segunda-feira, 4 de abril de 2011

'Mercados' finaceiros desafiam o Governo

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Na foto, a alegre e simpática imagem do grande amigo da humanidade, Sr. Mercado




'MERCADOS' FINANCEIROS' DESAFIAM O  GOVERNO 

O superávit fiscal -- referencia de saúde do país para os mercados porque sinaliza a disposição do governo de drenar recursos ao pagamento de juros---  atingiu em fevereiro um valor recorde - R$ 7,913 bilhões, o maior da série histórica, iniciada em 2001. O  superávit acumulado no primeiro bimestre, R$ 25,6 bilhões, equivale a 21,8% da meta fixada para o ano. No mesmo período de 2010, o saldo positivo correspondia a apenas 15,2% da meta anual. Ou seja, por aí, não há do quê reclamarem.
No front da inflação --outra referencia importante do rentismo porque ela desidrata as taxas de juros  reais-- o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo avançou 0,35% em março; é quase a metade do salto de  0,60% em fevereiro. Os 'consultores' apostavam num aumento de 0,40%. Erraram, como erraram também a tendência do IPCA- 15, uma medida de  inflação do IBGE que oferece uma prévia do mês, com base num prazo menor de coleta de dados. A prévia para março chegou a uma alta de 0,69, significativamente menor que o 0,97% de fevereiro.
Ademais,  as medidas de moderação do crescimento tomadas pelo governo ('macro prudenciais') começam a surtir efeito. A concessão de crédito embora registre um crescimento elevado de 21% em 12 meses, vem se desacelerando por conta do enxugamento de liquidez imposto pelo BC. Mesmo assim, o porta-voz dos interesses financeiros, o boletim Focus, insiste em desacreditar a política econômica, e o faz reiterando que a inflação escapou ao controle. Ou seja, quer porque quer que na reunião do próximo dia 20, o BC anuncie nova alta dos juros.

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