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UOL, 09/06/2012
Zona do euro aceitará resgate de € 100 bi a bancos da Espanha
DE SÃO PAULO
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Os ministros de Finanças da zona do euro aceitaram neste sábado a concessão de um resgate financeiro de € 100 bilhões (R$ 260 bilhões) ao governo espanhol para que possa socorrer os bancos do país, após videoconferência.
De acordo com a agência de notícias France Presse, a Espanha fará o pedido oficialmente ainda nesta semana e o Banco Central Europeu (BCE) confirmará a operação. A agência afirma que a zona do euro não pedirá medidas de austeridade para a concessão do resgate.
O ministro espanhol, Luis de Guindos, deverá confirmar a informação em uma entrevista coletiva às 19h30 locais (14h30 em Brasília).
O anúncio é feito após o FMI (Fundo Monetário Internacional) divulgar um documento na sexta-feira (8), afirmando que seriam necessários pelo menos € 40 bilhões para recuperar os bancos do país ibérico.
O resgate deverá ser autorizado pelo Fundo Europeu de Estabilidade Financeira e pelo grupo de ministros para que a verba total seja liberada. Para tanto, Madri teria que sanear as contas do setor financeiro.
Além dos ministros, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, e o primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, participam da reunião.
ESTUDOS
Na manhã deste sábado, o governo espanhol informou que estava estudando em profundidade o relatório do FMI a situação dos bancos espanhóis e ouvirá na tarde deste sábado a opinião dos membros da zona do euro antes de tomar qualquer decisão sobre sua recapitalização.
Fontes do Executivo asseguraram à agência de notícias Efe que não foi a Espanha que solicitou a teleconferência dos ministros de Economia e Finanças da zona do euro, que foi convocada pela Presidência do Eurogrupo (fórum de ministros de Finanças da zona do euro).
O encontro de ministros foi convocado após um relatório do FMI, que divulgou a avaliação inicial sobre as necessidades do setor financeiro na Espanha e apontou que as entidades mais fracas necessitam aumentar suas reservas de capital "em cerca de € 40 bilhões" (R$ 104 bilhões).
O documento, divulgado dois dias antes do previsto, explica que "o núcleo do setor financeiro espanhol está bem administrado e resistiria a novos choques, mas ainda existem grandes vulnerabilidades no sistema".
O exame do FMI "não teve por objetivo estabelecer um número definitivo para as necessidades de capital, mas detectar deficiências críticas em alguns segmentos e instituições determinadas", disse o comunicado da instituição.
"Num cenário desfavorável, os maiores bancos estariam suficientemente capitalizados para resistir a novas deteriorações, enquanto que vários bancos necessitariam aumentar suas reservas de capital em cerca de 40 bilhões em termos agregados".
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