sábado, 3 de setembro de 2011

Boicote de produtos israelenses vem estrangulando a economia do país

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MONTBLÄAT – 408 –  Rio de Janeiro, 3 de setembro de 2011

CAMPANHA DE BOICOTE DE PRODUTOS DE ISRAEL E INVASAO PREVISTA


Nahum Benhamin Sirotsky


Israel - O YNET, portal do diário Ultimas Noticias, o jornal de maior circulação do país, afirma hoje que “o boicote de produtos israelenses de exportação vem estrangulando a economia do país”.
Cita o exemplo o boicote as exportações de flores por mais de 20 grandes importadores de 13 países europeus. Lembra o boicote de pimentões, frutas cítricas, melões, cenouras, e outros produtos da agricultura que transformaram o deserto. A Agrexco, principal empresa exportadora de produtos agrícolas, é o grande alvo e recentemente declarou falência.
A tática de boicote foi de decisiva influência no fim do apartheid da África do Sul, a radical separação entre brancos e negros, destaca a investigação do diário. A campanha contra Israel aproveita a experiência dos partidários do fim do regime racista que fez de Nelson Mandela uma figura internacional.
A campanha contra os produtos de Israel emprega antigas expressões marxistas como acusações de imperialismo e colonialismo. O fato de Israel ter 22 mil quilômetros quadrados de área, dos quais dois terços são o deserto do Neguev, não muda a tática. Os lideres sabem que apenas um pequeno percentual tem consciência deste fato.
E fazer das flores bode expiatório foi acertar no alvo. Israel é dos maiores exportadores de flores do mundo. E a falência da Agrexco trouxe sérias consequências para centenas de produtores. Um grande numero de pequenos produtores agrícolas que maximizam seus espaços com o emprego de tecnologias em permanente atualização, foram vitimados.
O boicote é inspirado por organizações palestinas, e em setembro deverá ser ampliado. Ate o momento – se as previsões se confirmarem – tudo leva a crer que será um mês de conflitos. No dia 21, Abu Mazen, o presidente da Autoridade Palestina, criada como um passo no sentido da criação do estado palestino, pretende proclamá-lo num discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque.
E é provável seja aprovado pela maioria necessária de dois terços. Dependerá então do Conselho de Segurança, onde é provável, mas não certo, o veto americano.
Prevê-se que um grande numero de refugiados palestinos que vivem nos países árabes vizinhos comemorem vitória na Assembleia Geral e tentem se infiltrar em Israel pelas fronteiras marcadas por arame farpado. Viriam desarmados, afirma-se. Mas ninguém ousa prever o que acontecera.

Nahum Benhamin Sirotsky (São Paulo, 19 de dezembro de 1925) jornalista em atividade há quase setenta anos. Hoje vive em Tel Aviv. Foi o primeiro correspondente brasileiro nas Nações Unidas, logo após a criação da entidade, em 1945 e criador da influente revista Senhor, na década de 1950. Trabalhou nos principais jornais brasileiros: Jornal do Brasil, O Globo, Estado do S. Paulo, Zero Hora em revistas como a Manchete e Visão.

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