segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O terrorismo de Estado na Colômbia


Trabalho de arte/divulgação de areitoimagen.blogspot.com
 
Merece ser de conhecimento público. Denuncia o terrorismo de estado do Plano Colômbia sob a batuta do governo dos EUA.
 
Recuadro de Datos
 
 
 
Marisela tenía 5 meses de embarazo al momento de perder su 2 bebés por torturas del Estado colombiano.

Marisela Uribe García denunció la mayor fosa común del continente, en la Macarena, gigantesca fosa con 2000 cadáveres producto de los asesinatos de la fuerza Omega del ejército colombiano, Plan ColombiaEn represalia fue encarcelada y torturada por el EstadoUrge solidaridad internacional con el pueblo colombiano.

Luego de tratos crueles e inhumanos a los que fue sometida durante su detención en las instalaciones del DAS de Bogotá, y no atención médica adecuada en el establecimiento carcelario del mujeres, Buen pastor; los bebes de Marisela no resistieron su llegada al mundo.
El día 13 de septiembre del 2010 fue trasladada a la cárcel de mujeres Buen Pastor de Bogotá; a pesar de que se le suministró una breve atención medica, sólo hasta pasada una semana se le practicaron los exámenes de embarazo en los que se pudo determinar que se encontraba embarazada de gemelos y que tenía casi 5 meses.
En lo corrido del mes y 7 días que permaneció en la cárcel el Buen Pastor, Marisela fue sacada en tres ocasiones al Hospital por Urgencias ya que el sangrado que fue permanente se aumentaba y ponía en riesgo la vida de los bebes, en todas las ocasiones el médico advirtió que necesitaba reposo absoluto y que su embarazo era de un altísimo riesgo, a pesar de esto el INPEC no la hospitalizó.
El 22 de octubre del 2010 a las 12: 30 P.m, en el Hospital Simón Bolívar murieron los bebes de la compañera, luchadora social y defensora de Derechos Humanos MARISELA URIBE GARCIA
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El 14 de octubre, en Arauca, Colombia, tres niños, Jefferson Torres (de 6 años), Jimmy Torres (9 años) y Jenny Narvey Torres (14 años), fueron secuestrados, violados y asesinados por soldados de la Octava división del Ejército colombiano.
Unos campesinos de la región, entre los cuales estaba el quebrado padre, encontraron los cuerpecitos torturados en una fosa común. Se ha encontrado sangre en los morrales de 8 de los 60 soldados de esa unidad del ejército, y semen en los cuerpitos amoratados de los niños. Además al menos 8 militares presentan rasguños.
Se trata de un crimen realizado por unos hombres amparados por la impunidad y la costumbre a las prácticas de Terrorismo de Estado. 
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América Latina

1 de Outubro de 2010 - 11h30

Piedad Córdoba e a sua luta pela paz

Por Fidel Castro, em Cuba Debate

Frente a uma medida tão inusitada e drástica contra a titular de um mandato eletivo da maior instituição legislativa do Estado, ela não tem outra alternativa senão recorrer ante o próprio Procurador Geral que criou a medida.

Era lógico que tal arbitrariedade provocasse um forte rechaço, expressado pelas mais diversas personalidades políticas, incluindo ex-prisioneiros das Farc e familiares dos que foram liberados através dos esforços da senadora, o ex-candidatos presidenciais, pessoas que ocuparam este alto cargo, outros que foram, ou são, senadores ou membros do Legislativo.

Piedad Córdoba é uma pessoa inteligente e corajosa, expositora brilhante, de ideias bem articuladas. Há poucas semanas, nos visitou, juntamente com outras figuras proeminentes, incluindo um sacerdote jesuíta de notável integridade. Vinham animados por um profundo desejo de buscar a paz para seu país e pediam a ajuda de Cuba, lembrando que, durante anos, e, a pedido do próprio governo da Colômbia, emprestamos nosso território e a nossa colaboração para as reuniões realizadas na capital do nosso país, entre representantes do governo da Colômbia e o ELN.

Não me surpreende, no entanto, a decisão tomada pelo Procurador Geral, que reflete a política oficial do país praticamente ocupado pelas tropas ianques.

Eu não gosto de falar com meias palavras e direi o que penso. Na semana passada, estava prestes a iniciar o debate geral do 65º Período de Sessão da Assembléia Geral da ONU. Durante três dias, se haviam discutido as penosas metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, e quinta-feira, 23 de setembro, se iniciava a Assembleia Geral, com a participação de chefes de Estado e de altos representantes de cada país.

O primeiro a fazer uso da palavra seria, como de costume, o Secretário Geral da ONU e, imediatamente depois, o presidente dos Estados Unidos, país anfitrião da Organização e suposto proprietário do mundo. A sessão começava às 9 da manhã. Naturalmente, eu estava interessado em saber o que diria o ilustre Barack Obama, prêmio Nobel da Paz, assim que concluísse Ban Ki-Moon. Ingenuamente, imaginei que a CNN em Espanhol ou em Inglês iria transmitir o discurso, geralmente breve, de Obama. Dessa forma, ouvi os debates entre os candidatos a esse cargo na cidade de Las Vegas, dois anos antes.

Chegou a hora, os minutos passavam e a CNN oferecia notícias aparentemente espectaculares sobre a morte de um líder guerrilheiro colombiano. Estas eram importantes, mas não de especial transcendência. Continuava eu interessado em saber o que Obama dizia dos gravíssimos problemas que afligem o mundo.

Será que a situação do planeta está para que ambos estejam bobeando e fazendo esperar a Assembleia? Pediu que colocassem em outra televisão a CNN em Inglês e tampouco havia uma palavra sobre a Assembleia. Então, de que falava a CNN? Dava notícias, e eu esperava que concluísse as que emitia sobre a Colômbia. Mas se passaram 10, 20, 30 minutos e permanecia o mesmo.

Narrava incidentes de uma colossal batalha que estava sendo travada, ou tinha sido travada, na Colômbia, os destinos do continente ia depender disso, segundo se deduzia a partir das palavras e do estilo da narração do locutor. Fotos e filmes da morte de Victor Julio Suárez Rojas, conhecido como Jorge Briceño Suárez, ou "Mono Jojoy", foram exibidos em todas as cores. É o mais pesado golpe recebido pelas Farc, dizia o locutor, supera a queda de Manuel Marulanda e Raúl Reyes juntos. Uma ação demolidora, afirmava. Segundo se deduzia, havia acontecido um espetacular combate com a participação de 30 aviões de bombardeio, 27 helicópteros, batalhões completos de tropas de elite engajados em uma feroz ação bélica.

Na verdade, algo maior que as batalhas de Carabobo, Pichincha e Ayacucho juntas. Com a velha experiência nesses conflitos, não poderia imaginar semelhante batalha em uma região arborizada e apartada da Colômbia. A descomunal ação estava condimentada com imagens de todos os tipos, velhas e novas, do comandante rebelde. Para o redator de notícias da CNN, Alfonso Cano, quem substituiria Marulanda era um intelectual universitário que não gozava de apoio entre os combatentes, o verdadeiro chefe estava morto. As Farc teriam que se render.

Vamos ser claros. A notícia sobre a famosa batalha que matou o comandante das Farc - um movimento revolucionário da Colômbia que surgiu há mais de 50 anos, após a morte de Jorge Eliécer Gaitán, assassinado pela oligarquia - e a destituição de Piedad Córdoba estão muito longe de trazer a paz para a Colômbia; pelo contrário, poderiam acelerar as mudanças revolucionárias no país.

Imagino que não poucos militares colombianos estejam envergonhados com as versões grotescas da suposta batalha que matou o comandante Jorge Briceño Suárez. Primeiro, não houve combate algum. Foi um assassinato bruto e vergonhoso. 

O almirante Edgar Cely, talvez embaraçado com a parte da guerra com que a autoridade oficial relatou a notícia e outras versões obscuras, disse: "Jorge Briceño, conhecido como Mono Jojoy, morreu por esmagamento,quando [...] a construção em que ele estava escondido na floresta veio em cima dele." "'O que sabemos é que ele morreu por esmagamento, seu bunker cedeu', [...] 'não é verdade que teve um tiro na cabeça'" Assim disse à Rádio Caracol, de acordo com a agência de notícias americana AP.

À operação deram um nome bíblico, "Sodoma", uma das duas cidades castigadas por seus pecados, e onde choveu fogo e enxofre. O mais grave é o que falta ser contado, o que até o gato já sabe, porque os próprios ianques têm publicado.

O governo dos EUA forneceu ao seu aliado mais de 30 bombas inteligentes. Nas botas que forneceram ao líder guerrilheiro, instalaram um GPS. Guiadas por esse instrumento, bombas programadas explodiram no acampamento onde estava Jorge Briceño. Por que não explicar ao mundo a verdade? Por que sugerem uma batalha que nunca aconteceu?

Outros fatos embaraçosos assisti na televisão. O presidente dos Estados Unidos recebeu calorosamente Uribe em Washington, e o apoiou a dar aulas sobre "democracia" em uma universidade americana. Uribe foi um dos principais criadores do paramilitarismo, sobre cujos membros cai a responsabilidade pelo aumento do tráfico de drogas e as mortes de dezenas de milhares de pessoas. 

Foi com Barack Obama que Uribe assinou a entrega de sete bases militares e, virtualmente, de qualquer parte do território da Colômbia, para a instalação de homens e equipamento do exército ianque. De cemitérios clandestinos está cheio o país. Obama, por meio de Ban Ki-moon, concedeu a Uribe a imunidade, dando a ele nada menos que a vice-presidência da comissão que investiga o ataque à flotinha que levava ajuda para os palestinos sob cerco em Gaza.

Uribe, nos últimos dias de sua presidência, tinha já organizada a operação utilizando o GPS nas botas novas de que precisava o guerrilheiro colombiano. Quando o novo presidente da Colômbia foi aos Estados Unidos para falar na Assembléia Geral, sabia que a operação estava em andamento, e, ao saber da notícia do assassinato do guerrilheiro, Obama abraçou Santos calorosamente.

Me pergunto se, naquela ocasião, se falou algo do acatamento da decisão proferida pelo Senado da Colômbia, declarando ilegal a autorização de Uribe para estabelecer as bases militares ianques. Nelas se apoiou o grosseiro assassinato.

Eu critiquei as Farc. Expressei publicamente em uma reflexão o meu desacordo com a retenção de prisioneiros de guerra e os sacrifícios que estas implicavam as duras condições de vida na selva. Eu expliquei os motivos e a experiência adquirida em nossa luta.

Fui crítico das concepções estratégicas do movimento guerrilheiro colombiano. Mas jamais neguei o caráter revolucionário das Farc. Eu considerei e considero que Marulanda foi um dos guerrilheiros mais importantes da Colômbia e da América Latina. Quando muitos nomes de políticos medíocres forem esquecidos, o de Marulanda será reconhecido como um dos mais dignos e firmes lutadores pelo bem-estar dos agricultores, dos trabalhadores e dos pobres na América Latina.

O prestígio e a autoridade moral de Piedad Córdoba se multiplicaram.

Fidel Castro Ruz

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8 de agosto de 2010 16:37

Genocídio sem limites na Colômbia

Andrés Idárraga
Jornal Público / Espanha

A própria Promotoria Geral do país reconhece que há na Colômbia mais de 25 mil desaparecidos, especialmente líderes de movimentos sociais, camponeses e lideranças comunitárias que desapareceram sem deixar rastros. Principal aliado dos EUA na América Latina, o governo colombiano tenta esconder a identificação dos corpos enterrados em valas comuns pelo Exército a partir de 2005. A quantidade de mortos configura o mais feroz genocídio praticado nas últimas décadas por um governo fiel executor das políticas estadunidenses na região.
 
No pequeno povoado de Macarena, região de Meta, localizado a 200 quilometros ao sul de Bogotá, uma das aéreas mais afetadas do conflito colombiano, foi descoberta a maior vala comum da história recente da América Latina, com uma cifra de cadáveres “NN”, enterrados sem identificação, que poderia chegar a dois mil, segundo diversas fontes, inclusive de moradores do local. Desde 2005, o Exército, cujas forças de elite estão nos arredores, tem enterrado atrás do cemitério local centenas de corpos sem identificação.
 
É o maior enterro de vítimas de um conflito que se tem notícia no continente. Teria de se estabelecer um paralelo entre o holocausto nazista ou a barbárie de Pol Pot no Camboja, para se encontrar algo desta dimensão. Atrás do cemitério de Macarena, a 200 quilometros de Bogotá, se enterraram milhares de corpos sem identificação.
 
O jurista Jairo Ramirez é o secretário do Comitê Permanente pela Defesa dos Direitos Humanos na Colômbia, ele acompanhou uma delegação de parlamentares ingleses até o local há algumas semanas e se empenhou em descobrir a magnitude da vala comum de Macarena. “O que nós vimos causa calafrios”, declarou ao Jornal Público. “Uma infinidade de inscrições NN e com fichas desde 2005 até hoje.”
 
Ramirez completa: “O comandante do Exército nos disse que eram guerrilheiros mortos em combate, mas a população nos diz que há inúmeros líderes sociais, camponeses e lideranças comunitárias que desapareceram sem deixar rastro”.
 
O horror de Macarena tem chamado a atenção para a existência de mais de mil valas comuns de cadáveres sem identificação na Colômbia. Até o final do ano passado, os legistas haviam contabilizado 2.500 cadáveres, dos quais conseguiram identificar aproximadamente 600 e entregaram os corpos aos seus familiares.
 
A localização destes cemitérios clandestinos foi possível graças às declarações de paramilitares presumidamente desmobilizados e acolhidos pela controvertida Lei de Justiça e Paz, que garante uma pena simbólica em troca da confissão de seus crimes.
 
A última declaração foi de John Jairo Rentería, o Betún, que revelou perante o promotor e os familiares de vítimas que ele e seus aliados enterraram “ao menos 800 pessoas” na propriedade Villa Sandra, em Porto Asís, região de Putumayo. “Tinham de esquartejar as pessoas. Todos nas Autodefesas (organização paramilitar de extrema direita) tinham que aprender isso e muitas vezes se fez isso com as pessoas vivas”, confessou o chefe paramilitar ao promotor de Justiça e Paz.
 
“O governo não quer investigar”
 
Alfredo Molano, sociólogo e escritor, um dos colunistas mais influentes da Colômbia, tem sido o cronista da violência, o que o fez partir para o exílio, para escapar das ameaças dos militares e paramilitares. Leia o que ele diz:
 
Qual é a situação das valas comuns na Colômbia?
A própria Promotoria Geral de Nação fala em 25 mil “desaparecidos”, que em algum lugar tem de estar. Há cemitérios clandestinos enormes na Colômbia. Também é possível que tenham feito desaparecer muitos restos mortais como nos crematórios do nazismo.
 
Estas valas estão relacionadas com os chamados “falsos positivos”?
Sim, tudo isto pode estar relacionado com os “falsos positivos” (colombianos civis assassinados que eram apresentados como “mortos em combate”). O exército os enterrava clandestinamente. Boa parte deles vai ser encontrada nestas valas comuns.
 
Qual pode ser a magnitude das valas encontradas?
Terrível. Nem nos anos 50 houve na Colômbia tanta brutalidade como a que se evidencia com estas ações dos paramilitares, mas o governo não tem vontade de investigar a fundo e só deixará que apareçam algumas valas. Além disso, os prazos são elásticos e as dificuldades técnicas para as identificações, como provas químicas e DNA são enormes.
 
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Os paramilitares e a farsa colombiana

Jornal do Brasil, 04/02/2010 
Por Mauro Santayana


Não é novidade: a Human Rights Watch, organização internacional que monitora a violação dos direitos humanos no mundo, denunciou, ontem, em Bogotá, os novos crimes dos grupos paramilitares na Colômbia. Além dos assassinatos seletivos, há o deslocamento forçado de populações inteiras, sob a ameaça armada dos bandos de criminosos. Tais comandos contam com a proteção de setores das Forças Armadas, da polícia, de alguns promotores e de altas personalidades do governo de Uribe.
O país tem sido dos mais atingidos pela violência na América Latina, embora seja dotado de uma intelectualidade que se destaca entre os vizinhos. Não é só a pátria do romancista Gabriel García Márquez, como de excepcionais poetas e dramaturgos. Tal como outros países mestiços da Cordilheira, a Colômbia é dominada por uma minoria de grandes empresários, quase todos brancos, muitos de sobrenomes estrangeiros, que controlam os bancos, as indústrias e os meios de comunicação – e, da mesma maneira, o narcotráfico e as instituições do Estado.
A essas elites pertence o presidente Uribe. Contra elas, surgiram, ao longo do século 20, vários movimentos armados. O Estado não foi capaz de os vencer, com suas forças clássicas de repressão. Alguns empresários decidiram então financiar os paramilitares, que, oficialmente à margem do Estado, passaram a exterminar militantes de esquerda dos meios urbanos e camponeses, sob o pretexto de cumplicidade com as Farc. Esses grupos nunca enfrentaram frontalmente os guerrilheiros. Tratou-se de sórdido terrorismo: as vítimas são, em sua maioria, jovens sequestrados da periferia das cidades e moradores no campo. Fazem apenas “número” para justificar o dinheiro recebido. Formaram-se, assim, grupos de assassinos, alguns criminosos comuns, egressos ou fugitivos das prisões, ex-militares e ex-policiais, traficantes de drogas e desempregados, todos armados, municiados e pagos, conforme o número das vítimas abatidas.

Há indícios fortes de que tais grupos receberam ajuda e treinamento da CIA, embora os norte-americanos o neguem. O que não negam é a presença de consultores e assessores que “ajudam” as forças “regulares” da Colômbia a combater os guerrilheiros, a pretexto de reprimir o tráfico de drogas. 
O Estado colombiano se transformou em assustadora quimera. Membros destacados do governo Uribe são acusados de cumplicidade com os paramilitares. O próprio Uribe, quando governador do estado de Antioquia, cuja capital é Medellín, patrocinou o grupo Convivir, organização de fachada de exterminadores, financiada pela grande companhia bananeira Chiquita – conforme documentos norte-americanos. Esses mesmos documentos apontavam, no início do governo de Uribe, o então chefe do Exército, Mario Montoya, de cumplicidade com um grupo de extermínio que havia eliminado pelo menos 14 pessoas em Medellín.

Entre 2003 e 2006, o governo colombiano, sob a pressão da opinião pública mundial, “promoveu a desmobilização” de 30 mil membros das organizações paramilitares, mas há provas de que se tratou de uma farsa. “Como resultado – diz textualmente o informe do HRW – muitos grupos atuaram de forma fraudulenta e recrutaram civis para que passassem como paramilitares durante a desmobilização, e assim preservaram ativos seus quadros”. Os verdadeiros chefes e subchefes dos grupos se ocultaram, e voltaram a matar meses depois. A partir de 2007, esses grupos voltaram à luz do dia – calcula-se entre 4 mil e 10 mil o número atual de seus efetivos.

O informe refere a denúncia de que um chefe de promotores de Medellín, Guilherme Valencia Cossio – irmão do ministro do Interior e Justiça de Uribe – seria colaborador de um desses grupos de paramilitares. O fato é que há clara condescendência e envolvimento de altos funcionários do governo de Álvaro Uribe – há quase oito anos no poder, com os grupos de extermínio.

O presidente Barack Obama, quando candidato, anunciou que, eleito, cortaria a ajuda à Colômbia. Hillary Clinton, como secretária de Estado, negociou a instalação de bases norte-americanas no país, e tem garantido o apoio decisivo de Washington a Uribe e seu grupo.

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