quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Caricaturas Hollywoodianas

Uma das atrizes mais belas do cinema, Gene Eliza Tierney nasceu em Nova Iorque, no dia 20 de novembro de 1920 e faleceu em Houston, pouco antes de completar 71 anos. De uma família rica, estudou na Suíça. Iniciou a carreira artística no teatro, em 1938. Foi Darryl F. Zanuck, poderoso produtor da 20th Century Fox, quem a levou para Hollywood, onde estreou em 1940 no filme "A Volta de Frank James", ao lado de Henry Fonda e dirigida por Fritz Lang. Contratada pela Fox, atuou em uma série de filmes brilhantes, consagrando-se como estrela e atriz com “Laura”, “O Fio da Navalha” e “Amar Foi Minha Ruína”, pelo qual foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz. Elegante e boa intérprete, foi dirigida por grandes diretores como Lubitsch, John Ford, Preminger, Mankiewicz, Dassin e Sternberg.
Casou-se com o famoso figurinista francês Oleg Cassini, com quem teve duas filhas, uma delas deficiente mental. Abandonada pelo marido, passou a ter uma vida desregrada, marcada por múltiplos amantes, dentre os quais o então senador John F. Kennedy, o príncipe Ali Khan e os atores Spencer Tracy e Tyrone Power. Em 1957, no auge do sucesso, abandonou o cinema ao ser hospitalizada com suspeita de esquizofrenia. Em 1962, retornou às telas no excelente filme de Otto Preminger, "Tempestade Sobre Washington", aparecendo ainda em três outros filmes e alguns episódios para a TV, sendo o último, "Scruples", em 1980.
Laura... Sinopse
Investigando a morte da diretora de uma agência de propaganda, Laura Hunt (Gene Tierney), que teve o rosto destruído por tiros de espingarda, o detetive Mark McPherson (Dana Andrews) interroga Waldo Lydecker (Clifton Webb), seu mentor e um influente jornalista, que considerava Laura não apenas sua maior "criação" mas também sua propriedade pessoal. Laura estava noiva de Shelby Carpenter (Vincent Price), um playboy, para desgosto de Lydecker e da tia de Laura, Ann Treadwell (Judith Anderson), uma mulher rica que era apaixonada por Carpenter. Enquanto a investigação evolui McPherson sente-se atraído pela vítima e, ao ir ao apartamento dela em busca de provas, contempla uma pintura de Laura pendurada na parede. Repentinamente acontece o inesperado, pois Laura surge na sua frente viva e com o rosto sem nenhum ferimento.

 
Joan Crawford
(Atriz  norte-americana)
23-3-1905, San Antonio, Texas, EUA
10-5-1977, New Yoek, EUA
Pouco tempo depois de chegar à terra do cinema, Lucile Fay LeSuer, Crawford, conseguiu uma pequena participação, como corista, no filme "A Mosca Negra" (Pretty Ladies).  A esse, seguiram-se três outros filmes nos quais, basicamente, ela não tinha nenhuma fala.  Somente em 1928, aos 23 anos, Joan Crawford conseguiu seu primeiro papel principal no filme "Garotas Modernas" (Our Dancing Daughters).
Nos anos 30, tornou-se uma das principais estrelas da MGM, com filmes como "Grande Hotel" (Grand Hotel), de 1932, "Três Amores" (Sadie McKee), de 1934 e "Do Amor Ninguém Foge" (Love on the Run), de 1936.  Em 1943, deixou os Estúdios da MGM, ao assinar um contrato com a Warner Bros.  Nessa Companhia, ganhou o Oscar de Melhor Atriz por sua atuação em "Alma em Suplício" (Mildred Pierce), de 1945 e foi indicada à estatueta por seu trabalho em "Fogueira de Paixão" (Possessed), de 1947.  Joan Crawford recebeu uma outra indicação ao Oscar por sua atuação em "Precipícios d'Alma" (Sudden fear), de 1952, uma produção dos Estúdios da RKO.
Depois de quatro casamentos e divórcios, casou-se em janeiro de 1956 com Alfred Steele, chairman do Board da Pepsi Cola, empresa da qual se tornou executiva após a morte do marido.  Sua última aparição nas telas do cinema ocorreu em 1970, com o filme "Trog".
No final de sua vida, tornou-se reclusa e alcoólatra, morrendo solitária.  Tendo adotado quatro filhos, os dois mais velhos, Christina e Christopher foram excluídos de seu testamento.


Barbara Stanwyck
(Atriz de cinema norte-americana)
16-7-1907, Brooklyn, New York, EUA
20-1-1990

Aos 13 anos,Ruby Stevens (Barbara) deixou a escola e passou a se sustentar como empacotadora de uma Loja de Departamentos e, em seguida, como funcionária de uma Companhia Telefônica.  No ano seguinte, quando já trabalhava como datilógrafa para a Remick Music Company, um dos gerentes conseguiu um emprego para ela no Strand Roof Nightclub, onde o produtor Earl Lindsay a ensinou a dançar como corista. 
Aos 15 anos, conseguiu uma pequena ponta no "Ziegfeld Follies", de 1922.  Apresentada ao produtor e diretor Willard Mack, foi por este contratada como corista para seu novo musical.  Em 1927, conseguiu um pequeno papel, como dançarina, no filme mudo, "Broadway Nights".  Assim, nascia Barbara Stanwyck.

Em 1928, casou-se com o comediante Frank Fay, indo morar em Hollywood.  Depois de seis meses fazendo testes, sem sucesso, Barbara finalmente conseguiu ser contratada para o filme de George Fitzmaurice, "The Locked Door", de 1929.  Começava, assim, uma carreira bem-sucedida como atriz de cinema e televisão.  Em cerca de 60 anos, atuou em mais de 70 filmes, além de ter participado de várias séries e shows para a TV.

Atriz versátil, recebeu 4 indicações ao Oscar de Melhor Atriz, não vencendo em nenhuma delas: Por "Stella Dallas, Mãe Redentora", de 1937, perdeu a estatueta para Luise Rainer, por sua atuação em "Terra dos Deuses";  por "Bola de Fogo", de  1941, perdeu para Joan Fontaine, por sua atuação no filme de Hitchcock, "Suspeita";  por "Pacto de Sangue", de 1944, perdeu para Ingrid Bergman, por sua atuação em "À Meia Luz";  e por "Uma Vida por um Fio", de 1948, perdeu para Jane Wyman, por sua atuação em "Belinda".  Em 1982, entretanto, a Academia Cinematográfica de Hollywood lhe conferiu um Prêmio Honorífico por sua reconhecida contribuição à arte do cinema.

Além de ter sido casada com Frank Fay, de quem se divorciou em dezembro de 1935, Barbara Stanwyck casou-se ainda com Robert Taylor, em 13/05/1939, de quem veio a se divorciar em 21/02/1951.



 
Tyrone Power
(Ator de cinema norte-americana)
5-5-1914, Cincinnati, Ohio, EUA
15-11-1958, Madrid, Espanha

Filho de um casal de atores, Tyrone Power Sr. e Patia Riaume, Tyrone Power foi uma criança com problemas de saúde que levou seus pais a se mudarem para a Califórnia por conta de seu clima mais quente.  Quando eles se divorciaram, em 1916, ele e sua irmã Anne voltaram com a mãe a morar em Cincinnati.
Desde cedo, enquanto freqüentava a escola, ele desenvolveu uma verdadeira obsessão pela arte de representar, talvez influenciado pela carreira dos pais.  Embora tenha crescido ao lado da mãe, sempre se correspondeu com o pai, que o encorajava em seus sonhos de vir a ser ator.
Embora tendo o porte de um verdadeiro galã, Tyrone lutou muito para conseguir trabalho em Hollywood.  Ele chegou a fazer alguns pequenos papéis, mas decidiu ir para o Leste a fim de trabalhar no teatro.
Em 1936, após ser aprovado num teste para o cinema, foi contratado pela 20th Century Fox e, inicialmente, atuou na comédia "Ladies in Love".  Um ano depois, ele já era um dos principais atores da Fox.
No cinema, Tyrone atuou em mais de 50 filmes.  Embora não tenha sido um ator premiado, sempre era chamado para interpretar papéis importantes.  Dentre os melhores filmes protagonizados por ele, acham-se "O Fio da Navalha", "Testemunha de Acusação" e "O Beco das Almas Perdidas".
Durante a 2ª Guerra Mundial, serviu na Marinha como piloto, tendo participado de várias ações no Pacífico Sul.
Tyrone Power casou-se três vezes: inicialmente, com a atriz francesa Annabella (23/04/1939 a 26/01/1948); em seguida, com a atriz mexicana Linda Christian (27/01/1949 a 07/08/1956), com quem teve duas filhas, Romina e Taryn Power, ambas atrizes; e, finalmente, com Debbie Ann Minardos (07/05/1958 até sua morte em 15/11/1958), com quem teve um filho, Tyrone William Power IV, também ator.
Em 1959, durante a produção do filme "Salomão e a Rainha de Sabá", Tyrone duelava com George Sanders quando sofreu um ataque do coração, vindo a falecer antes de chegar ao hospital, em Madrid. Seu velório nos Estados Unidos durou seis dias.



 
Gloria Swanson
(Atriz de cinema norte-americana)
27-3-1899, Chicago, Illinois
4-4-1983, Nova York
Seu verdadeiro nome era Gloria Josephine Mae Swenson. Iniciou a carreira como figurante e, nos anos de 1920, já era uma estrela do cinema mudo (Macho e Fêmea, 1919; Zaza, 1923; Sadie Thompson, 1928). Personificou mulheres extravagantes e seguras, que agiam segundo os seus sentimentos e a sua lógica, mas a interpretação, sempre fria, apoiava-se na força expressiva de seu rosto. Como figura de primeiro plano em Hollywood, conseguiu manter a popularidade com o advento do cinema sonoro, com filmes como The Trespasser (1929) ou What a Widow! (1930). Em 1950, ensaiou a sua reaparição em O Crepúsculo dos Deuses, realizado por Billy Wilder, no qual interpreta uma atriz do cinema mudo incapaz de aceitar que tinha caído no esquecimento. Após alguns projetos no teatro e no rádio, Swanson interpretou a si mesma no seu último filme, Aeroporto (1975). Em sua vida privada, ficou famosa por seus sete casamentos, que despertaram sempre o interesse dos meios de comunicação.
Sua sensualidade foi o motivo do extraordinário sucesso. Nunca houve outra como Gloria, durante todos os seus anos de trabalho diante das câmeras. Sua carreira é a história do cinema. Ela subiu degrau por degrau, desde as comédias de Mack Sennett aos dramas luxuosos de Cecil B. DeMille. Tornaram-se lendários seus banhos em banheiras de mármore, deixava-se fotografar ao lado de leopardos e de conversar (na década de 20) com o motorista de seu luxuosíssimo carro através de telefone. Foi a primeira a entrar em cena com plumas, franjas e colantes e tendo na boca uma enorme piteira. Viajava por Hollywood ou ia até os estúdios num trem particular, presente de um dos maridos, o marquês de La Falaise De La Doudray. Esbugalhando uns olhos enormes e magnéticos, lançou o tango ao lado de Rodolfo Valentino e influenciou a moda entre 1920 e 1925, a tal ponto que as silhuetas da revista Vogue eram as mesmas da atriz.



Anne Sheridan
(Atriz de cinema norte-americana)
21-2-1915, Denton. Texas, EUA
21-1-1967, Los Angeles, Cal. EUA
Clara Lou Sheridan nasceu em fevereiro de 1915 em Denton, Texas. Em 1933, a irmã de Sheridan enviou sua foto para um concurso dos estúdios Paramount, "À Procura da Beleza", o qual selecionava 30 participantes masculinos e femininos. Seu nome foi incluído entre os ganhadores e ela foi presenteada com uma passagem de ida e volta para Hollywood, 250 dólares e uma participação no filme "Search for Beauty" (1934, com Buster Crabbe). Em seguida, o estúdio contratou-a, dando-lhe a oportunidade de participar em doze filmes entre 1934 e 1935. Entretanto, eram pequenas aparições e seu nome não constava dos créditos.

Em 1936, Sheridan firmou um novo contrato, desta vez com a Warner Brothers, e o estúdio trocou seu nome de Clara Lou para Ann. No mesmo ano, ela casou-se com Edward Norris. Seu primeiro sucesso aconteceu em 1937, com sua atuação no filme "O Grande O'Malley", ao lado de Humphrey Bogart. Embora com a carreira em ascensão, Ann atravessou uma fase tumultuada em seu relacionamento com Norris, resultando em divórcio no ano de 1939.
Ann se tornou um sex symbol, além de ser reconhecida como boa atriz, principalmente em filmes como "Dodge City" (1939), "Torrid Zone" e "They Drive by Night" ambos em 1940, "The Man Who Came to Dinner" (1942) e "Kings Row" ("Em cada coração um pecado") de 1942.

No final dos anos 50, com o declínio de sua carreira em Hollywood, Ann dedicou-se à televisão, participando de telenovelas. Obteve sucesso com "Another World" (entre 1965 e 1966) e "Pistols 'n' Petticoats" (entre 1966 e 1967).
Fumante inveterada, a atriz foi diagnosticada com câncer nos pulmões e no fígado, vindo a falecer em janeiro de 1967, aos 51 anos. Estava casada com Scott McKay, seu quarto marido.



TRACY, O SENHOR CARISMA E SIMPATIA

 De uma família de origem irlandesa, Spencer Tracy apareceu aos 21 anos no papel principal de uma peça amadora chamada "The Truth". Seguiu para a Broadway, atuando em vários espetáculos. Finalmente, em 1930, o renomado diretor John Ford o viu em cena e o convidou para seu filme "Up the River". Nos próximos 5 anos atuou em 25 longa-metragens, até ser despedido pela Fox após ser preso por embriaguez. Em 1935, contratado pela Metro-Goldwyn-Mayer – onde ficou por 20 anos como um dos grandes trunfos do estúdio -, tornou-se uma estrela de primeira grandeza, ganhando seguidamente dois prêmios Oscar de Melhor Ator por "Marujo Intrépido", de 1937, e "Com os Braços Abertos", de 1938, num fato inédito até então. Ao longo de sua vitoriosa carreira recebeu 7 outras indicações. Mesmo casado, Tracy teve um namoro apaixonado com a atriz Loretta Young nos anos 30. Em 1941, durante as filmagens da comédia “A Mulher do Dia”, iniciou um secreto relacionamento amoroso com Katharine Hepburn, o qual durou até sua morte. Terminou por separar-se de sua esposa Louise, mas como católico praticante nunca se divorciou dela. Com Katie fez 9 filmes, numa parceria que transbordava cumplicidade e talento, desenvoltura e classe, coração e alma, quase sempre dirigidos por excelentes diretores como George Cukor, Elia Kazan, Frank Capra ou George Stevens.

Conhecido por sua personalidade complexa, Tracy era duro, seco, de poucas palavras, depressivo. No final dos anos 1940, o ator foi diagnosticado com diabetes, agravada pelo alcoolismo. Ele costumava se isolar durante dias em quartos de hotéis, bebendo sem parar. Em 1963 sofreu um ataque cardíaco, que acabou por afastá-lo do cinema. Retornou em 1967 para protagonizar a comédia romântica anti-racista “Adivinhe Quem Vem para Jantar”. Com a saúde debilitada, três semanas após a conclusão das filmagens, levantou-se para beber em plena madrugada, caiu e morreu de ataque cardíaco nos braços da amante  Katharine Hepburn, aos 67 anos. Exalando simpatia, mesmo interpretando inúmeros personagens resmungões, ele é recordado como um dos maiores atores da história do cinema. Atuou em mais de setenta filmes em quatro décadas, realizando impressionantes interpretações como as de “Paraíso de um Homem” (1933), “Fúria” (1936), “O Médico e o Monstro” (1941), “A Costela de Adão” (1949), “A Lança Partida” (1954), “O Velho e o Mar” (1958) e “Julgamento em Nuremberg” (1961).

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