quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Karima Rashida El Mahroug: O affair Berlusconi

 

REUTERS
 
Na boate Karma, em Milão, a dançarina Karima El Mahroug (18), do Marrocos, é a pedra no sapato do primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi (74), que está sendo investigado de pagar para ter sexo com a garota, na ocasião com 17 anos. "Estive três vezes na casa dele e eram apenas jantares. Pelo que vi, ele não parece uma pessoa feliz. Acho que sofre de muita solidão", declarou a marroquina. Tanto Berlusconi quanto Karima afirmam que nunca tiveram relações sexuais, mas ela diz ter recebido 7000 euros após festa na casa de campo do italiano. O político, que já enfrenta acusações de fraudes e corrupção, disse que considera um absurdo a afirmação e que está em um relacionamento sério desde o fim de seu casamento, em 2009, com Veronica Lario (54).
 
 
 
 
 
 
.....
São Paulo, quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Berlusconi será julgado por trio de juízas de Milão
Italiano é acusado de pagar prostituta menor de idade e abuso de poder


Advogados do premiê estão impossibilitados de recorrer ao "legítimo impedimento" para liberá-lo do julgamento

BRUNO TORANZO
DE SÃO PAULO

O premiê da Itália, Silvio Berlusconi, será julgado, no dia 6 de abril, por pagar prostituta menor de idade e por abusar da autoridade que seu cargo lhe proporciona.
A sessão ocorrerá em um tribunal de Milão, sendo que os três magistrados nomeados para julgá-lo são mulheres, com destaque para a juíza Cristina Di Censo.
Foi ela quem determinou que Berlusconi seja julgado imediatamente ao aceitar a visão dos promotores de que os procedimentos comuns precisam ser deixados de lado por causa da "obviedade da evidência" contra ele.
Mesmo assim, Piero Longo, um dos advogados de Berlusconi, disse ao jornal "La Repubblica" que não vê problema no domínio feminino no julgamento.
"Que bom. As mulheres são sempre estimadas, às vezes até mesmo encantadoras", respondeu Longo.
A acusação diz que Berlusconi pagou a prostituta marroquina Karima el-Mahroug, conhecida como "Ruby, a ladra dos corações", quando ela tinha somente 17 anos.
O outro processo também envolve a jovem. Ela foi levada para uma delegacia acusada de roubo. Para libertá-la, Berlusconi usou sua influência ao dizer para os policiais que Ruby era sobrinha do então ditador do Egito, Hosni Mubarak, prisão que resultaria em crise diplomática entre os dois países.
Nicole Minetti, a conselheira da região da Lombardia, é acusada de ter buscado Ruby na delegacia a pedido do premiê. Minetti é apontada como a cafetina das festas sexuais de Berlusconi.
Os advogados que defendem o premiê terão 15 dias para decidir qual caminho jurídico seguirão.

IMPEDIMENTO
Dessa vez, não poderão alegar que Berlusconi possui um compromisso oficial no dia do julgamento, o chamado "legítimo impedimento", que fazia com que os processos fossem suspensos por, no mínimo, seis meses.
O Tribunal Constitucional derrubou a blindagem de Berlusconi no dia 13 de janeiro deste ano, o que possibilita a retomada das acusações que recaem sobre ele.
Como Berlusconi não tem a obrigatoriedade de comparecer, seus defensores podem optar por um julgamento fechado, mantendo a mídia no lado de fora.
Neste caso, o trio considerará só as provas apresentadas pelos promotores, o que representa forte possibilidade de derrota para o premiê.
A outra opção é julgamento com a presença de Berlusconi e aberto à imprensa, o que possibilitaria a contestação do material apresentado.
No domingo, milhares de italianos foram para as ruas com o objetivo de, segundo os líderes do protesto, recuperar a dignidade feminina. Muitos dos que se manifestaram pediram a renúncia de Berlusconi como forma de resgatar o orgulho italiano.
"Os empresários estão querendo que Berlusconi saia, mas temem pelas consequências econômicas, especialmente no que se refere à dívida soberana", disse à Folha o professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC, Giorgio Romano Schutte.
Possibilidade que o ministro da Justiça da Itália, Angelino Alfano, descartou.
"O premiê tem uma importante tarefa designada pelos italianos, um mandato que foi confirmado em ao menos três ocasiões", disse.


Com agências de notícias
.....

São Paulo, segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Mulheres pedem a saída de Berlusconi
Alessandro Bianchi/Reuters

Manifestantes na Praça do Povo, em Roma, mostram indignação com escândalos sexuais de premiê, acusando-o de degradar a dignidade feminina
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Centenas de milhares de mulheres italianas e apoiadores saíram às ruas em várias cidades do país e do mundo ontem para protestar contra o premiê Silvio Berlusconi, demonstrando indignação pelo escândalo sexual protagonizado pelo premiê com uma adolescente.
Segundo os organizadores da mobilização, os protestos tinham a intenção de falar contra a imagem "lesiva" que Berlusconi produz para a população feminina.
O movimento foi chamado de "Se não agora, quando?" e surgiu espontaneamente na internet com o apoio de grupos feministas.
Um dos seus pilares é se desvincular de qualquer tipo de ideologia política, ainda que destacados membros da oposição, como Antonio di Pietro, líder do partido Itália dos Valores, tenham aderido aos protestos pelo país.
O manifesto das mulheres denuncia "a representação indecente e repetida da mulher como objeto nu de comércio sexual nos jornais, na televisão e na publicidade".
Promotores de Milão dizem que Berlusconi pagou por sexo a um "número significativo" de jovens mulheres, incluindo a dançarina marroquina Karima El Mahroug, conhecida como Ruby, quando ela tinha menos que 18 anos, idade mínima permitida para ser prostituta na Itália. Berlusconi também é acusado de abuso de poder.
O premiê nega qualquer irregularidade e diz nunca ter pago por sexo. Segundo ele, promotores de esquerda motivados politicamente estão perseguindo-o e tentando destruir sua carreira.
Uma maré humana, formada por mulheres de todas as idades, mas que contou também com homens e crianças carregando cartazes, reuniu-se no principal centro dos protestos do país, a Praça do Povo, em Roma. Grande parte vestia lenços com o "D" de dignidade.
Mães, filhas, avós, maridos e namorados lotaram a praça, também preenchida por músicas como "Respect", de Aretha Franklin.
"Dignidade te defenderá", "Este governo nos ofende, levantemos a cabeça", "Quero uma política sem sexo" eram alguns dos slogans impressos em bandeiras que transbordavam na Praça do Povo.
A ministra da Educação, Mariastella Gelmini, descreveu as manifestantes como "pretensiosas heroínas habituais da esquerda, que saíram de suas salas de desenho para explorar questões femininas e atacar um governo que continua a ter o apoio da maioria dos italianos".
Paralelamente à concentração em Roma, foram realizadas outras com o mesmo tema, em Milão, Turim, Palermo, Nápoles, Trieste, Bolonha, entre outras 250 cidades italianas, que deram destaque para a mulher, que falaram alto e claro contra o primeiro-ministro. Anteontem, manifestações em 30 cidades italianas já tinham pedido a renúncia do premiê.
Além das fronteiras da Itália, os protestos foram ouvidos em cidades como Barcelona, Paris, Londres, Bruxelas, Praga, Frankfurt, Atenas e Genebra, onde, na sede da ONU, um cartaz dizia "se o tio Mubarak apresentou sua demissão, por que papai Silvio não faz o mesmo?"
Berlusconi não comentou os protestos.

.....

http://blogln.ning.com/profiles/blogs/mulheres-exigem-a-saida-de

Mulheres exigem a saída de Berlusconi


Por Altamiro Borges, em o Blog do Miro 

Enquanto a mídia nativa volta a dar amplos espaços para Silvio Berlusconi, na sua ofensiva pela extradição do ativista Cesare Battisti, a situação do primeiro-ministro italiano é cada vez mais delicada. Vários setores da sociedade exigem o fim do seu governo fascistóide, acusado de corrupção, remessa ilegal de divisas, desmandos e, novamente, de exploração sexual de menores.

"O delírio senil do primeiro-ministro"

O jornal espanhol “Público” noticia hoje que “mais de 10 mil mulheres se concentraram na Praça Scala, de Milão, como o propósito de ‘recuperar a dignidade" de um país que nas últimas semanas só fala das jovens que vendem seu corpo ao primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, com a promessa de dinheiro ou um posto de trabalho”.

Em apenas onze dias, mais de 60 mil pessoas também aderiram ao manifesto do jornal italiano L’Unita, que exige o fim “do delírio senil de um homem que tem dinheiro para pagar e comprar coisas e pessoas”. Essa foi a primeira reação da sociedade ao bisonho “caso Ruby”, no qual o bilionário foi acusado de pedofilia. Investigações descobriram que o primeiro-ministro participa de uma criminosa rede de prostituição no país.

“A Itália não é um prostíbulo”

A manifestação da Praça Scala teve a presença de inúmeras lideranças femininas do campo da política e da cultura. Susana Susana Camusso, secretária-geral da Cgil, um dos maiores sindicato na Itália, foi uma das oradoras. Placas ironizaram: “Não quero passar por Arcore”, a mansão onde Berlusconi promove suas festas, “A Itália não é um prostíbulo”.

Ela foi uma prévia do “protesto nacional pela dignidade da mulher”, convocada para 13 de fevereiro. Serão realizados ainda diversos atos para colher assinaturas em todo o país para pedir a demissão de “Il Cavaliere”. Enquanto isto, a mídia colonizada brasileira continua dando espaço ao pedófilo fascista e bravateiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário