São Paulo, terça-feira, 05 de abril de 2011
DE SÃO PAULO
Engenheiros japoneses começaram ontem a despejar no mar cerca de 11,5 milhões de litros de água radioativa -contaminada durante o processo de resfriamento dos reatores nucleares da usina Fukushima 1.
O volume de água despejada corresponde ao conteúdo de três piscinas olímpicas cheias. A quantidade de radiação medida está 100 vezes acima do limite legal.
O objetivo da Tepco, empresa dona da usina, é esvaziar o excesso de água menos radioativa (em alguns locais da usina a água tem radiação 10 mil vezes acima do limite) possibilitando a instalação de um sistema permanente de resfriamento dos reatores.
O governo aprovou a ação, justificando que trata-se de "uma medida de emergência inevitável", segundo o porta-voz do governo Yukio Edano.
Segundo especialistas ouvidos pela Folha, lançar a água contaminada no mar é menos prejudicial que deixá-la no solo.
"Eles não tinham alternativa. A outra possibilidade seria despejar essa água em terra, mas aí o impacto ambiental seria muito maior", disse Edson Kuramoto, presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear.
Segundo o professor Aquilino Senra Martinez, da Coppe-UFRJ, a radiação se diluirá no mar sem causar maiores danos desde que a água seja lançada aos poucos.
Outro 1,5 milhão de litros de água radioativa (meia piscina) serão lançados ao mar após o esvaziamento inicial.
VAZAMENTOS
Ontem, operários da Tepco jogaram um corante leitoso na água radioativa dentro da usina para descobrir todos os locais de vazamento. O Japão também pediu à Rússia um navio militar especializado em descontaminar água do mar.
Engenheiros japoneses começaram ontem a despejar no mar cerca de 11,5 milhões de litros de água radioativa -contaminada durante o processo de resfriamento dos reatores nucleares da usina Fukushima 1.
O volume de água despejada corresponde ao conteúdo de três piscinas olímpicas cheias. A quantidade de radiação medida está 100 vezes acima do limite legal.
O objetivo da Tepco, empresa dona da usina, é esvaziar o excesso de água menos radioativa (em alguns locais da usina a água tem radiação 10 mil vezes acima do limite) possibilitando a instalação de um sistema permanente de resfriamento dos reatores.
O governo aprovou a ação, justificando que trata-se de "uma medida de emergência inevitável", segundo o porta-voz do governo Yukio Edano.
Segundo especialistas ouvidos pela Folha, lançar a água contaminada no mar é menos prejudicial que deixá-la no solo.
"Eles não tinham alternativa. A outra possibilidade seria despejar essa água em terra, mas aí o impacto ambiental seria muito maior", disse Edson Kuramoto, presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear.
Segundo o professor Aquilino Senra Martinez, da Coppe-UFRJ, a radiação se diluirá no mar sem causar maiores danos desde que a água seja lançada aos poucos.
Outro 1,5 milhão de litros de água radioativa (meia piscina) serão lançados ao mar após o esvaziamento inicial.
VAZAMENTOS
Ontem, operários da Tepco jogaram um corante leitoso na água radioativa dentro da usina para descobrir todos os locais de vazamento. O Japão também pediu à Rússia um navio militar especializado em descontaminar água do mar.
Terça-Feira, 05 de Abril de 2011
Fukushima: radioatividade 5 milhões de vezes superior ao limite
Esquerda.net
O nível de iodo radioativo nas águas marinhas próximas da central nuclear de Fukushima é cinco milhões de vezes superior ao limite legal, informou nesta terça-feira a concessionária da central, Tepco. Japão fixa limites de radioatividade para pescado e marisco. Esta decisão foi tomada depois da descoberta de níveis de radioatividade anormalmente elevados, nos últimos dias, em pequenas enguias pescadas ao largo da província de Ibaraki, a Sul de Fukushima e a Norte de Tóquio. O Japão já proibiu a venda de vários legumes e leite cru, produzidos nas quatro províncias perto da central de Fukushima 1.
Também segundo a Tepco, uma amostra recolhida segunda-feira revelou que o nível de césio-137 nas águas do mar próximas da central é 1,1 milhões de vezes superior ao limite legal.Enquanto o iodo-131 tem uma vida média relativamente breve, de oito dias, o período de semi-desintegração do césio-137 é de 30 anos.
Dois dias antes, no sábado, a concentração de I-131 era ainda maior, 7,5 milhões de vezes superior ao limite legal.
Mas a própria Tepco anunciou segunda-feira que iria despejar toneladas de água radioativa no oceano.
Desde segunda-feira já foram despejadas mais de 3400 toneladas de água para o Pacífico de um total de 11.500 toneladas. Esta operação durará cerca de uma semana e pretende libertar tanques de armazenamento para guardar água ainda mais radioativa que tem se acumulado na central nuclear de Fukushima 1, especialmente no edifício do reator 2.
Um responsável do governo japonês pediu esta terça-feira desculpas pelo lançamento de milhares de toneladas de água radioativa para o oceano, uma medida de emergência “para tentar evitar o pior”.
Japão fixa limites de radioatividade para pescado e marisco
Entretanto o governo japonês definiu esta terça-feira limites de radioatividade para o pescado e marisco, para tentar tranquilizar a população, preocupada com os impactos da crise nuclear da central de Fukushima 1 na sua saúde. “Provisoriamente aplicámos os níveis definidos para os legumes” aos peixes e marisco, informou o porta-voz do Governo, Yukio Edano.
O limite para o iodo-131, que pode provocar maior incidência de cancros, foi fixado em 2000 becquerels por quilo. O limite para o césio-137 é de 500 becquerels. Acima destes valores, o peixe é considerado impróprio para consumo .
Esta decisão foi tomada depois da descoberta de níveis de radioatividade anormalmente elevados, nos últimos dias, em pequenas enguias pescadas ao largo da província de Ibaraki, a Sul de Fukushima e a Norte de Tóquio. Segundo a estação de televisão NHK, foi detectado césio em concentrações de 526 becquerels por quilo. Os outros peixes examinados não apresentavam níveis elevados, segundo as autoridades.
O Japão já proibiu a venda de vários legumes e leite cru, produzidos nas quatro províncias perto da central de Fukushima 1, devido aos níveis de radioatividade.
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