Livro debate novas tendências do crime organizado transnacional
Redação
Acontece no próximo dia 6 de dezembro o lançamento do livro "Novas Tendências da Criminalidade Transnacional Mafiosa" , organizado por Alessandra Dino e Wálter Fanganiello Maierovitch. O evento será no Iate Clube de Santos (av. Higienópolis, 18, São Paulo), às 20h.
No livro, toda a complexidade das organizações mafiosas e de suas articulações no campo político, econômico e informacional é esmiuçada por pesquisadores e juristas de diferentes países. Alessandra Dino, professora da Universidade Estadual de Palermo, e Wálter Fanganiello Maierovitch, presidente do Instituto Brasileiro Giovanni Falcone de Ciências Criminais, são os responsáveis pela coletânea, um lançamento da Editora Unesp que vem suprir a lacuna de referências para a análise e compreensão do crime organizado no Brasil e de suas ramificações internacionais.
Os autores destacam o fortalecimento de organizações criminosas como a siciliana Cosa Nostra e a islâmica Al‑Qaeda nas últimas décadas e relembram que elas constituem um “perigo real à segurança nacional, aos direitos da pessoa humana e à estabilidade dos Estados soberanos”, como atestaram os 140 países presentes à Conferência de Nápoles, realizada entre 21 e 23 de novembro de 1994. Essa Conferência evoluiu para a primeira Convenção Mundial sobre Crime Organizado Transnacional, realizada em Palermo, em 2000.
As Nações Unidas, nas duas ocasiões, destacaram o “alto preço pago ao crime organizado internacional em termos de vidas humanas” e seus efeitos nas economias nacionais e sobre o sistema financeiro mundial – questão que se evidencia com o fluxo de cerca de US$ 400 bilhões anuais movimentados pelo tráfico. Em 2009, diante da crise econômico-financeira mundial, o czar antidrogas das Nações Unidas, o italiano Antonio Costa, chamou a atenção para o fato de que foi o dinheiro sujo das drogas a salvaguarda do sistema interbancário internacional.
Os ensaios reunidos apresentam em nove diferentes âmbitos temáticos as peculiaridades dessas redes ilegais, desde os crimes de colarinho branco até a estrutura da empresa mafiosa, passando pela psicologia criminosa, a economia paralela e os poderes ocultos, entre outros temas – todos abordados com profundidade e exemplificados com muitos dados. A situação brasileira é contemplada em texto específico, que investiga as relações entre governo, narcotráfico, jogo do bicho e Carnaval.
Sobre os organizadores
Alessandra Dino é professora adjunta de Sociologia Jurídica na Universidade Estadual de Palermo. Autora de vários obras e artigos, conquistou o prêmio europeu com duas obras: La Máfia Devota e Donne di Mafia.
Wálter Fanganiello Maierovitch é presidente do Instituto Brasileiro Giovanni Falcone, desembargador do Tribunal de Justiça, ministro no governo Fernando Henrique, professor de pós-graduação em direito penal e processual penal, além de professor-visitante da Universidade de Georgetown (Washington-EUA). Recebeu, do presidente italiano Oscar Scalfaro a comenda de cavaleiro da República pela luta antimáfia, com risco pessoal. Maierovitch é colunista da revista Carta Capital e comentarista do Terra Magazine, revista eletrônica do portal Terra.
No livro, toda a complexidade das organizações mafiosas e de suas articulações no campo político, econômico e informacional é esmiuçada por pesquisadores e juristas de diferentes países. Alessandra Dino, professora da Universidade Estadual de Palermo, e Wálter Fanganiello Maierovitch, presidente do Instituto Brasileiro Giovanni Falcone de Ciências Criminais, são os responsáveis pela coletânea, um lançamento da Editora Unesp que vem suprir a lacuna de referências para a análise e compreensão do crime organizado no Brasil e de suas ramificações internacionais.
Os autores destacam o fortalecimento de organizações criminosas como a siciliana Cosa Nostra e a islâmica Al‑Qaeda nas últimas décadas e relembram que elas constituem um “perigo real à segurança nacional, aos direitos da pessoa humana e à estabilidade dos Estados soberanos”, como atestaram os 140 países presentes à Conferência de Nápoles, realizada entre 21 e 23 de novembro de 1994. Essa Conferência evoluiu para a primeira Convenção Mundial sobre Crime Organizado Transnacional, realizada em Palermo, em 2000.
As Nações Unidas, nas duas ocasiões, destacaram o “alto preço pago ao crime organizado internacional em termos de vidas humanas” e seus efeitos nas economias nacionais e sobre o sistema financeiro mundial – questão que se evidencia com o fluxo de cerca de US$ 400 bilhões anuais movimentados pelo tráfico. Em 2009, diante da crise econômico-financeira mundial, o czar antidrogas das Nações Unidas, o italiano Antonio Costa, chamou a atenção para o fato de que foi o dinheiro sujo das drogas a salvaguarda do sistema interbancário internacional.
Os ensaios reunidos apresentam em nove diferentes âmbitos temáticos as peculiaridades dessas redes ilegais, desde os crimes de colarinho branco até a estrutura da empresa mafiosa, passando pela psicologia criminosa, a economia paralela e os poderes ocultos, entre outros temas – todos abordados com profundidade e exemplificados com muitos dados. A situação brasileira é contemplada em texto específico, que investiga as relações entre governo, narcotráfico, jogo do bicho e Carnaval.
Sobre os organizadores
Alessandra Dino é professora adjunta de Sociologia Jurídica na Universidade Estadual de Palermo. Autora de vários obras e artigos, conquistou o prêmio europeu com duas obras: La Máfia Devota e Donne di Mafia.
Wálter Fanganiello Maierovitch é presidente do Instituto Brasileiro Giovanni Falcone, desembargador do Tribunal de Justiça, ministro no governo Fernando Henrique, professor de pós-graduação em direito penal e processual penal, além de professor-visitante da Universidade de Georgetown (Washington-EUA). Recebeu, do presidente italiano Oscar Scalfaro a comenda de cavaleiro da República pela luta antimáfia, com risco pessoal. Maierovitch é colunista da revista Carta Capital e comentarista do Terra Magazine, revista eletrônica do portal Terra.
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