sábado, 5 de fevereiro de 2011

A grande armação contra uma eleição honesta e segura no Brasil


Brizolistas vão ao Supremo contra a Dra Cureau

    Publicado em 05/02/2011
 
Sandra Cureau, "A Imparcialíssima"

O Conversa Afiada reproduz e-mail que recebeu do valente brizolista Osvaldo Maneschy que, há anos, porta a bandeira do “papelzinho:

Grande Paulo Henrique Amorim:
O Partido Democrático Trabalhista (PDT) conseguiu dar entrada nesta sexta (4/01), com assessoria técnica do engenheiro Amilcar Brunazo Filho e dos advogados Maria Aparecida Cortiz e Marcos Ribeiro, a uma representação no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir que a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) número 4543, impetrada pela Procuradora Geral em exercício do Ministério Público Federal (PGR), Dra. Sandra Cureau, acabe com a impressão do voto eletrônico prevista para 2014.
Como você sabe, a impressão do voto eletrônico – o “papelzinho” do Engenheiro Leonel -  – é a única maneira de auditar os resultados produzidos pelas máquinas de votar em uso no país – consideradas inseguras por serem totalmente dependentes de sofwares e não permitirem a recontagem.
A representação, chamada de amicus curiae, está muito bem fundamentada e foi acompanhada de quatro laudos elaborados por especialistas em tecnologia da informação: um da Universidade de Campinas, professor Jorge Stolfi; outro da Politécnica de São Paulo, Walter Del Picchia; outro do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), professor Clóvis Fernandes: e um quarto da Universidade Federal Fluminense, Michael Stanton, do Rio de Janeiro.
É fundamental, amigo Paulo, levar ao conhecimento da opinião pública essa história. O que está acontecendo é uma grande armação contra o direito de os brasileiros de terem uma eleição honesta e segura.
A Dra. Cureau entrou com essa ADIN no STF a pedido dos presidentes dos Tribunais regionais eleitorais que estiveram reunidos em Brasilia e lá foram apresentados a um video levado pelo presidente do TSE, ministro Lewendovski, preparado pela secretaria de informática do TSE – que sempre foi contra a impressão do voto eletrônico.
O vídeo contém um monte de barbaridades técnicas sobre a impressão do voto eletrônico. Exatamente as que a Dra. Cureau usou para embasar a sua ADIN. Para aprovar o “papelzinho” no Congresso, todas essas barbaridades foram devidamente desmontadas por especialistas.
A dra Cureau promoveu a ressurreição do Frankenstein. Entre as barbaridades, a suspeita de que a impressão do voto quebra o sigilo do voto e permite o eleitor votar várias vezes. Conversas para boi dormir.
Na verdade, conversa mole para que as coisas continuem do jeito que são atualmente, onde ela, a Secretaria de Informática do TSE, faz papel parecido com o da raposa que consegue entrar e tomar conta do galinheiro.
Essa turma sobrevive do marketing “a urna eletronica brasileira é 100% segura”, ou “o sistema eleitoral brasileiro é o mais avançado do mundo”.Gastam muitos milhões do Erário comprando máquinas sofisticadíssimas que ficam rapidamente obsoletas e criam um círculo vicioso. As máquinas de votar poderiam ser muito mais simples e seguras e, principalmente, muito mais baratas. Isso virou uma farra do boi.
As urnas brasileiras, totalmente dependentes de softwares, são rejeitadas em todos os países que estudaram ou estudam a sério sistemas eletrônicos de votação. Máquinas como as brasileiras são expressamente proibidas, por exemplo, em mais de 30 estados norte-americanos. O Paraguai não quis usá-las, porque os técnicos de lá foram fundo no assunto e descobriram, como os técnicos de informática daqui também já sabem, que elas podem ser programadas para produzir resultados e, por isso, são inseguras.
É preciso imprimir o voto para, aí sim, garantir que o resultado é honesto porque será possível conferi-lo através da recontagem. Em caso de dúvida, basta abrir o recipiente lacrado onde os votos impressos são guardados e recontá-los. Do jeito que a lei está, a recontagem é automática em certo número de urnas, para conferir se o resultado eletrônico está correto. É uma espécie de onanismo eletrônico: a urna eletronica se pergunta se a urna eletrônica funcionou.
Temo que o “papelzinho” pelo qual o velho Leonel Brizola tanto lutou, possa dançar. Ou será que estou vendo fantasmas?
Será outra contribuição do Brasil à História do Ocidente, como diz você !

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