OperaMundi, 19/06/2012 - 15h44
Julian Assange escapa de prisão domiciliar e pede asilo ao Equador
Fillipe Mauro | Redação
Após ter sua extradição para a Suécia determinada em última instância pela Justiça britânica, o fundador do Wikileaks, Julian
Assange, fugiu de sua prisão domiciliar e se alojou na Embaixada do
Equador no Reino Unido. Ele agora pede asilo político ao governo de
Rafael Correa.
A informação é do chanceler do Equador, Ricardo Patiño, que informou
nesta terça-feira (19/06) que o jornalista solicitou asilo político ao
país. De acordo com o diplomata, o requerimento já está sendo avaliado.Patiño disse à imprensa que Assange enviou uma carta ao presidente do país andino, Rafael Correa, na qual afirma que existe "perseguição" política contra ele.
A Corte Suprema britânica anunciou na última quinta-feira (14/06) que o recurso feito por Assange após ser condenado à extradição para a Suécia foi negado. A partir de agora não restam mais possibilidades de reversão da sentença do jornalista dentro da Justiça do Reino Unido.
Agência Efe
Com
a apelação julgada “sem mérito” pelos magistrados britânicos e com a
autorização para extradição, a equipe de advogados de Assange havia
ficado apenas com a opção de recorrer à Corte Europeia de Direitos
Humanos em Estrasburgo.
"A Corte Suprema do Reino Unido desestimou o pedido apresentado por
Dinah Rose, advogada do Sr. Julian Assange, que buscava reabrir sua
apelação", declarou a máxima instancia judicial do país na ocasião.Os magistrados haviam aprovado a extradição de Assange no fim do último mês de maio. Contudo, sua defesa decidiu reabrir imediatamente a causa requerendo a revisão da sentença que autorizava a extradição.
O fundador do WikiLeaks, que revelou milhares de documentos confidenciais da cúpula política, diplomática e militar dos EUA, foi detido em Londres mediante uma ordem de extradição movida pelas autoridades da Suécia. Durante todo o decorrer de seu julgamento, viveu sob fortes medidas de segurança na mansão de um amigo seu no sudeste da Inglaterra. Ele recorreu da decisão ao Supremo depois de o Tribunal Superior aprovar seu envio à Estocolmo em novembro do ano passado.
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