domingo, 21 de novembro de 2010

Talvez de um jovem como este...

Quando eu ainda era um rapazola, com uns 19 anos, minha mãe (Dona Lina) contou que havia feito uma coisa que eu não deveria gostar. Ela havia dado uma calça, uma camisa e um par de sapatos a um rapaz que lhe pareceu ser boa gente e que não conseguia emprego porque andava muito mal vestido. E o “traje” era meu.
Confesso que não gostei muito, mas também não reclamei.

Meses depois, tocaram a campainha e fui atender. Era um rapaz da minha idade vestindo uma roupa muito conhecida minha...
- Sua mãe está?

Chamei ela e fiquei ouvindo. Ele estava lhe trazendo um buquê de rosas como agradecimento, informou que já estava trabalhando e pediu para ela me agradecer pela roupa.

Talvez um jovem como este. Sabe quem é ele?


 Imagem Activa

É o Lula quando jovem.

Gostaria de saber como está aquele rapaz, agora, coroa. E aproveito para dizer algumas coisas que essa história me fez pensar.
Não é diminuindo os grandes, mas ajudando os pequenos a crescerem, que construiremos um Brasil vitorioso, feliz e mais humano.
Existe, é claro, uma elite útil, produtiva, responsável e fraterna. Mas, infelizmente, também existe uma elite inútil, improdutiva, parasita, sádica e medíocre. Uma caricatura de elite.

Quem nunca passou fome na vida não sabe o que isso significa de verdade. Fazer parte dessa estatística é ser apenas um numero. E número não tem estômago e não precisa de energia para sobreviver, lutar e crescer.

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