Carta Maior, 25/03/2016
Revista Fortune homenageia Moro por serviços prestados ao capital internacional
PorJeferson Miola
A revista Fortune pertence ao mega-conglomerado norte-americano Time Warner. O Time Warner
é um grupo que exerce a maior influência hegemônica na produção do
noticiário mundial e na construção da narrativa cotidiana dos
acontecimentos em todo o planeta. Esta construção cotidiana é feita
desde a perspectiva das grandes potências, dos grandes conglomerados
econômico-financeiros e dos esquemas de poder mundial, em especial
levando em conta os interesses dos EUA.
O fato, qualquer que seja o fato, e independentemente da parte do planeta em que tenha ocorrido, é noticiado a partir do recorte e do enquadramento feito pelos mega-conglomerados de mídia norte-americanos, com destaque para o grupo Time Warner. Por exemplo, a “opinião pública” mundial sobre os acontecimentos no Brasil é [de]formada – ou enviesada – a partir da ótica desses mega-conglomerados, que são ferramentas do poder e da expansão do grande capital.
A Fortune – que, já dissemos, pertence ao Time Warner –, elabora periodicamente um ranking das 50 pessoas/líderes mais influentes do mundo. A lista destes top top é uma espécie de rol de celebridades da Revista Caras, ou seja, uma bobagem – mas como o senso comum é levado por estupidezes inúteis, a mídia se aproveita e então faz tal lista.
Isso não quer dizer que o tal ranking da Fortune não tenha alguma lógica – até menciona personagens da geopolítica e da geoeconomia mundiais que, de fato, exercem influência no debate público mundial, como o Papa Francisco e a Ângela Merckel; porém, a lista curiosamente é mesclada com figuras que não são conhecidas nem no maior balneário do Uruguai, país que contribui com 3 milhões de habitantes no nosso planeta de 7 bilhões de viventes.
O fato, qualquer que seja o fato, e independentemente da parte do planeta em que tenha ocorrido, é noticiado a partir do recorte e do enquadramento feito pelos mega-conglomerados de mídia norte-americanos, com destaque para o grupo Time Warner. Por exemplo, a “opinião pública” mundial sobre os acontecimentos no Brasil é [de]formada – ou enviesada – a partir da ótica desses mega-conglomerados, que são ferramentas do poder e da expansão do grande capital.
A Fortune – que, já dissemos, pertence ao Time Warner –, elabora periodicamente um ranking das 50 pessoas/líderes mais influentes do mundo. A lista destes top top é uma espécie de rol de celebridades da Revista Caras, ou seja, uma bobagem – mas como o senso comum é levado por estupidezes inúteis, a mídia se aproveita e então faz tal lista.
Isso não quer dizer que o tal ranking da Fortune não tenha alguma lógica – até menciona personagens da geopolítica e da geoeconomia mundiais que, de fato, exercem influência no debate público mundial, como o Papa Francisco e a Ângela Merckel; porém, a lista curiosamente é mesclada com figuras que não são conhecidas nem no maior balneário do Uruguai, país que contribui com 3 milhões de habitantes no nosso planeta de 7 bilhões de viventes.
No último ranking da Fortune, o juiz Sérgio Moro aparece como o 13ª líder mundial [sic!].
É claro que, com aquele ego de proporções galácticas, e com seus
serviços prestados, ele esperava ser eleito o líder dos líderes, afinal
de contas seu jacobinismo totalitário lhe conferiria os atributos para
tanto.
Mas ele, humilde como é, afinal se contentou em ficar no lugar 13 [o número eleitoral do PT], porque, nas suas cândidas palavras, “Pelo menos estou à frente do Bono.” – Ele se refere ao Bono Vox, roqueiro da banda U2, de “óbvia” insignificância na construção de um mundo melhor, de democracia, de sustentabilidade, de igualdade e de uma justiça de verdade.
A homenagem da Fortune ao Moro é, na verdade, uma retribuição da revista [e do grande capital e do poder mundial] a este Juiz – e, por extensão, ao condomínio jurídico-midiático-policial – que gera o caos na sétima economia mundial do planeta para, assim, permitir que o grande capital internacional volte a dominar o Brasil como fazia na época dos governos do PSDB.
As explicações da Fortune para celebrizar mundialmente o juiz Sérgio Moro às custas da destruição da democracia brasileira não deixam dúvidas: “Nós reconhecemos aqueles que estão inspirando outros a agir [traduzo: uma turba fascista], a segui-los em uma busca digna ...; aqueles que estão conseguindo reunir seguidores [pergunto: seriam fanáticos?] para tornar a vida melhor [pergunto de novo: melhor no totalitarismo fascista?]”.
Os editores da revista seguem comentando os logros do Moro: “A Presidenta Dilma Rousseff está sob risco de impeachment [quando declararam isso, devem ter brindado com champanhe] e a reputação do ex-presidente Lula está rasgada [nesta passagem, eles devem ter tido um orgasmo]. E mais importante: a coexistência passiva coma longa endemia da corrupção na América Latina está se tornando um hábito do passado [aqui eles revelam que o Moro é um herói internacionalista, haverá de inspirar a desestabilização na Argentina, Equador, Bolívia, Venezuela].
Estes tempos ásperos não comportam nem ingenuidade nem infantilidade esquerdista. Estes são tempos de uma brutal guerra de poder não só no Brasil, mas em toda a região. É um período de contra-ofensiva conservadora para a restauração neoliberal. O Brasil, além de ser a maior economia regional e a sétima mundial, tem o objeto de desejo do grande capital e das potências imperiais: o Petróleo do pré-sal e outras riquezas extraordinárias.
A homenagem que o monopólio mundial de mídia faz ao justiceiro Sérgio Moro é parte da legitimação do golpe contra o mandato legítimo da Presidente Dilma, eleita democraticamente por 54.501.118 votos.
É pura propaganda legitimadora do golpe que não passará, porque a avalanche democrática e popular que ocupa as ruas não permitirá.
Não vai ter golpe!
Mas ele, humilde como é, afinal se contentou em ficar no lugar 13 [o número eleitoral do PT], porque, nas suas cândidas palavras, “Pelo menos estou à frente do Bono.” – Ele se refere ao Bono Vox, roqueiro da banda U2, de “óbvia” insignificância na construção de um mundo melhor, de democracia, de sustentabilidade, de igualdade e de uma justiça de verdade.
A homenagem da Fortune ao Moro é, na verdade, uma retribuição da revista [e do grande capital e do poder mundial] a este Juiz – e, por extensão, ao condomínio jurídico-midiático-policial – que gera o caos na sétima economia mundial do planeta para, assim, permitir que o grande capital internacional volte a dominar o Brasil como fazia na época dos governos do PSDB.
As explicações da Fortune para celebrizar mundialmente o juiz Sérgio Moro às custas da destruição da democracia brasileira não deixam dúvidas: “Nós reconhecemos aqueles que estão inspirando outros a agir [traduzo: uma turba fascista], a segui-los em uma busca digna ...; aqueles que estão conseguindo reunir seguidores [pergunto: seriam fanáticos?] para tornar a vida melhor [pergunto de novo: melhor no totalitarismo fascista?]”.
Os editores da revista seguem comentando os logros do Moro: “A Presidenta Dilma Rousseff está sob risco de impeachment [quando declararam isso, devem ter brindado com champanhe] e a reputação do ex-presidente Lula está rasgada [nesta passagem, eles devem ter tido um orgasmo]. E mais importante: a coexistência passiva coma longa endemia da corrupção na América Latina está se tornando um hábito do passado [aqui eles revelam que o Moro é um herói internacionalista, haverá de inspirar a desestabilização na Argentina, Equador, Bolívia, Venezuela].
Estes tempos ásperos não comportam nem ingenuidade nem infantilidade esquerdista. Estes são tempos de uma brutal guerra de poder não só no Brasil, mas em toda a região. É um período de contra-ofensiva conservadora para a restauração neoliberal. O Brasil, além de ser a maior economia regional e a sétima mundial, tem o objeto de desejo do grande capital e das potências imperiais: o Petróleo do pré-sal e outras riquezas extraordinárias.
A homenagem que o monopólio mundial de mídia faz ao justiceiro Sérgio Moro é parte da legitimação do golpe contra o mandato legítimo da Presidente Dilma, eleita democraticamente por 54.501.118 votos.
É pura propaganda legitimadora do golpe que não passará, porque a avalanche democrática e popular que ocupa as ruas não permitirá.
Não vai ter golpe!
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