quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Viktor Bout, o "senhor das armas"

São Paulo, quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Tailândia extradita aos EUA "senhor das armas"  
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Após quase três anos de uma batalha judicial e diplomática que reavivou rivalidades da Guerra Fria, a Tailândia extraditou ontem para os EUA o suposto traficante de armas russo Viktor Bout, 43, ou o "mercador da morte".
Bout foi embarcado ainda de madrugada, no aeroporto de Bancoc, em um voo fretado pelos EUA na companhia de oito funcionários americanos, logo após sua extradição ser autorizada pelo premiê local, Abhisit Vejjajiva.
Sua chegada a um aeroporto não revelado dos EUA estava prevista para ocorrer no final da noite de ontem.
O ex-oficial da Força Aérea da União Soviética responderá pelas acusações de tráfico de armas desde os anos 90 para ditadores e várias áreas de conflitos na África, América do Sul e Oriente Médio.
Ele teria utilizado suas relações para comprar, a preços menores, arsenais e armas de ex-repúblicas soviéticas ou de aliados de Moscou depois da queda da potência comunista e revendê-los.
Se condenado pela Justiça dos EUA, Bout pode ser sentenciado à prisão perpétua.
Bout foi preso em um hotel de luxo de Bancoc em março de 2008, após uma operação conjunta entre EUA e Tailândia que simulou uma tentativa de compra de armamento por um falso integrante das Farc (as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
O suposto traficante russo, que por anos violou sanções da ONU e dos EUA contra suas transações e viagens, nega as acusações e as qualifica de "fantasia americana".
Bout inspirou o personagem do filme "O Senhor das Armas" (2005), protagonizado pelo ator Nicolas Cage.  ( http://www.imdb.com/title/tt0399295/ )
A decisão de Bancoc pela extradição foi precedida de intensas pressões diplomáticas tanto dos EUA como da Rússia, que queria a volta do ex-oficial soviético a Moscou.

REAÇÕES
A Chancelaria russa qualificou de "lamentável" a decisão, acusou a Justiça tailandesa -que havia autorizado a extradição no mês passado- de ceder a Washington e prometeu recorrer a "todas as medidas necessárias" para defender o cidadão russo.
"O que aconteceu não pode ser caracterizado senão como interferência na administração da Justiça", disse Moscou, que rejeita as acusações de que Bout traficava.
Analistas dizem que a oposição russa à extradição do suposto traficante se deve a conhecimentos que ele detém das operações militares e de inteligência de Moscou.
"Nosso trabalho foi decidir o que era certo. Não é possível agradar a todos", afirmou o premiê tailandês, Vejjajiva.
Na decisão do mês passado, a Justiça da Tailândia determinara que Bout deveria ser extraditado ou então solto até o próximo dia 20.
A Casa Branca admitiu que a extradição de Bout poderá causar "marolas", mas não "ondas", nas relações entre EUA e Rússia, que promovem propalado "recomeço".
O processo do suposto traficante deverá se basear nas acusações de venda de armas para as Farc. Para analistas, essa abordagem impede que venham à tona as relações de Bout com regimes e ditadores em lugares como a África, muitos dos quais aliados do governo dos EUA.
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http://www.areamilitar.net/noticias/noticias.aspx?nrnot=521

07.03.2008

Capturado Viktor Bout, maior traficante de armas do mundo















Russo tem ligações às FARC colombianas

Aparentemente e segundo a imprensa da Venezuela e da Tailândia, o maior traficante de armas do mundo, o russo Viktor Bout, foi preso na Quinta-Feira no super luxuoso hotel Sofitel-Bangkok na Tailândia numa operação em que colaboraram autoridades norte-americanas da DEA, entidade de luta contra o tráfico de drogas e autoridades policiais tailandesas.

Informações não confirmadas, afirmam que Viktor Bout foi capturado após uma operação em que operacionais da DEA norte-americana se fizeram passar por compradores das FARC, organização que já tinha negociado com o traficante russo. Outras informações não confirmadas e divulgadas pela imprensa da Venezuela, apontam para que a captura de Viktor Bout, se tenha logrado devido ao cruzamento de informações já disponíveis com dados encontrados no passado fim-de-semana depois que foram recuperados computadores em posse do narcotraficante colombiano Raul Reyes, morto numa operação das forças colombianas em território do Equador, que despoletou uma crise internacional.


Viktor Bout, antigo agente do KGB, e ex militar da Força Aérea Soviética
, ganhou muito dinheiro com os seus contactos com as máfias russas, ligadas ao antigo KGB e à nomenklatura do Partido Comunista da União Soviética, que continuaram a controlar grandes stocks de armas roubadas a seguir ao colapso da URSS. Muitas dessas armas, dezenas ou mesmo centenas de milhares de espingardas automáticas AK-47 e derivadas bem como milhões de munições, desapareceram pura e simplesmente de circulação na Ucrânia e na Rússia.

Sabe-se que Viktor Bout vendeu armamento de origem soviética à Serra Leoa, à UNITA em Angola e às milícias do ex-Zaire. Também estabeleceu fortes contactos e negócios com a Al Qaeda, o movimento Talibã no Afeganistão, e com as FARC da Colômbia.


Trata-se de uma pessoa com
formação superior, tendo cursado línguas, fala seis idiomas diferentes.

As ligações entre Viktor Bout e as FARC não são de agora, mas se inicialmente a indicação de que os documentos encontrados nos computadores do narcotraficante colombiano Raul Reyes sobre urânio eram vistas como algo estranhas, a ligação com a Máfia russa torna a possibilidade muito mais credível.


Desapareceram na antiga União Soviética, sem que até ao momento o seu paradeiro tenha sido determinado, várias pequenas maletas (valises) com bombas atómicas em miniatura, as quais podem ser comercializadas no mercado internacional.


Alegadamente, Viktor Bout, preparava-se para negociar a venda de um novo lote de armamento com as FARC e as negociações deveriam ter lugar na Tailândia. A forma de contactar o traficante russo encontrava-se nos computadores das FARC capturados no Equador.


Il-76 e BAC-1-11: Alguns dos maiores aviões na frota do traficante de armas.

Entre outras armas que foram oferecidas por Viktor Bout às FARC e que deveriam ser negociadas na Tailândia, encontravam-se mísseis terra-ar.
O sistema de entregas da organização de Viktor Bout, conta com uma força aérea própria
, que segundo várias fontes conta com até 30 aeronaves, que se responsabilizam pelas entregas. Na inexistência de campo de pouso, os fornecimentos chegam a ser lançados de para-quedas, como foi o caso de um fornecimento às FARC entre 1998 e 1999.

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