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Folha.com, 21 de abril de 2015
Pulitzer premia série sobre violência doméstica
Das Agências de Notícias
Com uma série de reportagens que mostra que o número de mulheres mortas por seus companheiros na Carolina do Sul na última década é três vezes maior que o de baixas de militares do mesmo Estado nas guerras do Afeganistão e do Iraque juntas, o jornal local "The Post and Courier" levou o principal prêmio Pulitzer, o maior do jornalismo nos EUA.
O trabalho "Till death do us part" (Até que a morte nos separe) venceu na categoria "serviço público". O prêmio foi anunciado nesta segunda (20) na Universidade Columbia, em Nova York.
"[A série] colocou o tema de 'o que vamos fazer sobre isso' na agenda do Estado", diz a justificativa dos jurados.
O jornal, que tem circulação diária de 85 mil exemplares, iniciou a apuração em setembro de 2013, quando foi divulgado que a Carolina do Sul liderava o ranking de assassinatos de mulheres nos EUA
.
"Ver a nossa infame e intransigente lei estadual avançar foi realmente recompensador", disse o editor-executivo do jornal, Mitch Pugh.
"The New York Times" teve três trabalhos premiados. A série sobre a epidemia de ebola no oeste africano levou os prêmios de melhor cobertura internacional e de fotografia para série especial.
O outro foi de reportagem investigativa, com uma série sobre a influência de lobistas sobre promotores públicos nos EUA. O prêmio foi dividido com "The Wall Street Journal", que trouxe um projeto especial sobre o programa de assistência médica Medicare.
O "The Washington Post" ganhou o prêmio de reportagem nacional por sua cobertura sobre os problemas do Serviço Secreto americano.
O "St. Louis Post-Dispatch" foi premiado por suas imagens dos protestos em Ferguson, no Missouri.
FICÇÃO
O romance "Toda Luz que Não Podemos Ver", de Anthony Doerr, que acaba de ser lançado no Brasil, pela Intrínseca, foi o vencedor de ficção.
Com mais de 500 páginas, o romance, de 2014, conta a história de uma garota parisiense que fica cega e se muda com o pai para uma cidade menor durante a ocupação nazista e do órfão Werner, que vive na Alemanha e se encanta com um rádio localizado no lixo.
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