páginas e lia seus conteúdos. Com os recursos de interação cada vez mais expandidos, qualquer site é um convite a comentários, críticas e observações, obrigando os internautas a desenvolverem discursos de improviso e a defender seus pontos de vistas. O Facebook, por exemplo, aprimorou as antigas listas de discussões e fóruns, acrescentando-lhes um visual mais limpo e elaborado, com diferentes graus de interação acompanhados de recursos audiovisuais, tornando a experiência de compartilhar informações ainda mais enriquecedora. Embora não se possa afirmar categoricamente que a internet favoreceu o desenvolvimento de uma "cultura letrada", com ênfase em informações profundas e relevantes, ela reforçou o peso da palavra escrita no cotidiano das pessoas. Mais do que gírias e jargões, como o famigerado "internetês", as transformações pelas quais passam a escrita e a leitura estão por ser dimensionadas.
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O que é possível dizer em 140 caracteres?
Sucesso do Twitter no Brasil é oportunidade única de compreender a importância da concisão nos gêneros de escrita | ||||||||||||||||||||||||||||||
Edgard Murano A máxima "menos é mais" nunca fez tanto sentido como no caso do microblog Twitter, cuja premissa é dizer algo - não importa o quê - em 140 caracteres. Desde que o serviço foi criado, em 2006, o número de usuários da ferramenta é cada vez maior, assim como a diversidade de usos que se faz dela. Do estilo "querido diário" à literatura concisa, passando por aforismos, citações, jornalismo, fofoca, humor etc., tudo ganha o espaço de um tweet ["pio" em inglês] e entender seu sucesso pode indicar um caminho para o aprimoramento de um recurso vital à escrita: a concisão. Segundo a Sysomos, empresa especializada no monitoramento de mídias sociais, o Brasil é, desde fevereiro, o segundo país com maior número de tuiteiros, com 8,8% da população mundial de usuários (eram 2% em junho). Fica bem atrás dos EUA, que detêm 50,88% desse universo, mas à frente do Reino Unido, em terceiro com 7,2%. O português é a terceira língua mais tuitada. São 4,5 milhões de mensagens no idioma, todo dia (ver tabela na próxima página). O Twitter saltou de 7,8 milhões de visitantes brasileiros em dezembro para 9 milhões em janeiro. Amadurecimento A crescente adesão brasileira não chega a ser surpresa. Com uma inclusão digital em pleno vapor, o país atingiu 66,3 milhões de internautas em 2009, 16% a mais do que em 2008, segundo a Ibope Nielsen Online. Na rabeira dessa onda, fenômenos de concisão on-line, como o Twitter, ficam mais evidentes. No começo, era comum que os usuários da ferramenta se limitassem a registros do cotidiano ou descrições de estados de espírito, como "estou indo pra escola" ou "acordei meio triste". Embora o estilo confessional persista, sobretudo entre os mais jovens, a diversidade de vozes é hoje maior, favorecendo a pluralidade de estilos. Contar com um público mais maduro pode ter ajudado a diversidade de textos do Twitter. Só 15% dos norte-americanos no Twitter têm menos de 25 anos, segundo o Morgan Stanley Research. No Brasil, 61% dos usuários são homens na faixa de 21 a 30 anos. A ferramenta intensifica a tendência à concisão verbal, uma das marcas da comunicação on-line. A economia de sinais gráficos deu força, por exemplo, à chamada "tuiteratura", neologismo para os enunciados telegráficos com criações originais, citações ou resumos de obras impressas. Até a Academia Brasileira de Letras se rendeu ao "novo gênero", criando um concurso de microcontos inspirado no Twitter, cujas inscrições se encerram em 30 de abril (saiba mais em www.twitter.com/abletras). Se a inventividade autoral explora situações dramáticas em pílulas (ver "Contraponto", página 47), a paródia ligeira já virou um genuíno subgênero tuiterário. Lançado em novembro por Alexander Aciman e Emmett Rensin, da Universidade de Chicago, a antologia Twitterature: The World's Greatest Books Retold Through Twitter [Twitteratura: os melhores livros do mundo recontados pelo Twitter], da Penguin Books, recolhe ou inventa versões "enxutas" de clássicos como Moby Dick, Medeia e Madame Bovary. Haicais A adaptação ligeira de um Sherlock Holmes, por exemplo, usa a ironia para compensar a falta do desenvolvimento que se tem com o Conan Doyle original: "Fiz brilhantes deduções baseado em apenas algumas cachimbadas e umas poucas provas. Reparei no depósito de sal no sapato daquele trabalhador". No Brasil, iniciativas de transpor a literatura para o formato têm tido repercussão. O editor multimídia Carlos Seabra, da TV Cultura, considera que, embora haja lugar para todo tipo de gênero no Twitter, haicais, aforismos e microcontos se adequem melhor às limitações espaciais da ferramenta. Seabra vê na limitação de espaço um incentivo à criatividade, embora desaprove o uso de abreviações. Para ele, usar "vc" em vez de "você" pode ser válido no processo de comunicação, mas condenável na tuiteratura. - Teoricamente, um texto em nosso idioma tende a ser um pouco maior do que em inglês, o que torna mais difícil a comunicação sintética em português. Na prática, a diferença é quase irrelevante - explica. Nos casos em que a obra original corre o risco de perda de qualidade estética com o excesso de concisão, tuiteiros como Seabra adotam a praxe de publicar só o título, o nome do autor e o primeiro verso do poema ou frase-chave da obra em prosa, sempre seguidos de um link para outra página com o texto na íntegra.
Para Wagner Martins, o Mr. Manson, criador do Cocadaboa (blog com 6 mil acessos diários), se os outros meios de comunicação não lidarem com a informação de forma ágil, "sem encher linguiça", terão dificuldade de reter a atenção dos internautas. - O Twitter é a porta para um conteúdo mais profundo. Uma isca ou manchete que chama a atenção - explica Martins, sócio da agência Espalhe Marketing de Guerrilha, para quem o poder de síntese é característica de pessoas criativas. Que o diga o publicitário Antonio Pedro Tabet, dono de um perfil com mais de 247 mil seguidores e criador do Kibe Loco, blog de humor com 300 mil acessos diários. Para ele, uma ferramenta complementou a outra. O Twitter leva pessoas até o blog e o blog referencia o Twitter. - Um amigo me disse que o Twitter é a maior porta de banheiro do mundo. Com a agravante de que o papel acabou e sobrou só a primeira página de jornal - ironiza o publicitário, que diz já ter deixado de escrever coisa melhor no Twitter por faltarem "dois malditos caracteres". Para Tabet, apesar de o humor na tuitosfera ser ágil, informal e propenso a experimentações, não significa que seja moderno. O Brasil já teria sua tradição de irreverência concisa. - Sérgio Porto já fazia isso há muito tempo, e o Millôr Fernandes faz isso até hoje - defende Tabet. Para Martins, do Cocadaboa, os brasileiros são mais preocupados em procurar assunto com outros usuários, daí serem mais propensos à interação nas redes do que os norte-americanos, por exemplo, que costumam ser mais lacônicos, impessoais e informativos. - É um fenômeno parecido com a transformação do idioma no cotidiano, com a abreviação de palavras, a ênfase nas onomatopeias e a exclusão de acentos. A língua falada é viva e em constante transformação. E as redes sociais reproduzem isso - afirma Martins. Seja qual for a língua, no entanto, o impacto do Twitter em nossa relação com a escrita está por ser dimensionado. Críticos como George Packer, da revista The New Yorker, condenam o rio de informações que o microblog se tornou, alertando para o fato de que é preciso bom senso para beber dessa água, sob o risco de se afogar num mar de informações. Por isso, nos fazer separar o joio do trigo, ao testar os melhores recursos da síntese, pode ser a contribuição do Twitter à comunicação desta primeira década do século.
Onda dos microcontos Por Carlos Seabra O precursor e talvez o mais famoso microconto já produzido, do guatelmateco Augusto Monterroso, "Cuando despertó, el dinosaurio todavía estaba allí" (Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá), consolidou uma vertente de microliteratura, o desafio de contar algo em pouquíssimas palavras de contados toques. Autores conceituam e estipulam limites precisos, nascendo assim algumas classificações: nanocontos (até 50 letras, sem contar espaços e acentos), microcontos (até 150 toques, contando letras, espaços e pontuação) e minicontos (alguns estipulando 300 palavras; outros, 600 caracteres). Nada disso é muito rigoroso e depende de critérios editoriais de quem os adotou. O limite de 150 toques cabe no formato de envio de texto pelo celular, o chamado "torpedo". Hoje se usa muito o limite de 140 toques do Twitter - cada vez mais um difusor da microliteratura, que, provavelmente, acabará impondo este limite como padrão. Antes de tudo uma brincadeira, os microcontos (nas vertentes de crônicas, contos, aforismos e outras) estarão próximos ao minimalismo pós-moderno? Uma coisa é fato, a micronarrativa contém ingredientes do nosso tempo, a velocidade e a condensação, a possibilidade de publicação em celulares, painéis eletrônicos, rodapé de e-mails (ou algo mais démodé: tampas de caixas de fósforos). Há neles algo dos haicais, a poesia japonesa, com três linhas e um total de 21 sílabas - de certa forma, com o poder de concisão destes, mas a liberdade da prosa. Elo forte Escritores já brincaram nessa seara, como Jorge Luis Borges, Julio Cortázar, Millôr Fernandes, Dalton Trevisan, ainda que sem pensar no conceito de "microcontos". Literatura de alta velocidade? Drummond já antecipava que "escrever é cortar palavras", Hemingway sugeriu "corte todo o resto e fique no essencial" e João Cabral proclamou "enxugar até a morte". Sônia Bertocchi diz, no blog "Lousa digital": "Seguindo à risca a lição dos mestres, chegamos aos microcontos: 'miniaturas literárias' que cabem em panfletos, filipetas, camisetas, adesivos, postes, muros, tatuagens, cartão postal, hologramas, desenhos animados, arquitetura, instalação, música... e que podem ser lidas no ônibus, no metrô e... nas telas do computador (cá entre nós, um prato cheio para propostas atrativas de ensino de literatura e integração de novas tecnologias)". De certa forma, o microconto tem outra dimensão: ele é como uma ligação muito forte através de um furinho de agulha no universo, algo que permite projetar uma imagem de uma realidade situada em outra dimensão. Como se por meio desse furo, dois cones se tocassem nas pontas, um menor, que é o que está escrito no microconto, e outro maior, que é a imaginação a partir da leitura - pois, mais do que contar uma história, um microconto sugere diversas, abrindo possibilidades para cada um completar as imagens, o roteiro, as alternativas de desdobramento. Seja seu destino a publicação em celulares, camisetas, postais, folhetos na praia, cartazes nos postes, azulejos, hologramas, blogs, e-mails, no Twitter, o mero esquecimento ou o lixo, o microconto é um exercício de criatividade, síntese e algo muito divertido de escrever! Carlos Seabra é editor multimídia, coordenador editorial no núcleo Publicações Educação da TV Cultura. |
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