Chilenos seguram bandeira com imagem do ex-presidente Salvador Allende.
O líder socialista morreu em 11 de Setembro de 1973
O líder socialista morreu em 11 de Setembro de 1973
Vídeo sobre o 11 de setembro de 1973 no Chile que não é destacado na mídia.
Qual o motivo de não reportarem nada se foi mais nefasto que o 11 de setembro de 2001, noticiado tão exaustivamente?
Dados recentemente divulgados, confirmaram aproximadamente 40.000 vítimas na ditadurad de Pinochet.
Imágenes del Golpe: Chile, 11 de septiembre de 1973
En la madrugada del 11 de septiembre las Fuerzas Armadas toman la ciudad de Santiago. El subdirector de Carabineros, General Jorge Urrutia, es avisado desde Valparaíso que la infantería de Marina está en las calles y ha empezado a tomar posiciones de combate. Urrutia telefonea al Presidente, quien se encuentra en su residencia de Tomás Moro. Allende, calmado, pide ubicar a Pinochet y a Leigh, pero están inubicables. A las 7.15 horas Allende, en su automóvil Fiat 125, y el GAP se enfilan hacia la Moneda, llegan veinte minutos después…Comienza así la último día en la vida del Mandatario.
Allende viste una chaqueta y un pantalón marengo. Carga con un fusil AK-47 Kalashnikov, regalo de Fidel Castro, y el GAP ingresa al palacio de gobierno dos ametralladoras y tres RPG-7, además de sus armas personales... Allende trata de obtener información sobre el movimiento, al no poder contactar a Pinochet exclama, "Pobre Pinochet, debe estar preso".
Paralelamente llega a esas horas Pinochet al comando de telecomunicaciones, en Peñalolén, con capacidad de anular las comunicaciones de algunas emisoras de radio. En el lugar se organizan las redes de comunicaciones con las demás ramas de las Fuerzas Armadas, especialmente con Leigh y con Patricio Carvajal, que será el coordinador de todo el golpe.
A las 9.55 los tanques ingresan en el perímetro de La Moneda y comienza el ataque.
Francotiradores apostados en los altos edificios aledaños los tratan de repeler, y se inicia la balacera, pero La Moneda aún no era atacada.
A las 10.15, a través de Radio Magallanes (la única pro-gubernamental aún no silenciada), Allende emite su último e histórico mensaje a la Nación... "Quizás sea ésta la última oportunidad en que me pueda dirigir a ustedes. ...."
A las 10.30 los tanques abren fuego contra la Moneda, les siguen las tanquetas y los soldados, fuego que es respondido por los miembros del GAP y francotiradores apostados en los edificios aledaños.
Palacio de la Moneda en llamas. A las 11.52 los aviones Hawker Hunter británicos inician su ataque a La Moneda, disparando en cuatro oportunidades sus cohetes Sura 3 sobre la casa de gobierno, el daño causado es devastador. Tal como lo demuestran los videos hechos por los canales de televisión, desde la azotea del Hotel Carrera frente al costado oeste de la Plaza de La Constitución...
El ataque prosigue al palacio de gobierno con el uso de gases lacrimógenos, pero al ver que La Moneda todavía se negaba a rendirse, el general Javier Palacios decide tomarla y envía a un grupo de soldados a derribar la puerta del palacio, son las dos y media de la tarde. Dentro le gritan a Allende: ¡Presidente!, ¡el primer piso está tomado por los militares! ¡dicen que deben bajar y rendirse!.
Entonces, según el testimonio de uno de sus doctores, Patricio Guijón, Allende grita ¡Allende no se rinde, milicos de mierda! y con el fusil AK-47 que le había regalado Fidel Castro se dispara en la barbilla....
Los bomberos apagaron el fuego de La Moneda entre las 14:30 y las 16 horas…
A las 18 se reunieron y se abrazaron en la Escuela Militar los cuatro comandantes máximos de las Fuerzas Armadas.. La junta golpista toma el poder del país.
La Unidad Popular y su presidente habían muerto, se iniciaban los 17 años del régimen militar encabezados por el Comandante en Jefe del Ejército, Augusto Pinochet.
Ditadura chilena foi das mais violentas da América Latina no século XX
Augusto Pinochet chegou ao poder através de um golpe militar contra o governo do presidente constitucional Salvador Allende, no dia 11 de setembro de 1973, quando o Palácio de La Moneda (‘a Moeda’, em Português) foi cercado por tropas do exército e bombardeado pela Força Aérea. As primeiras agressões à democracia naquele fatídico 11/09 começaram nas primeiras horas da manhã, por iniciativa da Armada (Marinha) Chilena, comandada por um dos principais conspiradores, o almirante Toríbio Merino.
Sitiado em La Moneda pelas tropas golpistas, o presidente Allende , após horas de heróica e brava resistência ao lado de um fiel grupo de seguidores, cumpriu sua promessa de ‘governar até o fim’ e ‘não renunciar ao mandato que o povo lhe dera’. Suicidou-se na tarde do dia 11, sem entregar-se aos fascistas que o combatiam.
Torturas e prisões em massa
Milhares de pessoas foram presas e torturadas logo nas primeiras horas após o golpe. Transformado em centro de torturas e execuções, o Estádio Nacional do Chile foi palco da destruição, física e psicológica, do cantor e compositor comunista Victor Jara, entre vários outros militantes que tiveram suas vidas burtalmente ceifadas pela ditadura.
O golpe de 11 de setembro de 1973 foi apoiado tacitamente pelos governos dos Estados Unidos e da Inglaterra, países imperialistas que, na época, tiveram contrariados poderosos interesses de suas corporações transnacionais.
Contrariando interesses do imperialismo
Entre outras medidas que contrariaram abertamente os interesses imperialistas no Chile e na América Latina, as políticas econômica e social praticadas pelo governo Allende (1970-1973) nacionalizaram as minas de cobre, promoveram a reforma agrária e estimularam, em Santiago e outras importantes cidades do país, como Valparaíso, a formação dos chamados ‘cordões industriais’: organismos controlados diretamente por operários, camponeses e militantes com a finalidade de ‘integrar’ e ‘garantir’ a produção e distribuição de alimentos e produtos básicos numa determinada área geográfica. Nas cidades atuavam ainda os Comandos Comunitários, com funções semelhantes.
Além dos cordões industriais, o processo chileno baseava-se na formação das comunidades agrícolas, responsáveis pela discussão, junto aos camponeses, da necessidade de uma reforma agrária controlada pelos trabalhadores, com a produção voltada para as necessidades sociais e econômicas do país, e não para especulação.
Sabotagens e ações encobertas
A reação dos setores empresariais e de direita nacionais e estrangeiros, vinculados ao imperialismo, não se fez tardar. A produção e o abastecimento das cidades passou a ser constantemente sabotada por locautes (greves patronais) de caminhoneiros e outros setores estratégicos, muitas das quais financiadas diretamente por organizações empresariais e pelo governo dos EUA, através da CIA (Agência Americana de Inteligência e Espionagem) nas chamadas ‘operações encobertas’, ou covert actions’. Segundo o cientista político Moniz Bandeira, em seu livro ‘Formula para o Caos – A Derrubada de Salvador Allende’ (Editora Civilização Brasileira, 2008), essas ‘operações’ também incluíram atentados terroristas e assassinatos.
Nos meios de comunicação — a maioria controlada por grandes financistas e latifundiários chilenos — estimulavam-se diariamente críticas histéricas ao governo socialista, algumas pedindo abertamente a intervenção golpista contra Allende.
Unidade Popular e a caracterização do Chile
Produto de uma coalizão de forças progressistas e de esquerda com segmentos pequeno-burgueses e de parte da classe média chilena, o governo de Allende ascendeu ao poder pelo voto e assentava na chamada Unidade Popular (UP), tendo à frente os partidos Socialista e Comunista (liderado por Luis Corvalán), além de organizações como o Movimiento de Ação Popular Unitária (MAPU) e a Izquierda Cristiana (IC). Fora da UP, o tencionamento à esquerda era feito pelo Movimiento de Izquierda Revolucionária (MIR), de inspiração castrista, e por setores do próprio Partido Socialista, liderado pelo Senador Carlos Altamirano, que preconizavam a luta armada para sustentar o governo Allende e fazê-lo avançar no aprofundamento de suas reformas. O pressuposto era o de que o Chile vivia uma situação ‘revolucionária’ ou ‘pré-revolucionária’, marcada pela dualidades de poderes e crescente debilidade das instituições-chave do Estado, como as forças armadas.
Na opinião de Moniz Bandeira, este teria sido o ‘grande equívoco’ de compreensão do processo chileno por parte dos setores mais à esquerda da UP, que, segundo o autor, ‘não souberam perceber a diferença entre uma conjuntura de ‘ascenso de massas’ e uma situação efetivamente ‘revolucionária’. Para Moniz, as instituições básicas do Estado, como as forças armadas, não estavam fracionadas e divididas ideologicamente de forma irreversível, como se supunha à época.
Via Chilena ao socialismo e fracasso de acordo
Uma das principais discussões conceituais e polêmicas que se fazia à época do governo Allende era a da ‘via chilena para o socialismo’, segundo a qual era possível, através de um processo cumulativo de profundas reformas econômicas e sociais, alterar substancialmente as estruturas da sociedade chilena, sem que fosse necessária uma ruptura institucional, como se verifica na forma clássica das insurreições revolucionárias. Esta era a perspectiva da maioria dos integrantes da UP.
Três semanas antes do golpe militar, e após mais um locaute de caminhoneiros, Allende tentou um ‘acordo de governabilidade’ com setores da Democracia Cristã (DC), do ex-presidente Eduardo Frei (1964-1970), representante dos interesses empresariais e de parcela expressiva da burguesia chilena, com maioria no parlamento. As conversações, no entanto, fracassaram porque a DC exigiu a reversão de todas as medidas econômicas de caráter popular já implementadas por Allende. A Democracia Cristã passou, a partir daí, a trabalhar ainda mais intensamente no apoio ao golpe.
Erro fatal na nomeação de Pinochet
Em meio à turbulência política, imediatamente após o lockout de caminhoneiros Pinochet foi nomeado por Allende comandante do Exército Chileno, a conselho do general legalista Carlos Prats — posteriormente assassinado pela ditadura, em Buenos Aires —, que o considerava ‘um militar leal’ às instituições.
Foi o golpe de misericórdia para o governo Allende. Cada vez mais debilitado econômica e politicamente, o governo foi pouco a pouco sendo minado em sua base de apoio dentro e fora da UP. À direita, pela preparação do golpe em gestação, e que teve em Pinochet, no almirante Merino e na CIA seus principais articuladores. À esquerda, pela perda de autoridade ante processos — como os cordões industriais, as assembléias populares e as comunas campesinas — que já não mais controlava, num contexto de total desorganização da produção. O governo Allende pereceu em 11 de setembro de 1973 sem que pudesse articular uma resistência popular em larga escala.
Neoliberalismo da ditadura
No plano econômico, a ditadura chilena reverteu praticamente todas as principais medidas e políticas nacionalizantes do governo deposto, abrindo a economia do país às multinacionais e estabelecendo relações de total subserviência aos EUA e ao imperialismo. Em certo sentido, muitas das medidas ultraliberalizantes na área econômica, e que posteriormente seriam adotadas em outros países latino-americanos, foram experimentadas inicialmente no Chile de Pinochet.
Uma das situações mais absurdas sobre Pinochet foi sem dúvida o fato de o ditador ter morrido em 2006 sem ir a julgamento internacional pelas atrocidades cometidas em seu regime.
Como mancha e vergonha na história do Brasil, cumpre lembrar que o governo Médici foi o primeiro do Cone Sul a reconhecer oficialmente a ditadura chilena.
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