13/07/2012
Wikileaks: revela gravíssima sabotagem dos EUA contra Brasil com aval de FHC
Fonte: Portal Luis Nassif On line
Os telegramas da diplomacia dos EUA revelados pelo Wikileaks revelaram que a
Casa Branca toma ações concretas para impedir, dificultar e sabotar o
desenvolvimento tecnológico brasileiro em duas áreas estratégicas:
energia nuclear e tecnologia espacial. Em ambos os casos, observa-se o papel anti-nacional da grande mídia brasileira, bem como escancara-se, também sem surpresa, a função desempenhada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso,
colhido em uma exuberante sintonia com os interesses estratégicos do
Departamento de Estado dos EUA, ao tempo em que exibe problemática
posição em relação à independência tecnológica brasileira. Segue o artigo do jornalista Beto Almeida.
O primeiro dos telegramas divulgados, datado de 2009, conta que o governo dos EUA pressionou autoridades ucranianas para emperrar o desenvolvimento do projeto conjunto Brasil-Ucrânia de implantação da plataforma de lançamento dos foguetes Cyclone-4 – de fabricação ucraniana – no Centro de Lançamentos de Alcântara , no Maranhão.
Veto imperialO primeiro dos telegramas divulgados, datado de 2009, conta que o governo dos EUA pressionou autoridades ucranianas para emperrar o desenvolvimento do projeto conjunto Brasil-Ucrânia de implantação da plataforma de lançamento dos foguetes Cyclone-4 – de fabricação ucraniana – no Centro de Lançamentos de Alcântara , no Maranhão.
O
telegrama do diplomata americano no Brasil, Clifford Sobel, enviado
aos EUA em fevereiro daquele ano, relata que os representantes
ucranianos, através de sua embaixada no Brasil, fizeram gestões para que
o governo americano revisse a posição de boicote ao uso de Alcântara
para o lançamento de qualquer satélite fabricado fora dos EUA. A
resposta americana foi clara. A missão em Brasília deveria comunicar
ao embaixador ucraniano, Volodymyr Lakomov, que os EUA “não quer”
nenhuma transferência de tecnologia espacial para o Brasil.
“Queremos
lembrar às autoridades ucranianas que os EUA não se opõem ao
estabelecimento de uma plataforma de lançamentos em Alcântara, contanto que tal atividade não resulte na transferência de tecnologias de foguetes ao Brasil”, diz um trecho do telegrama.
Em outra
parte do documento, o representante americano é ainda mais explícito
com Lokomov: “Embora os EUA estejam preparados para apoiar o projeto
conjunto ucraniano-brasileiro, uma vez que o TSA (acordo de salvaguardas Brasil-EUA) entre em vigor, não apoiamos o programa nativo dos veículos de lançamento espacial do Brasil”.
Guinada na política externa
O Acordo de Salvaguardas Brasil-EUA (TSA) foi firmado em 2000 por Fernando Henrique Cardoso, mas foi rejeitado pelo Senado Brasileiro após a chegada de Lula ao Planalto e a guinada registrada na política externa brasileira, a mesma que muito contribuiu para enterrar a ALCA. Na sua rejeição o parlamento brasileiro considerou que seus termos constituíam uma “afronta à Soberania Nacional”. Pelo documento, o Brasil cederia áreas de Alcântara para uso exclusivo dos EUA sem permitir nenhum acesso de brasileiros.
Além da ocupação da área e da proibição de qualquer engenheiro ou
técnico brasileiro nas áreas de lançamento, o tratado previa inspeções
americanas à base sem aviso prévio.
Os telegramas diplomáticos divulgados pelo Wikileaks falam do veto norte-americano ao desenvolvimento de tecnologia brasileira para foguetes, bem como indicam a cândida esperança mantida ainda pela Casa Branca, de que o TSA seja, finalmente, implementado como pretendia o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Mas, não apenas a Casa Branca e o antigo mandatário esforçaram-se pela grave limitação do Programa Espacial Brasileiro, pois neste esforço algumas ONGs, normalmente financiadas por programas internacionais dirigidos por mentalidade colonizadora, atuaram para travar o indispensável salto tecnológico brasileiro para entrar no seleto e fechadíssimo clube dos países com capacidade para a exploração econômica do espaço sideral e para o lançamento de satélites. Junte-se a eles, a mídia nacional que não destacou a gravíssima confissão de sabotagem norte-americana contra o Brasil, provavelmente porque tal atitude contraria sua linha editorial historicamente refratária aos esforços nacionais para a conquista de independência tecnológica, em qualquer área que seja. Especialmente naquelas em que mais desagradam as metrópoles.
Bomba! Bomba!Os telegramas diplomáticos divulgados pelo Wikileaks falam do veto norte-americano ao desenvolvimento de tecnologia brasileira para foguetes, bem como indicam a cândida esperança mantida ainda pela Casa Branca, de que o TSA seja, finalmente, implementado como pretendia o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Mas, não apenas a Casa Branca e o antigo mandatário esforçaram-se pela grave limitação do Programa Espacial Brasileiro, pois neste esforço algumas ONGs, normalmente financiadas por programas internacionais dirigidos por mentalidade colonizadora, atuaram para travar o indispensável salto tecnológico brasileiro para entrar no seleto e fechadíssimo clube dos países com capacidade para a exploração econômica do espaço sideral e para o lançamento de satélites. Junte-se a eles, a mídia nacional que não destacou a gravíssima confissão de sabotagem norte-americana contra o Brasil, provavelmente porque tal atitude contraria sua linha editorial historicamente refratária aos esforços nacionais para a conquista de independência tecnológica, em qualquer área que seja. Especialmente naquelas em que mais desagradam as metrópoles.
O
outro telegrama da diplomacia norte-americana divulgado pelo Wikileaks
e que também revela intenções de veto e ações contra o desenvolvimento
tecnológico brasileiro veio a tona de forma torta pela Revista Veja, e
fala da preocupação gringa sobre o trabalho de um físico brasileiro, o cearense Dalton Girão Barroso, do Instituto Militar de Engenharia, do Exército. Giráo
publicou um livro com simulações por ele mesmo desenvolvidas, que
teriam decifrado os mecanismos da mais potente bomba nuclear dos EUA, a
W87, cuja tecnologia é guardada a 7 chaves.
A primeira suspeita revelada nos telegramas diplomáticos era de espionagem. E também, face à precisão dos cálculos de Girão, de que haveria no Brasil um programa nuclear secreto,
contrariando, segundo a ótica dos EUA, endossada pela revista, o
Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, firmado pelo Brasil em
1998, Tal como o Acordo de Salvaguardas Brasil-EUA, sobre o uso da Base de Alcântara, o TNP foi firmado por Fernando Henrique.
Baseado apenas em uma imperial desconfiança de que as fórmulas usadas
pelo cientista brasileiro poderiam ser utilizadas por terroristas , os
EUA, pressionaram a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que
exigiu explicações do governo Brasil , chegando mesmo a propor o recolhimento-censura do livro “A física dos explosivos nucleares”.
Exigência considerada pelas autoridades militares brasileiras como
“intromissão indevida da AIEA em atividades acadêmicas de uma
instituição subordinada ao Exército Brasileiro”.
Como é
conhecido, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, vocalizando posição do
setor militar contrária a ingerências indevidas, opõe-se a assinatura
do protocolo adicional do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, que daria
à AIEA, controlada pelas potências nucleares, o direito de acesso
irrestrito às instalações nucleares brasileiras. Acesso que não
permitem às suas próprias instalações, mesmo sendo claro o descumprimento, há anos, de uma meta central do TNP, que não determina apenas a não proliferação, mas também o desarmamento nuclear dos países que estão armados, o que não está ocorrendo.
Desarmamento unilateral
A revista publica providencial declaração do físico
José Goldemberg, obviamente, em sustentação à sua linha editorial de
desarmamento unilateral e de renúncia ao desenvolvimento tecnológico
nuclear soberano, tal como vem sendo alcançado por outros países, entre eles Israel, jamais alvo de sanções por parte da AIEA ou da ONU, como se faz contra o Irã.
Segundo Goldemberg, que já foi secretário de ciência e tecnologia, é
quase impossível que o Brasil não tenha em andamento algum projeto que
poderia ser facilmente direcionado para a produção de uma bomba
atômica. Tudo o que os EUA querem ouvir para reforçar a linha de vetos e
constrangimentos tecnológicos ao Brasil, como mostram os telegramas
divulgados pelo Wikileaks. Por outro lado, tudo o que os EUA
querem esconder do mundo é a proposta que Mahmud Ajmadinejad ,
presidente do Irà, apresentou à Assembléia Geral da ONU, para que fosse
levada a debate e implementação: “Energia nuclear para todos, armas nucleares para ninguém”. Até agora, rigorosamente sonegada à opinião pública mundial.
Intervencionismo crescente
O semanário também publica franca
e reveladora declaração do ex-presidente Cardoso : “Não havendo
inimigos externos nuclearizados, nem o Brasil pretendendo assumir uma
política regional belicosa, para que a bomba?” Com
o tesouro energético que possui no fundo do mar, ou na biodiversidade,
com os minerais estratégicos abundantes que possui no subsolo e diante
do crescimento dos orçamentos bélicos das grandes potências, seguido
do intervencionismo imperial em várias partes do mundo, desconhecendo
leis ou fronteiras, a declaração do ex-presidente é, digamos, de um
candura formidável.
São conhecidas as sintonias
entre a política externa da década anterior e a linha editorial da
grande mídia em sustentação às diretrizes emanadas pela Casa Branca.
Por isso esses pólos midiáticos do unilateralismo em processo de
desencanto e crise se encontram tão embaraçados diante da nova política
externa brasileira que adquire, a cada dia, forte dose de justeza e
razoabilidade quanto mais telegramas da diplomacia imperial como os
acima mencionados são divulgados pelo Wikileaks.
NOTA
Abaixo
segue uma nota comentada pelo amigo Vladimir G. que também é muito
interessante tratando se de possíveis sabotagens EUAxBrasil: NOTA
Em setembro de 2006, esse acidente se tornou a maior tragédia da história da aviação no Brasil, com 154 mortos.
Aparentemente, uma colisão entre a ponta da asa de um jatinho Embraer
com a fuselagem do 737 da Gol causou a queda do avião maior. Além de
todas as notícias especulando as causas do acidente, a procura por
corpos e destroços na floresta, os erros dos pilotos, as falhas dos
radares... circulou na época um e-mail muito curioso, pra dizer o
mínimo...
O autor do texto falava sobre uma equipe
de cientistas brasileiros a bordo do avião. Segundo o texto, esses
cientistas realizavam pesquisas sobre o uso de microorganismos em
baterias elétricas, uma tecnologia revolucionária que permitiria a
produção de baterias mais eficientes que as modernas baterias de lítio
usadas em notebooks e celulares. Essa bateria de vírus seria
mais potente, produzindo mais energia, em uma bateria menor e mais leve
que as de lítio. Existem outras pesquisas sobre esse tipo de bateria,
especialmente nos Estados Unidos, onde há um grande projeto sobre essas
baterias. Porém, segundo o texto, o projeto brasileiro era
ainda mais avançado e superava o americano. Infelizmente, a equipe de
cientistas que trabalhava nesse projeto morreu no acidente.
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